O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Crônicas da quarentena XIII


             
Pelas minhas contas estamos 520º dia da quarentena... Tenho aprendido tanto, nestes últimos tempos!

Essa pandemia tem me ensinado muito: quer seja através do isolamento, do sofrimento; ou de várias outras situações, que fui obrigada a enfrentar e encarar.

O que tenho aprendido com a pandemia? Muito!!

Aprendi, de certa forma,  a ser minimalista: como não tenho saído muito e nem recebido visitas, eu tenho comprado muito menos coisas. E diga-se de passagem: a maioria delas, era desnecessária! De certa forma – aderi, na “marra” à onda do minimalismo.

Aprendi a não criar expectativas com relação às pessoas: algumas, de quem eu não esperava nada - deram uma lição de empatia, respeito, responsabilidade social e amor ao próximo! Outras, de quem eu esperava o exemplo - deixaram a desejar, mostrando total irresponsabilidade, frente ao momento tão difícil que estamos vivendo...

Aprendi a esperar - é só o que nos resta a fazer! Tem sido um exercício de paciência, esse período, de quase um ano e meio... Aprendi que não adianta ter pressa, o que nos resta é esperar em Deus, confiar na ciência e orar para que tudo passe!

Aprendi, ou melhor - me lembrei...  Que ter dinheiro é bom, é necessário - mas que precisamos acima de tudo, de saúde para desfrutá-lo!

Aprendi que a vida é um sopro! E que não somos “nada” frente a um vírus, até então, desconhecido! Vi muitos partirem prematuramente! Vi o sofrimento de muitos, frente à perda de seus familiares e amigos...

Em alguns dias, acordei com um nó na garganta, em total desesperança! E em algumas noites, o medo e a ansiedade bateram forte: o sono não veio, o peito apertou... E mais uma vez - orei pedindo a Deus forças para prosseguir...

Nos últimos dias, a situação melhorou um pouco. O número de mortes e doentes diminuiu, com a intensificação da vacinação. E apesar das variantes que surgem aqui e ali, podemos enfim - vislumbrar um resquício de esperança para o futuro...

Frente a tudo isso que temos vivido e encarado, eu me lembrei de um texto de  Shakespeare, que gosto muito, e parafraseio aqui, um de seus trechos: 

Aprendi que realmente posso suportar. Que realmente sou forte. E que posso ir muito mais longe, depois de pensar que não poderia mais...

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