O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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segunda-feira, 30 de julho de 2018

E assim, Deus está escrevendo uma outra história...❤


Estávamos em um barco à caminho da cidade de Galinhos/RN, quando o Pedro com seu jeito comunicativo -  já tinha feito amizade durante, os passeios anteriores, com um casal e amiga deles.
E saiu logo falando e perguntando:
- Meu pai tem quarenta e três anos, minha mãe cinquenta e dois,  e eu tenho seis. Quantos anos vocês têm? 
Chamei a atenção dele - explicando que não se pergunta a idade das pessoas.
Porém, a nossa idade ele conta pra todo mundo! 😂
Então começou uma amizade que perdura até hoje!

E ela me perguntou toda animada:
- Nossa! Então você teve ele aos quarenta e seis anos? Como foi a gravidez?
Respondi-lhe que não tinha engravidado, pois ele é  nosso filho do coração...
Ela ficou toda animada e disse-me que estava tentando engravidar há mais de quinze anos. Que eles tinham assistido até à algumas palestras. Mas apesar de seu marido querer muito, ela ainda não estava segura da decisão.
E os dois me disseram que estavam encantados com jeitinho do Pedro!
Que queriam marcar em algum dos dias da viagem, um jantar em algum restaurante, para comermos juntos e conversarmos mais detalhadamente sobre a nossa história.
Passei o endereço do meu blog com a história da chegada do Pedro para que ela pudesse ler: Uma história de Amor escrita por Deus...
Uns dois dias depois, nos encontramos em uma churrascaria. Foi uma noite bem agradável!
E ela me disse que ao ler a história do Pedro e o fato de nos conhecer pessoalmente – e nunca ter visto uma história de adoção, assim de perto - a deixou mais segura! E que iria pensar seriamente na decisão!
Ao voltarmos da viagem começamos a manter contato pelo Facebook e Whatsapp.
Há algum tempo atrás recebi a notícia de que eles iriam se inscrever no Fórum de sua cidade, dando início assim, ao processo de adoção.
Nossa! Como fiquei feliz por eles!!  E pelo filho(a) que vai chegar! Fiquei emocionada com a notícia!
Eu amo falar sobre a nossa história!  Nunca quis que fosse um tabú. Falamos com nosso filho desde muito pequeninho...
Hoje ele tem sete anos e sabe que nasceu em nossos corações...
E fico muito feliz em saber que através da nossa história – incentivamos outros casais à adotar.
Alguns dias atrás me contaram que já iam passar pela entrevista com a psicóloga e assistente social! Mais uma boa notícia!

E o que eu desejo de coração a eles – é que Deus escreva uma linda história de Amor, como escreveu em nossas vidas!
Pode ser que em algum lugar seu filho(a) já os esteja esperando... 
E o desenrolar dessa história, me aquece o coração...
Felicidades meus amigos! 
Saibam que apesar da distância, vocês moram em nossos corações!
E o que realmente importa na chegada de um filho...é o Amor! 

“Não habitou meu ventre, mas mergulhou nas entranhas da minha alma. 
Não foi plasmado do meu sangue, mas alimenta-se no néctar de meus sonhos. Não é fruto de minha hereditariedade, mas moldar-se-a no valor de meu caráter. 
Se não nasceu de mim, certamente nasceu para mim”.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Meus primos...❤

Hoje faço uma re-postagem de um texto que escrevi em setembro de 2013. 
Há controvérsias sobre o dia: alguns dizem que é comemorado em 24 de julho. E outros dizem que é no dia é 26 de setembro.
De qualquer maneira, dedico esse texto a todos os meus primos e primas! 
Saibam que vocês fizeram a minha infância mais feliz!❤
Imagem extraída do Google
De uns tempos pra cá, tenho descoberto que existe dia pra tudo!
Na semana passada foi comemorado o Dia do Primo. Até então, eu nem sabia que existia!
Nesse dia estava na maior correria (como sempre, pra variar... ), e não fiz nenhuma homenagem para os meus primos.
Mas estes dias comecei a recordar de minha infância. 
Das primas e dos primos que estiveram presentes nela. Alguns, bem presentes, outros um pouco mais distantes... Mas todos, sempre importantes e queridos pra mim!
Lembrei-me da minha prima Marleide, que como ela mesma nos denominou: éramos o chiclete de infância uma da outra! Sempre unidas, uma dormindo na casa da outra, e etc. 
Passávamos as férias juntas. Na minha casa, ou na casa dela.
 Uma vez, até pra Cristalina/GO eu fui com ela. Fomos passar as férias na casa da sua avó. Foram dias inesquecíveis pra mim!
Éramos as duas "gulosas", só pensávamos em comer! Comíamos na casa da avó dela, depois íamos fazer uma “boquinha” na casa de uma das tias dela.
E quando tinha festa na casa da Sofia,  minha vizinha e amiga de infância!
Levávamos umas bolsinhas (que nós mesmas, fazíamos), e que enchíamos com as delícias que a D. Cidinha, mãe da Sofia,  fazia: cuscuz, esfiha, brigadeiro, e etc.
Eu e a Marleide, também nos aventurávamos na cozinha, fazendo nossas receitas. 
Uma vez fizemos charutos de repolho - Malfuf, que nós chamávamos de Malfufo (veja só como éramos elaboradas na cozinha desde cedo ). Fizemos o prato tão apimentado, que só nós duas conseguimos comer. Comemos os "malfufos" até no café da manhã! 
Às vezes, passávamos as férias em Amparo, na casa da tia Cida e do tio Piló, com as nossas primas.  
As que tinham mais ou menos a nossa idade eram a Rosana (que chamávamos de Zana), a Rosemar e a Liliane. Mas havia também as primas mais velhas e mais novas, dentre elas a Rosemeire, Roseli, Elaine e Mônica.
Adorávamos viajar pra lá! Era aquela festa! Uma casa com sete primas (e mais o Nelsinho, que é o caçula)!
Lá em Amparo, nas férias, vinham também as primas de São Paulo: a Silvinha e Eliana. Nós, as mais novas, só aprontávamos!  Uma vez, costuramos uma aranha de plástico dentro do pijama da Silvinha. Que susto ela levou!! 
E como a cidade era pequena, tínhamos a liberdade de passear pelas ruas, subir os morros, fazer piquenique! Coisas, que para uma garota da cidade grande como eu, eram o máximo!
Mas só podíamos ir, se a minha irmã Lourdinha  fosse: porque apesar de ser mais nova que nós, era a mais ajuizada!! Então, meu tio Zezé, o pai da Marleide só deixava a gente ir, se ela fosse junto .
As primas de Amparo também passavam as férias lá em casa. E era aquela alegria também!
Pousávamos também na casa tia Edna, com meus primos Paulo, Marcelo e Kátia. O Paulo sempre foi mais ajuizado. O Marcelo era impossível, arteiro como ele só! E continua com seu jeito engraçado até hoje!
E tinha também os primos: Carlinhos, Vanessa,  Edson, Elisa, Eduardo, Márcia, Rodrigo, Lucas, Adelaidinha, Nardinho, Alexandre, Sérgio, Suzete, Solange, Auxiliadora, Adelaide, Ana; todos menores ou maiores que eu, mas que eu encontrava na minha casa,  nas reuniões de família, ou nas casas dos avós!
Que tempos bons aqueles! Como era gostoso encontrar com toda aquela "primarada"!
Tenho tantas coisas boas: tantas artes e peraltices pra recordar da minha infância com meus primos e primas, que poderia ficar o dia todo aqui escrevendo...
Hoje estou aqui, saudosa daqueles tempos.
Tempos bons, tempos da inocência! Que me aquecem a alma e a lembrança...
Um grande beijo a todos os meus primos e primas, que Deus os abençoe sempre! Saibam que vocês fizeram os meus dias de infância,  felizes e inesquecíveis! 
E em especial pra você Marleide, minha companheira inseparável e o meu “chiclete da infância”... 

"Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!"
                                                    Casemiro de Abreu

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Pediram-me que falasse um pouco mais sobre mim...

              Pediram-me que falasse um pouco mais de minha trajetória: 
http://www.museudapessoa.net/pt/buscar/conteudo/todos/termo/ADELISA
            Então vamos lá! Seguem alguns textos do meu blog, em que descrevo algumas fases de minha vida.

Sobre... porque escrevo:
            Comecei a escrever devido à uma grande perda que tive: a doença e morte de minha sobrinha Júlia, aos sete anos de idade, vítima de um tumor cerebral. 
           [...] Aos poucos, a dor foi amenizando e transformou-se em uma cicatriz, como algo que para um pouco de doer, mas que jamais se apaga! A vontade de escrever surgiu da dor, mas, em vez de diminuir com ela, foi aumentando, aumentando... E tudo passou a ser fonte de inspiração!
O blog é o registro das minhas emoções, dos meus anseios, das minhas inquietações. É um relato do meu cotidiano, às vezes trágico, às vezes cômico. Nele eu registrei e registro as minhas angústias, as minhas alegrias e as inúmeras bênçãos com que Deus me presenteia todos os dias!
            [...] Passou por mim, uma mulher de cabelos grisalhos, que me olhou curiosa. Se não me falha a memória, creio que lhe disse “boa tarde”: é o meu costume, quando alguém passa por mim, com um olhar mais atento. Eu já ia descendo a rua, quando ela me chamou e me perguntou se era eu quem havia escrito aqueles dois livros?
Na hora, me lembrei de uma conversa que tive com minha vizinha de longa data, a Maria. Outro dia, quando voltava do trabalho, paramos para conversar, e ela me disse que tinha uma amiga, que tinha lido meus dois livros (emprestados por outra amiga em comum). E que havia gostado tanto, que queria me conhecer. Ela mora na rua de cima de minha casa; e eu prometi, que quando tivesse um tempinho, passaria lá pra dar um “oi”!
Pois bem, o destino adiantou um pouco o nosso encontro! ☺
Respondi-lhe que sim, que os livros eram meus. Então ela me disse que queria muito me conhecer pessoalmente. Que havia lido os dois livros, e que tinha gostado muito de tudo o que eu havia escrito! E por isso queria tanto me conhecer! É claro que fiquei muito feliz! Foi um encontro gostoso e gratificante! Esse retorno por parte dos leitores faz toda a diferença para mim! É o que dá sentido à minha escrita!
            Ouvir frases como: “O que você escreveu me tocou muito!”, ou “o que você escreveu, me ajudou a superar...”. Ou, “você consegue descrever o nosso dia a dia, as alegrias e as mazelas das pessoas!” - toca fundo a minha alma! Vejo, que o que escrevo, de alguma maneira toca o coração das pessoas, e faz diferença na vida delas.
            Escrevo porque gosto!
Escrevo porque preciso escrever! Porque a escrita já faz parte de mim - está entranhada em meu ser!
Escrevo, porque muitas vezes desopila meu fígado, desafoga a minha alma!
Apesar de ser uma pessoa alegre por natureza, nem sempre minha vida é um “mar de rosas”. Tenho minhas lutas e provações como qualquer ser humano.
Algumas vezes, posso até fazer uma analogia da minha vida com uma certa situação: aquela em que esticamos o plástico. Ele estica, fica com uma estria de plástico mais fino, e se você puxar mais um pouco, aí ele arrebenta! Já me senti assim várias vezes ao longo de minha vida.
            Quando vivo meus “vales”, a escrita me ajuda a superar. É como se eu falasse pra mim mesma: vá em frente, você pode, você consegue! – Veja o quanto já passou, o quanto já superou, e o quanto já conquistou! E escrevendo, muitas vezes também, a minha vida passa como um filme: tudo o que vivi até então... Coisas boas e ruins. Tantos erros... Mas tantos acertos também!
            E quanto tenho aprendido ao longo dos anos com tudo isso!
Através de tudo que vivenciei e vivo, Deus vai me lapidando. Aparando minhas arestas. Mostrando-me, que mesmo em meio às lutas, as provações e aos “vales”, Ele sempre esteve comigo, sempre me sustentou e sempre me levantou!
Escrevo também, sobre minhas alegrias! Sobre o Amor que sinto pela minha família! Amor tão grande, que transborda, extravasa, e que às vezes tenho que eternizá-lo, simplesmente escrevendo!
            Escrevo também, sobre minhas trapalhadas, minhas distrações.
            Sobre histórias que observo ao longo da minha “caminhada”. Histórias interessantes, de pessoas interessantes! Algumas cômicas, outras nem tanto. Mas todas, histórias de vida!
História de gente: gente comum, assim como eu. Que tem falhas, limitações. Porém, que está aí na batalha, lutando vencendo ou perdendo... Enfim, vivendo! E assim, vivo eu... Vendo, vivendo e escrevendo...

Sobre meu curso de Pedagogia e meu trabalho no banco**:
            [...] Fatos de que nem me lembrava mais, vêm à tona, e recordo em detalhes, tudo o que aconteceu...
           Relendo meus textos, lembrei-me de uma época em que tive que tomar uma decisão muito difícil. Em que tive que fazer uma escolha, que talvez mudasse minha vida e meu futuro para sempre!
             É claro, que em toda a minha vida, sempre tive que fazer escolhas e tomar decisões! E em todas as vezes, senti aquele "embrulho" no estômago, aquele nó na garganta! Minha mente sempre ficava, e fica à mil...
        Hoje, como cristã que sou, sei que devo descansar no Senhor e esperar que a Sua vontade seja feita em minha vida. Só que muitas vezes, a decisão tem que ser tomada antes de se chegar a este estágio. Escolher ir para a esquerda ou direita.
Escolher entre ficar esperando, ou tomar a dianteira da situação! Escolhas e mais escolhas!
Pois bem, na época, ainda não tinha Jesus como Senhor de minha vida, e não sabia como entregar meu futuro e minhas escolhas a Deus.
Lembro-me que tinha voltado a estudar. Estava recém-separada.  Comecei a fazer um curso técnico, arranjei um estágio em uma faculdade aqui em minha cidade, e junto com o estágio, veio uma bolsa integral de um curso de graduação – administração.
Abracei as oportunidades com todas as minhas forças!
Fazia a faculdade de manhã, ia pra casa no final da tarde: para ver minha filha (que na época era adolescente). Fazia comida pra nós duas, tomava um banho, e corria para o meu curso técnico à noite! Era uma loucura!
Eu não queria perder nenhuma chance, pois tinha trinta e quatro para trinta e cinco anos na época, e sabia que seria dificílimo retornar ao mercado de trabalho com aquela idade. Já fazia o curso técnico quando ganhei a bolsa da faculdade.
Na verdade estava no último semestre, e não quis desistir e perder tudo que havia estudado por mais de um ano. Lembro que além de tudo isso, ainda fazia pães de mel pra vender no curso técnico!
A grana estava curta: tinha que viver com a pensão que recebia e com o bolsa do estágio... Então, era aquela maratona todos os dias!
E, enquanto tudo isso acontecia, comecei a prestar vários concursos: prefeitura, bancos, SAAE, INSS, CDHU, e nem me lembro mais, quais! Terminei o curso técnico ao final do semestre e continuei a faculdade. Após mais ou menos oito meses de estágio, fui efetivada na faculdade. O salário era bem baixo, mas a oportunidade valia a pena, pela bolsa de estudos integral.
Dois meses depois, a prefeitura de minha cidade me chamou para trabalhar! E aí, veio toda a indecisão! Minha filha estava em plena adolescência. E vivia uma fase de rebeldia, devido à própria adolescência, e também por tudo o que havia sofrido com a minha separação. E estava ficando muito sozinha também: eu tinha que estudar na faculdade de manhã, e trabalhar em período integral na faculdade. Restava pouco tempo para ficarmos juntas!
E então veio a cruel dúvida: iria trabalhar na prefeitura, ganhando um salário pequeno, sem chances de crescimento profissional? Ou, permaneceria na faculdade, onde o salário também não era bom, mas eu tinha bolsa de estudos integral?
Muitos colegas da época me aconselhavam e diziam: Que eu deveria ficar na faculdade. Que na prefeitura, com certeza, eu me acomodaria naquele emprego, e ficaria estagnada. E que minha filha, logo completaria dezoito anos, ficaria maior de idade, e iria cuidar da vida dela... Certamente, logo eu ficaria sozinha. Que eu deveria pensar, era no meu futuro!
Tantas pessoas me falaram isso na época! O único que não tentou me influenciar, foi o meu marido, que na época, era meu namorado. Lembro-me que ele me disse, que não queria opinar. Que eu fizesse o que o meu coração mandasse, e que me trouxesse paz...
            Tomei a decisão! Foi uma decisão difícil! Decidi largar o emprego da faculdade, com a minha bolsa integral em administração, e aceitar o emprego na prefeitura, para que eu pudesse me dedicar mais à minha filha.
         Com a decisão tomada, e o começo no novo emprego, entrei numa fase meio depressiva de minha vida! Tive a minha primeira crise de labirintite, na época.
          Creio que devido ao estresse gerado por mais uma mudança! Somando-se à desistência da faculdade: que na época, parecia ser a minha única chance de fazer um curso superior, e melhorar de vida!
           Foi exatamente nessa época difícil, que encontrei o Senhor Jesus! Como dizem: alguns vão pelo Amor, e outros, pela dor! Eu fui pela dor...
           Junto comigo, meu marido (que na época era meu namorado) e minha filha, acabaram se convertendo também. Nos batizamos todos juntos! Lembro-me de que foi num dia extremamente frio, e tivemos que entrar numa piscina gelada. O engraçado é que não senti frio algum.
      Ao aceitar Jesus como meu Salvador, senti-me aquecida e o vazio que atormentava minha alma, foi preenchido naquele dia frio...
      O tempo foi se passando, as coisas foram melhorando e mudando. Minha filha foi amadurecendo. A fase da revolta foi passando. Posso dizer, que eu amadureci muito também, com tudo o que passei!
         Fomos nos tornando cada dia mais amigas e unidas! É claro que existiam as brigas. Isso é natural entre mãe e filha. Principalmente, se as duas moram sozinhas e dividem tudo como se fossem irmãs. Mas éramos, e somos, unidas!
        Enfim, fui chamada para o emprego em um banco, de um concurso que havia prestado quase três anos e meio antes - já havia até me esquecido do mesmo! Com isso, nossa vida melhorou muito no plano material!
        Depois de um tempo, casei-me. Minha filha conheceu meu genro na igreja; namoraram, e depois de alguns anos se casaram também. Em 2007 comecei a faculdade de pedagogia.
       Nesse ínterim, meu filho mais novo chegou! Essa é uma outra história: uma história de Amor, com que Deus me presenteou, e que está descrita em meu texto❤: 
https://adelisa-oquerealmenteimporta.blogspot.com/2014/03/uma-historia-de-amor-escrita-por-deus.html.
            Colei grau em 2011, com o meu filho no seu carrinho de bebê como testemunha!
Hoje tenho também, dois netinhos lindos e amados! Todas essas crianças, esses três pequeninos amados, enchem minha casa e minha vida de alegria! E renovam minha forças!
Olho pra trás e vejo que valeu a pena ter tomado aquela decisão tão difícil pra mim, na época! Ter escolhido minha filha, em detrimento de minha profissão ou estudo naquela época, foi a melhor decisão que poderia ter tomado!
Tenho orgulho, ao ver a mulher que ela se tornou! Uma pessoa de bom caráter, bons princípios, íntegra, honesta e temente a Deus! É claro que o mérito é dela! Mas os filhos, precisam da atenção da mãe! Precisam de alguém que lhes mostre a direção, quando estão perdidos! 
Quem sabe como seria sua vida, se eu tivesse pensado só em mim... Se a tivesse deixado totalmente em segundo plano!
Agradeço a Deus, por cada renuncia que fiz! Deus me restituiu tudo que eu havia perdido na época! E me deu muito mais do que pedi ou pensei!
E hoje, ao relembrar de tudo isso, vejo que valeu a pena. Porque o que realmente importa nessa vida, é poder ver nossos filhos - bem e felizes! E essa satisfação, nenhum emprego, curso ou dinheiro do mundo, podem nos dar! 

E resumindo a minha história...
[...] “Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como a planta nova”. (Jó 14:7-9)
         - O que conto de novo? Muita coisa! Separei, comecei a trabalhar, me converti (sou crente), casei de novo, adotei um filho, esses dias escrevi um livro, e agora vou ser vovó!
            - Ah! tenho um blog também! Fiz bastante coisas, né! ... Foi assim que respondi a um professor de inglês (que a tempos não via, e que me encontrou no Facebook) quando ele me perguntou o que eu tinha pra contar de novo.
Ficamos uns quinze ou vinte anos sem nos falarmos! E aí, quando ele fez a pergunta, foi essa a minha resposta de imediato! Parando pra pensar, fiz tanta coisa nesses últimos anos!
           Coisas boas, e coisas ruins... Mas graças a Deus, as boas sempre me mantiveram de pé, e eu fui seguindo em frente! Quanta coisa eu vivi nesses quinze ou vinte anos!!
Separei-me, e na época me senti completamente perdida... O futuro me assombrava, mas fui à luta: voltei a estudar, comecei a trabalhar, prestei alguns concursos. E com a ajuda de Deus, consegui passar em alguns!
        Conheci a Jesus: essa foi uma das maiores mudanças em minha vida. Literalmente, nasci de novo!  Casei novamente, depois de alguns anos adotei meu filho.
           Muitos disseram que eu era louca em ter outro filho aos quarenta e seis anos de idade. Se eu estava "louca", essa foi a melhor loucura que fiz! ☺
       Antes disso, comecei a escrever num blog... E agora, escrevi um livro!! Essas foram algumas das coisas que fiz da minha vida!
           Outro dia olhei para a minha amoreira (eu tenho um pé de amora no quintal, plantado num vaso grande), e fiquei admirada ao ver como ela deu frutos neste ano!!
           Até a poucos dias, ela estava completando "pelada", sem folhas.
            Então, eu fiz uma poda dos galhos, e de repente as folhas novas começaram a brotar. E depois as flores... E agora ela está cheia de frutos!
É incrível, pois está plantada num simples vaso! É um pé pequeno, mas dá frutos enormes e saborosos!!
Penso que às vezes somos como esse pé de amora: nossas "folhas caem", sentimo-nos tristes e desamparados... Mas aí, chega a "primavera", e então "florescemos"!
A vida nos presenteia novamente com momentos felizes! 
E ao observar o meu pé de amora, eu fiz uma analogia dele com a minha vida: como aquele pé de amora, que um dia perdeu suas folhas, parecendo que iria morrer, que não haveria mais jeito...
Assim é a minha vida, e a vida de todos nós! Em certos momentos, as tribulações vêm querendo nos derrubar, e ficamos tristes, deprimidos, desanimados! Perdemos "as folhas" nesses momentos...
Como na época da minha separação, em que me senti literalmente perdida...
Como quando tive que operar três anos seguidos por causa de um problema de endometriose.
Ou, quando entrei na menopausa precocemente, justamente na época em que estava tentando engravidar! 
Quando perdi minha sobrinha Júlia, e a dor que senti foi imensurável!!
E em tantos outros momentos, que fizeram parte da minha vida, e que na verdade me fazem ser, quem eu hoje sou!
Mas aí, o tempo passa, Deus nos capacita, nos fortalece, e como o pé de amora na primavera e outono, nós “florescemos e damos frutos”! ...
Há um tempo atrás, logo depois do lançamento do meu livro, minha professora de Pilates olhou pra mim, sorriu e me disse: que vida boa a sua! Adotou um filho, escreveu um livro...!
Graças a Deus, minha vida é boa, sim. E sou feliz! Mas como disse a ela naquele dia, tive também meus momentos extremamente difíceis...
E diante deles, coube a mim, decidir entre me prostrar e me entregar. Ou, seguir em frente e superar!
A vida é feita de escolhas, e cabe a nós - assim como faz a cada primavera aquela amoreira com seus galhos secos e sem folhas - extrair a força necessária, para florescer e frutificar... Para continuar, e seguir em frente, sempre!

** Hoje, já não trabalho mais no banco. Decidi reformular a minha vida, dei mais uma “guinada” de 180°. Atualmente estou cuidando da minha saúde,  me dedicando somente à escrita e à minha família.
Porém... isso é uma outra história :

https://adelisa-oquerealmenteimporta.blogspot.com/2018/04/mudanca-de-rota.html