Hoje, no dia Mundial da Adoção, eu
estou aqui sentada – apesar de ter mil coisas pra fazer ☺-, relembrando como me
tornei mãe do coração...❤
Aos quarenta e dois anos descobri
que havia entrado na menopausa, um pouco precocemente. E justamente, quando
estava tentando engravidar...
Na época encarei essa situação, como encaro tudo em minha vida:
aceitei a notícia confiando que Deus estava no comando de nossas vidas!
Várias pessoas sugeriram-me que
fizesse algum tratamento, já que a medicina anda muito avançada! Mas eu não
quis forçar a minha natureza.
Não sou contra esse tipo de tratamento,
mas particularmente, não encarei como uma opção.
Eu já havia experimentado a maternidade
em meu primeiro casamento. Na época não tive problemas em engravidar. Hoje minha
filha já está adulta e me deu dois netinhos lindos... ❤
Como já escrevi anteriormente –
logo de início pensei na possibilidade da adoção. Mas o meu marido se sentia
inseguro. E eu não quis pressioná-lo.
O tempo passou – aproximadamente um ano. E como Deus
sabe de todas as coisas, Ele permitiu esse tempo, para que a ideia e o desejo fossem amadurecendo em
nossos corações...
Meu marido ligava a TV e lá estava
passando uma reportagem sobre adoção. À princípio
ele assistia sozinho. Depois foi ficando animado e me chamava, toda vez que via
algum programa com o tema!
Até que um belo dia, ele chegou
pra mim e me disse que queria adotar! E lá fomos nós ao fórum pra nos informarmos!
Providenciamos tudo e entramos na fila do CNA. Foram dois anos e meio de uma longa
espera...
- Quando decidimos adotar um filho temos que estar absolutamente
seguros de nossa escolha. Pois o preconceito existe: entre familiares, amigos; em
pessoas que menos se espera! Você ouve os mais variados tipos de comentários,
tais como:
“- Nossa! Você tem muita coragem!
Eu nunca teria coragem de adotar! Porque tem a genética, e você não poderá
saber que tipo de “pais” ele tinha, e o que poderá se tornar!”.
Ou: - “Ainda bem que ele
veio bebezinho! Porque uma criança maior daria mais trabalho para se adaptar. E
não seria a mesma coisa...”.
E nesses comentários
desagradáveis, podemos sentir o preconceito das pessoas sobre o assunto! Ainda
hoje, eu ouço essas coisas... Esses tipos de comentários são totalmente
desnecessários, e eu rebato,
respondendo:
- Por acaso a biologia dita o
caráter de uma pessoa?
- Meu filho, quando chegou, era sim
um bebezinho! Na verdade, eu esperava uma criança maior, entre um e cinco anos.
Mas Deus quis escrever a nossa história, de uma maneira diferente da que
havíamos planejado: e meu filho chegou com apenas dois meses!
Quando esperava meu filho, eu
estava pronta pra Amar, quer ele viesse com um, quatro ou cinco anos! Ainda que
estivesse maltratado, e nem bonito fosse!
Na verdade eu esperava uma criança
assim: tanto que preveni o meu marido de que isso poderia acontecer!
E então... nosso
filho chegou: um bebê gorduchinho, lindo e sorridente! Mas eu não o amei
mais por isso!
Amei-o desde o primeiro momento -
simplesmente porque ele, a partir de então, era o meu filho!
Hoje ele tem sete anos e sabe que
nasceu em nossos corações... ❤
Encara o assunto com naturalidade.
Não sei se entende ainda o real significado de tudo! O que sei é que é feliz e
desencanado com o assunto!
Eu amo falar sobre a nossa
história! Nunca quis que fosse um tabu para ele. Falamos com nosso
filho desde muito pequeninho...
E algumas vezes, através da nossa
história – incentivamos outros casais à adotar.
O que posso falar - é que sou mãe
biológica e do coração.
Amo meus dois filhos com a mesma
intensidade! E posso falar por experiência de causa, que não existe diferença
nenhuma no Amor que sinto por ambos.
E sabem por quê? Porque um filho
nasce primeiramente em nossa alma, nasce lá no âmago do nosso ser!
Independentemente de ter sido gerado no ventre ou no coração...
A única coisa que é imprescindível
ter para ser mãe ou pai... é Amor! É ter apenas capacidade de Amar!
É uma bênção que Deus concede a
todos!! Basta querer e se entregar incondicionalmente a esse
Amor... ❤
Quem adota com responsabilidade e
amor, certamente muda a vida de uma criança para melhor!
Por outro lado, essas
crianças, mudam totalmente as nossas vidas também!
Somos “adotados” quando
olhamos para aqueles olhinhos pela primeira vez... E nesse belo dia, as dúvidas,
transformam-se em certezas, e Deus testifica em nossos corações, que ali,
naquele momento, encontramo-nos diante de nosso filho!
E hoje, no Dia Mundial da Adoção, eu
oro e glorifico a Deus pela vida do meu filho!
Agradeço pela benção e pelo
privilégio de ser Mãe do Coração!
E digo e reafirmo, que o que
realmente importa nessa vida - é o Amor! ❤
“Não habitou meu ventre, mas mergulhou nas entranhas
da minha alma.
Não foi plasmado do meu sangue, mas alimenta-se no
néctar de meus sonhos. Não é fruto de minha hereditariedade, mas moldar-se-a no
valor de meu caráter.
Se não nasceu de mim, certamente nasceu para mim”.
Este texto é uma compilação de alguns trechos, de textos que escrevi
sobre o assunto, e que expressam a minha emoção de ser Mãe do ❤.
Link do blog/marcador “Adoção”: https://adelisa-oquerealmenteimporta.blogspot.com/search/label/Ado%C3%A7%C3%A3o