O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

É preciso (re) aprender o valor das coisas...


Imagem extraída do Google

“De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos.
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos”.
                                                                                                     1 Timóteo 6:6-10

No domingo retrasado, essa foi a Palavra de Deus, no culto que assisti. 
E na semana passada, vi uma postagem de uma amiga falando sobre desapego, sobre viver com simplicidade. E também, ao assistir um vídeo na internet (do Papaipop) sobre o valor das coisas - lembrei-me da Palavra daquele domingo.
Então comecei a refletir sobre as mudanças que fiz em minha vida nos últimos meses.
Como já escrevi à respeito anteriormente, foi uma mudança difícil, radical, e muito bem pensada! Refleti por mais de dois anos sobre o que me incomodava. Sobre o que era de fato, o mais importante em minha vida.
No final do ano passado estava totalmente estressada devido às dores constantes na coluna, que eu sentia. Essas dores roubavam-me a alegria e o ânimo. 
Eu trabalhava no emprego que havia sonhado para minha vida, há muitos anos atrás. Tinha uma série de benefícios, e até há poucos anos, não admitiria abrir mão dele.
Só que o tempo passou. Meus problemas de saúde se agravaram. Eu só sentia dores e mais dores. Tentava reagir, mas acabava andando em círculos, e na verdade, do dinheiro que eu ganhava, eu desfrutava muito pouco.
Porque esses problemas roubavam-me muitas vezes, o prazer de fazer outras coisas, nas minhas horas de folga. Sem contar a correria diária, o tempo escasso com meu filho mais novo – que tem apenas sete anos, e precisa muito da minha presença!
Meu marido também estava esgotado, pois sobrava muita coisa pra ele fazer.
Na situação em que me encontrava, não conseguia fazer praticamente nada, além de trabalhar fora...
Tirei licença para cuidar da minha saúde. Só que em vez de melhorar, fui piorando devido ao estresse das perícias por que tive que passar. As dores físicas, foram se tornando dores emocionais.
Entrei numa espécie de “turbilhão”, e achei que não fosse mais conseguir sair!
Até que depois de muito sofrimento e reflexão. De muitas orações e conversas com o meu marido - decidi sair do banco em que trabalhava. 
Foi difícil tomar a decisão. Muitos acharam que tomei a decisão no calor do momento, devido a tudo o que estava passando. 
- Como você vai deixar um emprego concursado? 
- Você está louca? 
- E o que você vai fazer, quando sair? 
Foram essas as muitas perguntas que tive que escutar!
Hoje, depois de seis meses, ainda me perguntam vez ou outra, se não me arrependi. Se não sinto falta do meu trabalho. 
Até o momento, não senti falta nenhuma! E não me arrependo da decisão que tomei. 
Sinto falta apenas das pessoas, com as quais eu convivi todos esses anos! Muitas tornaram-se amigas, que vou levar para a vida inteira!
Não sinto falta do meu trabalho, apesar de gostar do que fazia. Talvez porque os últimos anos foram realmente sofridos pra mim!
E foi um longo caminho que tive que percorrer, para enfim entender, que aquele tão sonhado emprego que eu acreditara que seria pra vida toda, não era mais pra mim...
O “meu lugar” não era mais lá...
E então, tenho (re) aprendido que posso viver com menos, e ainda assim ser feliz!
Priorizei a minha saúde e o tempo com minha família, e deixei pra trás aquele “emprego dos sonhos".
Hoje, minhas prioridades são outras: se não posso ir toda semana comer fora - como ia antigamente -, compro um marmitex, pra ter uma folga na cozinha. E ainda assim, sou feliz! 
Penso duas vezes, antes de comprar algo de que não preciso.
Antes, muitas vezes, comprava por comprar, pelo impulso! Creio que para preencher uma espécie de vazio, porque não estava feliz...
Hoje vivo com menos, mas com muito mais qualidade de vida! 
Agora, meu filho fica somente meio período na escola, e tenho muito mais tempo para dar atenção a ele!  Tenho mais tempo para ficar com meu marido, minha filha, meus netos. Enfim, com toda a minha família!
Cozinho minha própria comida, ao invés de comprá-la pronta, por falta de tempo para cozinhar.  Faço meus temperos.
Preparo bolos e doces para aqueles que eu amo. Verdadeiramente, cozinhar é um ato de amor!
Faço meus artesanatos, escrevo meus textos, tudo sem pressa ou pressão.
Caminho pelas ruas, para fortalecer minha coluna – sem aquela correria louca, de quem vive diariamente numa espécie de maratona, sempre correndo. E sempre perdendo para o tempo - que escoa feito areia, entre os dedos das mãos. 
A sensação que tenho, ao sair de casa e voltar sem pressa – é de liberdade. De alma leve, de quem não carrega mais um fardo pesado nas costas!
Demorei para começar a desfrutar dessa sensação de liberdade.
No início, não conseguia nem dormir direito! Deitava, fechava os olhos, e os pensamentos não paravam. A cabeça parecia um redemoinho de pensamentos desconexos.
Na verdade, não pensava em nenhum problema específico. A minha mente estava simplesmente acelerada, agitada.
Hoje, já consigo acalmar um pouco mais “meu passo”. Tento fazer as coisas com calma, sem estresse.
Eu sei que tomar a decisão que tomei, é difícil, e talvez inviável, para muitas pessoas.
Ou, para outras pessoas, o lado profissional seja muito importante. E a pessoa não queira abrir mão do que já conquistou.
Cada pessoa tem a sua prioridade, e devemos respeitar a escolha do outro!
Porém, o que está ao alcance de todos é poder escolher como direcionar o seu tempo livre. Para que se tenha mais qualidade de vida, e tempo com aqueles que ama. Não se tornando assim, escravo do que é “material”.
Muitas vezes compensa “perder” um pouco do que é material, para se ganhar o essencial!
E quanto à pergunta sobre o que vou fazer no futuro: ainda não sei. No momento não estou fazendo “nada”, apenas cuidando da minha saúde e da minha família.
O meu futuro pertence a Deus, e por enquanto, sigo eu:  (re) aprendendo dia após dia, o valor do que realmente importa pra mim...

"Você não é o dinheiro que tem, você não é o seu diploma, o seu currículo, nem o carro da sua garagem. Você é o sorriso que entrega, a mão que estende, o abraço que dá. Você é o amor que espalha."
A. D.