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Sou uma pessoa observadora. Gosto de observar as pessoas, e refletir como agem a respeito de determinados assuntos. Infelizmente, o que tenho observado via de regra, é que as que praticamente nunca pecaram ou nunca sofreram de verdade, não têm a capacidade de ser condescendentes com os pecados e com as falhas alheias. Muitas vezes, não têm a sensibilidade e a capacidade de oferecer conforto e carinho àqueles que sofrem.
De maneira nenhuma quero fazer apologia ao pecado e ao sofrimento!
Mas tenho refletido à respeito. E cheguei à conclusão que aquele que nunca pecou, na maioria das vezes está sempre pronto a julgar e a ser inflexível com as falhas e com o pecado de outrem.
Aquele que nunca sofreu de verdade, na maioria das vezes, quando
se depara com o sofrimento alheio, ao invés de confortar, de dar apoio e
atenção, apenas se afasta.
Muitas vezes, sem saber o que dizer. E algumas vezes, com receio
de se "contaminar" com o sofrimento alheio. É triste, mas a tendência
das pessoas é querer se afastar de quem sofre, como se o sofrimento pudesse ser
algo contagioso...
Muitas são inflexíveis e impiedosas, justamente por não se colocarem no lugar do outro...
Muitas são inflexíveis e impiedosas, justamente por não se colocarem no lugar do outro...
Falo com experiência de causa: pois já pequei, e também já sofri
muito nessa vida! Mas, graças a Deus, mesmo antes de experimentar o outro lado, sempre tive a capacidade de me colocar no lugar das outras pessoas.
Posso dizer, que jamais fui insensível ao sofrimento alheio.
O que pode nos custar: estender uma mão amiga, a ter um gesto de
carinho com alguém que está sofrendo? Ou ter compaixão, ao invés de julgar e
condenar alguém que está pecando?
A Palavra de Deus nos exorta: "... aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama". Provérbios 7::47
Não deveria ser assim...
Seríamos tão melhores e mais humanos, se estivéssemos sempre prontos a
amar, a confortar e a sermos solidários com as pessoas...
Termino aqui, com um poema de Cora Coralina que gosto muito, e
que diz muito a respeito:
“Não sei... Se a vida é
curta
Ou longa demais pra nós.
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar".
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar".