O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Dia Mundial da Adoção ❤

            Hoje, no dia Mundial da Adoção -  estou aqui relembrando, como me tornei mãe do coração...

Quando o assunto é Adoção - confesso que sou uma entusiasta!

Então, faço uma repostagem, que na verdade é uma compilação de alguns textos que escrevi sobre o assunto, há alguns anos atrás.

[...]

Aos quarenta e dois anos descobri que havia entrado na menopausa, um pouco precocemente. E justamente, quando estava tentando engravidar...

Várias pessoas sugeriram-me que fizesse algum tratamento, já que a medicina anda muito avançada! Mas eu não quis forçar a minha natureza. Não sou contra esse tipo de tratamento, mas particularmente, não encarei como uma opção pra mim.

Eu já havia experimentado a maternidade em meu primeiro casamento. Na época não tive problemas em engravidar. Hoje minha filha já está adulta e me deu dois netinhos lindos... 

Como já escrevi anteriormente – logo de início pensei na possibilidade da adoção. Mas o meu marido se sentia inseguro. E eu não quis pressioná-lo.

O tempo passou – aproximadamente um ano. E como Deus sabe de todas as coisas, Ele permitiu esse tempo, para que a ideia e o desejo fossem amadurecendo em nossos corações... Meu marido ligava a TV e lá estava passando uma reportagem sobre adoção.  À princípio ele assistia sozinho. Depois foi ficando animado e me chamava, toda vez que via algum programa com o tema!

Até que um belo dia, ele chegou para mim e me disse que queria adotar! E lá fomos nós ao fórum para nos informarmos sobre os procedimentos! Providenciamos tudo e entramos na fila do CNA. Foram dois anos e meio de uma longa espera...

- Quando decidimos adotar um filho temos que estar absolutamente seguros de nossa escolha. Pois o preconceito existe: entre familiares, amigos... Em pessoas que menos se espera! Você ouve os mais variados tipos de comentários, tais como:

“- Nossa! Você tem muita coragem! Eu nunca teria coragem de adotar! Porque tem a genética, e você não poderá saber que tipo de “pais” ele tinha, e o que poderá se tornar!”.

Ou:  - “Ainda bem que ele veio bebezinho! Porque uma criança maior daria mais trabalho para se adaptar. E não seria a mesma coisa...”.

E nesses comentários desagradáveis, podemos sentir o preconceito das pessoas sobre o assunto! Ainda hoje, eu ouço essas coisas... Esses tipos de comentários são totalmente desnecessários, e eu rebato, respondendo:

- Por acaso a biologia dita o caráter de uma pessoa? 

- Meu filho, quando chegou, era sim um bebezinho! Na verdade, eu esperava uma criança maior, entre um e cinco anos. Mas Deus quis escrever a nossa história, de uma maneira diferente da que havíamos planejado: e meu filho chegou com apenas dois meses!

[...]

Amo falar sobre o assunto! Sou membro de vários grupos sobre adoção.

Gosto muito de ler as histórias, as expectativas dos pais até a chegada dos filhos... O período de convivência.

E também, de contar a nossa história: pois através dela, algumas pessoas têm lançado um outro olhar sobre a adoção.

Certo dia, eu publiquei a nossa história em um dos grupos. Através dela, eu recebi o seguinte comentário: 

      “Linda história... me emocionei... Estou na espera também há dois anos e 10 meses... também aumentei a idade e agora também mais 1 irmão...  Meu perfil 0 a 4 anos e 1 irmão até 7 anos.  Deus sabe a hora e o dia. Mas sua história me deu mais esperança... Beijos, que Deus abençoe”.

Como me alegra o coração, saber que ao contar a minha história, pude levar um pouco de esperança à essa mãe que espera seu(s) filho(s)!

E assim como aconteceu com essa mãe, aconteceu também com um casal que conhecemos numa viagem, há alguns anos atrás.

Hoje eles estão no CNA esperando seu filho(a). E o fato de ter nos conhecido, ajudou-os a tomar a decisão de adotar. E saber disso é mais um motivo para o meu coração se alegrar...

[...]

Quando esperava meu filho, eu estava pronta pra amá-lo, quer ele viesse com um, quatro ou cinco anos! Ainda que estivesse maltratado, e nem fosse bonito! Na verdade eu esperava uma criança assim: tanto que preveni o meu marido de que isso poderia acontecer!

No entanto, contrariando essa expectativa, nosso filho chegou - um bebê gorduchinho, lindo e sorridente! Mas eu não o amei mais por isso!

Amei-o desde o primeiro momento - simplesmente porque ele, a partir de então, era o meu filho!

Na verdade, como eu sempre digo: o Amor “brotou” em nossos corações, no dia em que o conhecemos...

É inexplicável como nasce esse sentimento! É “coisa” de Deus, mesmo!

[...]

O tempo passou...E o nosso Pitico cresceu, e já está com 8 anos!

Eu amo falar sobre a nossa história!  Nunca quis que fosse um tabu para ele. Falamos com nosso filho desde muito pequeninho...

Outro dia assistindo à TV, ele viu uma mulher grávida, com um barrigão. E ao conversar com ele, lembrei-o de que ele nasceu em meu coração.

Então, ele olhou pra mim pensativo, e me disse:

- Se eu nasci no seu coração, então eu estava na barriga de outra mãe?

Aí eu expliquei pra ele:

- Não! Você estava na barriga de outra mulher. A sua mãe sou eu! E por isso, você nasceu no meu coração! Lembra que eu te contei? 😊

E ele saiu satisfeito com a resposta. À partir desse dia, eu percebi que ele já está começando a entender o real significado, do que é “nascer no coração”!

Na semana passada, eu estava imprimindo alguns desenhos de um livrinho infantil que escrevi sobre a nossa história. Ele olhou para os desenhos, e disse para mim e meu marido:

- Essa é a minha história! Sabia pai, que eu estava na barriga de outra mulher? Depois de um tempo, você e a minha mãe foram me buscar, lá naquela casinha? Então, eu nasci no coração de vocês... Né, mãe?

Nós nos olhamos, olhamos para ele e sentimos tanto Amor!

E que felicidade sentimos -  ao constatarmos que ele está crescendo, e assimilando tudo descomplicadamente. Sem encucações ou neuras!

[...]

Agora - falando com experiência de causa: sou mãe biológica e do coração. E posso afirmar, que não existe diferença nenhuma, no Amor que sinto por ambos!

E sabem por quê? Porque um filho nasce primeiramente, lá no âmago do nosso ser! Independentemente de ter sido gerado no ventre ou no coração... A única coisa que é imprescindível ter, para ser mãe ou pai... é Amor! É ter apenas, a capacidade de Amar!

É uma bênção que Deus concede a todos! Basta querer e se entregar incondicionalmente a esse Amor...

Quem adota com responsabilidade e amor, certamente muda a vida de uma criança para melhor! Por outro lado, essas crianças, mudam totalmente as nossas vidas também!

Somos “adotados” quando olhamos para aqueles olhinhos pela primeira vez... À partir desse dia, as dúvidas transformam-se em certezas; e Deus testifica em nossos corações, que ali, naquele momento, encontramo-nos diante de nosso filho!

E hoje, no Dia Mundial da Adoção, eu oro e glorifico a Deus pela vida do meu filho! Agradeço pela benção e pelo privilégio de ser Mãe do Coração!

E digo e reafirmo, que o que realmente importa nessa vida - é o Amor!

Amo você meu filho! E eu Amo ser Mãe do coração... ❤❤

“Não habitou meu ventre, mas mergulhou nas entranhas da minha alma.

Não foi plasmado do meu sangue, mas alimenta-se no néctar de meus sonhos. Não é fruto de minha hereditariedade, mas moldar-se-á no valor de meu caráter.

Se não nasceu de mim, certamente nasceu para mim”.

D. A.