O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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sexta-feira, 31 de julho de 2020

E de repente... lá se foram dez anos! ❤

No início desse mês, de repente me dei conta, que já faz dez anos que escrevo em meu blog! Parei para pensar sobre o assunto, e eu mesma me espantei: é muito tempo!!
Como a maioria das pessoas que acompanham a minha escrita, sabe - comecei à escrever após viver uma tragédia em família: minha amada sobrinha Júlia, ficou doente e faleceu em maio de 2010 aos sete anos de idade; após lutar durante cinco meses, contra um tumor cerebral. 
Nessa época, a impressão que eu tinha, era a de que estávamos vivendo um pesadelo, e que à qualquer momento iríamos acordar, e tudo voltaria ao normal...
No entanto, ainda que na época, talvez não tenhamos conseguido entender os desígnios de Deus – tivemos que aceitar a Sua vontade, e a Juju partiu...
Partiu, deixando saudades e uma tristeza enorme em todos nós! Ainda assim -  foi Deus quem nos consolou e fortaleceu, à partir de então.
Logo depois, comecei à sentir a necessidade de falar sobre essa experiência trágica e tão marcante, que vivemos! A tristeza e as saudades transbordavam em meu coração, e a escrita foi um meio de eu extravasar meus sentimentos... Porém, eu não entendia nada de Blogues. Minha filha mais velha, foi quem criou a página para mim, um mês depois que ela partiu. Com o tempo, aprendi a usar o programa, e fui aprimorando a minha página.
No início, comecei à escrever despretensiosamente, em memória de minha sobrinha. Só mesmo, para pôr para fora, a dor que me corroía por dentro! E também, para refletir sobre o que aprendemos com tudo aquilo que vivemos, ao presenciarmos tanto sofrimento...
Por esse motivo, nomeei meu blog como “O que realmente importa...”. Foi uma constatação que fiz na época.
Minha vida e meus valores foram ressignificados, através da doença e morte da Juju! Sua existência foi breve. Mas aquela linda menina loirinha, carinhosa e delicada – deixou-me tantas lições...
Ela partiu. No entanto, o Amor que nos unia, jamais deixará de existir! Tem um lugar todo especial, em meu coração! 
E de lá para cá -  quase que involuntariamente – comecei à escrever, e não consegui mais parar!
Nestes dez anos de escrita, ouvi muitas vezes:
“– Você se expõe muito!”,
“–Não deveria falar tão abertamente dos seus sentimentos...”,
“– Cuidado! Têm pessoas maldosas na internet!”,
“– ...talvez você devesse parar de escrever...”.
Meus familiares, algumas vezes, ficaram temorosos:  pois até um perseguidor anônimo - que lia tudo que eu escrevia, e fazia comentários maldosos - eu consegui! De início, eu respondia. Argumentava seus questionamentos maldosos. Na verdade, ele era um de meus leitores mais assíduos. Certa vez, teve a capacidade de comentar quatro textos meus, consecutivamente.
Com o tempo deixei de responder... Em minha opinião, alguém que não tinha a hombridade de se identificar ao expor suas ideias, não merecia resposta. Me perseguiu por anos, até que desistiu... Graças a Deus! 
De vez em quando, esporadicamente, aparece algum “raivoso”...
Quem escreve, tem que estar preparado para lidar com todo tipo de crítica. Graças a Deus, a grande maioria das críticas são positivas!  E consigo passar mensagens de superação, fé e ânimo -  para os meus leitores.
No que se refere ao estilo - a meu ver -, sou um tanto limitada, se comparada a outros escritores: só consigo escrever sobre o que vivencio. Não escrevo contos, romances ou poemas. Não tenho criatividade para criar histórias fictícias. Todas as minhas histórias, são verídicas. Sou cronista!
Apesar de gostar de ler e escrever desde a minha adolescência, eu não tinha a escrita como um hábito. E jamais imaginei, que um dia me tornaria escritora.
Comecei tarde – somente aos quarenta e cinco anos. Todo o processo foi desencadeado pela dor. E a escrita foi se tornando um hábito, uma necessidade!
Uma espécie de “verborragia”! Em alguns dias, a vontade de escrever surge tão premente, que a impressão que tenho -  é de que se não escrever, vou me “afogar”, pelas palavras não ditas!
No ano seguinte à criação do meu blog, meu filho mais novo chegou - ele é meu filho do coração... Então, comecei à escrever sobre maternidade e adoção, também.
Escrevo quando estou triste, quando estou indignada. Escrevo quando estou alegre!  Escrevendo - a minha vida surge em flashes em minha mente! E tudo vai passando como um filme:  tudo o que foi vivido, até então!  Coisas boas e ruins. Muitos erros... Mas muitos acertos, também!
Através de tudo isso, Deus vai me lapidando. Vai aparando minhas “arestas”. Mostrando-me, que mesmo em meio às lutas, as provações e aos “vales”, Ele sempre esteve comigo, sempre me sustentou e sempre me levantou!
Escrevo também, sobre o Amor que sinto pela minha família!  Nesses dez anos - além de um filho - ganhei também dois netinhos! E a alegria genuína, as peraltices e as tiradas engraçadas, que só as crianças têm - alegram a minha vida! E o amor é tão grande - que transborda, extravasa... E às vezes tenho que eternizá-lo, através das palavras! 
Escrevo também, sobre minhas trapalhadas e minhas distrações. Sim, porque sou muito distraída! 
Escrevo sobre as histórias que observo, ao longo da minha “caminhada”.
Histórias interessantes, de pessoas interessantes! Algumas cômicas, outras nem tanto. Mas todas - histórias de vida!
História de gente comum, assim como eu. Que tem falhas e limitações. Porém, que se levanta todo dia, e tenta de novo! Que luta diariamente: às vezes vencendo, às vezes perdendo... Mas sem desistir - sempre lutando!
E então, o saldo - destes dez anos de escrita - foi:  dois livros de crônicas (coletâneas), um livro infantil sobre adoção; e textos, para mais uns dois livros...
Assim vou seguindo, sempre escrevendo... Contando as minhas histórias e as minhas impressões sobre a vida!
Alguns me perguntam: “– Por que você escreve?”
Escrevo, porque escrever já é parte de mim! É por isso que escrevo!
E sem querer ser pretensiosa - sinto que muitas vezes, consigo tocar os corações das pessoas, com as minhas palavras... 
E como me alegro, quando tomo conhecimento, de que com meus textos e minhas vivências - pude, de certa maneira, ajudar alguém à seguir em frente, à superar, e se superar! Essa é minha maior recompensa!!
Obrigada a todos os meus leitores! São vocês - que dão sentido à minha escrita!
Hoje, louvo e glorifico a Deus, por ter me dado forças para seguir em frente! Para, jamais desistir!
Obrigada, Jesus, por uma década - de escrita e inspiração!


sábado, 25 de julho de 2020

Dia do Escritor - A escrita e eu...❤

Hoje, no Dia do Escritor - compartilho um texto que escrevi em 2015.
E que diz muito, sobre o que a escrita significa para mim!
Um Feliz Dia do Escritor, para todos - que assim  como eu, se expressam através da palavra escrita!

       Outro dia senti-me um tanto estranha ao ler meu livro...
Ao ler meus textos, minhas histórias, a impressão que tive - era de que se tratava de outra pessoa:  não eu! Que tudo aquilo que ali estava, tinha sido vivenciado por outrem.
Ou, até mesmo, que tudo aquilo havia transcorrido num passado longínquo... Ao qual não pertenço mais!
No entanto, todas as histórias que ali estavam, eram minhas! Minhas histórias, minhas vivências!
Há aproximadamente cinco anos atrás, através de uma grande dor, aflorou em mim a vontade de escrever. E desde então -  a minha escrita é um processo tão natural!  
As palavras fluem, as ideias vão surgindo, despejadas em folhas em branco, como uma espécie de catarse! Para mim, escrever é terapia, é algo vital, uma necessidade!
Tal qual tenho a necessidade de me expressar ao conversar, assim também é com minha escrita! 
Gosto muito de falar, conversar, assim como de escrever, também. Ambas  as expressões, andam juntas.  Se pararmos para pensar mais a fundo: sempre temos algo a dizer!
Às vezes escrevo porque estou triste, ou frágil, ou desanimada. Outras vezes, porque estou alegre, motivada, entusiasmada, admirada!  Ou, porque observo certas situações que me causam estranheza, surpresa, divertimento ou até indignação.  
A razão não importa! É apenas o “motor de propulsão” que me leva à escrever. O que importa é extravasar os sentimentos!
E assim, vou escrevendo minhas histórias... E sem que eu perceba, ou que me dê conta, cá estou eu, com muitas histórias para contar!
Escrever ajuda-me a seguir em frente. A desabafar o que muitas vezes angustia-me a alma.
Ou extravasar sentimentos tão grandiosos, como o amor ou a alegria - que de tão grandes que são – provocam-me uma vontade imensa de compartilhá-los com outras pessoas!
E ao olhar para trás, ao olhar para as minhas histórias: sinto uma alegria imensa, por saber que em algumas situações, ajudei alguém a seguir em frente, também!
As pessoas são únicas, incomparáveis. Algumas são fáceis de lidar. Outras, nem tanto... Porém, sempre temos algo para aprender, uns com os outros!
E por mais difícil que possa parecer, muitas vezes, sempre peço  a Deus: que a alegria, o amor, o carinho, o perdão e a compaixão nunca morram dentro de mim!
Assim o tempo passa... Sigo, vivo e aprendo um pouco mais, à cada dia.
Porque à cada situação que observo e vivencio, à cada nova história que escrevo,  torno-me de certa maneira, uma nova pessoa!
E peço sempre a Jesus: que faça de mim, independentemente das circunstâncias, uma pessoa melhor!

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Quando se tem um amigo...💖

Foto tirada ao entardecer (de um casal anônimo), em visita à casa de praia.
Hoje - no Dia do amigo - republico um texto que escrevi sobre amizade, ao reencontrar um grande amigo, que há tempos não via...
Faço essa re-postagem nesse dia, e a dedico a todos os meus amigos! 
Por conta da pandemia e da quarentena - a distância se faz necessária!
Porém, todos os amigos - de perto ou de longe – têm um lugar especial, reservado em meu coração!
Deixo meu aqui, um “abraço apertado” no coração de cada um! 💕
Que Deus nos abençoe e nos guarde! E que possamos nos abraçar, e celebrar o quanto antes – a amizade e o calor de um abraço de verdade...💕
Um Feliz dia do Amigo!  💖
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Quando se tem um amigo...

Na semana passada, em uma viagem de férias para a praia aproveitamos para rever um amigo.
Ele é nosso vizinho, mas já está há bastante tempo em sua casa na praia.
Como íamos pra mesma cidade, aproveitei e liguei pra ele para nos reencontrarmos. Ficamos muito felizes em revê-lo!
Ele nos disse que foi pra ficar apenas uns dois ou três meses (para fazer uma reforma na sua casa da praia). Mas foi ficando, ficando... E já faz oito meses que ele está por lá!
Nossa! Espantei-me quando ele nos disse que já estava lá por todo esse tempo!
Para nós, era como se o tivéssemos visto apenas há alguns dias... Então comecei a refletir sobre a amizade.
Quando se tem um amigo, meio que parafraseando aquela música: o tempo e a distância são fatores insignificantes.
Diante da amizade, não existem pontos finais. Apenas vírgulas ou reticências ...
A amizade é atemporal. A distância apenas introduz uma pausa. 
Quando há o reencontro, a amizade aflora novamente com toda a sua força!
Lembrei-me então de todos os meus amigos...
Amigos presentes e amigos distantes.
Amigos que fiz ao longo de anos! 
Amigos vizinhos, amigos de infância, amigos de fé, amigos de escola, da faculdade; amigos do trabalho, do clube, da ginástica; amigos do ônibus, amigos virtuais. Enfim, amigo(a)s!
Como é bom ter amigo(a)s! 
E como é bom quando o sentimento de amizade aflora!
É um sentimento que aquece a alma e o coração... Que faz com que nos sintamos acolhidos. E onde quer que estejamos: sintamo-nos em casa, sempre...
Que Deus abençoe a todos os meus amigos! 

Texto escrito em 25 de outubro de 2012.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

A fuga da Serena...😲

Hoje, eu vou escrever sobre a epopeia que vivemos - com a fuga da nossa cachorrinha, a Serena... Curiosamente, nunca escrevi sobre ela! Mas preparem-se, que lá vem textão!😃

A Serena é uma vira-latinha: uma mistura de salsichinha com fox paulistinha.

Chegou, trazida numa caixa de sapatos, pela minha filha mais velha – que não podia ver um cachorro para adoção em lojas agropecuárias, que já queria trazer pra casa! Foi assim com todos os cachorrinhos aqui de casa: com a Tuquinha e a Nina, também! 😍

Quando a Serena chegou, ainda tínhamos a Nina. Ela chegou tomando conta do “pedaço” - sempre foi dominadora e ciumenta! Há alguns anos, desde que a Nina se foi, ela reina absoluta, no quintal aqui de casa. É arisca com estranhos. Avança e quer guardar o seu território; e a todos da casa, também!

Está bem velhinha, tem quase 15 anos. Já não escuta, não enxerga direito, não tem mais faro... E também não é acostumada à sair na rua.

É a companheira fiel de todos: principalmente, do meu filho mais novo. E dos meus netos, também!

Nessa quarentena, meu filho não desgruda dela! Brincam juntos, correm... Antes da quarentena, ela estava até com as perninhas meio travadas (queria ficar deitada, a maior parte do tempo). Mas agora, com tantos “exercícios”, está bem espertinha!
Há dois dias atrás, por um descuido, ela escapou pelo portão da frente, e não vimos na hora! Quando percebemos que ela havia escapado - ficamos todos preocupados, e saímos para chamá-la, na esperança de que ela ainda estivesse aqui na rua, perto de casa. Chamamos, chamamos... em vão! Ficamos apavorados!

Na hora, meu marido pegou o carro para procurá-la.  Rodou com o carro, por vários quarteirões e bairros, vizinhos. E nada!

Nesse meio tempo, resolvi deixar um aviso no grupo de vizinhos da minha rua. Uma das vizinhas - a Ana -, até se prontificou em sair com o carro, e dar uma volta do outro lado, para ver se a encontrava. 

Logo depois, fomos para um parque perto da minha casa. Enquanto meu marido dirigia, eu e meu filho à chamávamos!

Foi batendo um desespero! Porque na verdade, como ela não escuta direito - não adiantaria muito, gritarmos por ela... Voltamos aflitos, ao pensar que ela poderia ter sido atropelada...

Meu marido teve que ir trabalhar. E ficamos, eu e meu filho, em casa – apreensivos - esperando por ela.

Nesse ínterim, avisei mais algumas vizinhas e amigas, que moram nas imediações.

Falei com minha filha mais velha, minha mãe e minha irmã. E nós começamos à orar, pra Serena voltar em segurança!

Passei agoniada, a tarde toda. Com estomago embrulhado... Lembrei-me de tantos momentos, que passamos juntos com a Serena!

Lembrei-me, da minha amada sobrinha Juju (que já partiu...) - que andava com ela no colo, pra cima e pra baixo, aqui em casa... Tenho uma foto linda, das duas juntas... 

Lembrei-me, que quando o Pedro e os meus netos chegaram -  eu morria de medo dela avançar neles - pois ela sempre foi ciumenta comigo, e principalmente, com meu marido. Mas não - ela amou todas as crianças aqui de casa, desde o primeiro momento! 

Meu filho, ora chorava, ora dizia que alguém à tinha roubado (nem disse a ele, que seria difícil alguém roubar uma vira-latinha, e ainda por cima, velhinha...).

No final da tarde, saí com ele à pé e com a guia na mão. Andamos novamente pelas imediações, e em volta do parque. Chamamos por ela (mas sem muita esperança, já que ela não escuta quase nada...). Passamos pelos quarteirões de cima, e nada!

O Pedro estava ficando cada vez, mais desesperado! E ele chorava, me perguntando: o por quê dela o ter abandonado?!  Expliquei, que ela não o tinha abandonado. Que saiu e não conseguiu voltar, por estar velhinha...

A noite chegou, e foi batendo aquela agonia!  Eu imaginava até a cena: ela andando sem rumo, sem enxergar e ouvir direito; meio arisca – não indo com ninguém! Passando fome, sede e frio - pois a noite estava meio gelada!

Resolvi compartilhar no status do whatsapp. Minha cunhada me respondeu na hora, se oferendo para procurá-la novamente, comigo. Agradeci, mas achei que não iria adiantar, pois não tínhamos pista nenhuma, de que direção ela havia tomado...

Minha filha me ligou novamente, e escutou o Pedro chorando, dizendo que queria a Serena! 😭 Nesta quarentena - eles se tornaram companheiros inseparáveis, ainda mais do que antes!
Logo depois, ela me passou uma mensagem, dizendo que estava rodando de carro, nas imediações aqui de casa. Mas não teve nenhum sucesso, e voltou para casa.
Nesse meio tempo, eu resolvi publicar um filminho que o Pedro fez dela, no dia anterior, no Facebook – informando que estava perdida. 
Então, meu amigos começaram à se mobilizar! Logo depois, minha vizinha Nanci, me passou uma mensagem dizendo que o seu marido a tinha avistado, na rua de cima da minha casa, por volta das 11h30. Mas não a tinha reconhecido (só reconheceu, depois da postagem no face). Corri e liguei para minha filha – para contar! Até então, achávamos que ela tinha ido para baixo, pois nem consegue andar muito bem, por estar debilitada!

Na hora, minha filha me disse que iria procurá-la! Pedi pra que ela passasse em minha casa, para irmos juntas. Começamos à procurar no local que o meu vizinho a tinha avistado. Mas eu e a Natália prevenimos o Pedro - de que talvez não à encontrássemos naquela noite, para que ele não ficasse decepcionado... Rodamos por alguns quarteirões, e nada!

Eu estava com o meu celular. De repente, ouvi um barulhinho, alertando que havia mensagens no Facebook.

Minha amiga Sônia (mãe de uma ex-colega de faculdade), havia me marcado - dizendo que a Serena tinha sido encontrada, por uma amiga dela! Eu fiquei tão emocionada, que não conseguia digitar e responder... 😃

Voltamos para casa, pra eu poder ver as mensagens e responder. Então, vi a marcação da Sônia - numa postagem da Luciana e da Célia (que eu não conhecia ainda). Acessei, e vi a carinha da Serena, toda simpática, em várias fotos! Nem acreditei!!

Uma das postagens dizia:

“Esta princesa é uma senhorinha e estava perdida na rua desesperada, chora muito, alguém conhece?! Não sabemos se está perdida ou se foi abandonada... Vamos encontrar seu dono!  Ajudem compartilhando, alguém vai reconhecer, porque ela só chora, sentindo falta do dono!”


Falei primeiro com a Luciana - que ficou super-feliz em saber que nós à estávamos procurando! Ela me passou, o telefone da Célia. Liguei, e a Célia me contou que ela tinha sido resgatada por sua antiga vizinha; que ligou para ela, porque não sabia o que fazer, e lembrou que ela gostava de cachorros. Me contou que fez muito carinho nela e a alimentou; e que ela estava na casa dessa ex-vizinha. E que poderíamos ir buscá-la, àquela hora, mesmo! Ficamos as duas emocionadas e felizes, com esse final feliz!😍

Saímos os três novamente, para o “resgate” da Serena! Meu filho não cabia em si, de tanta alegria! Quando já tínhamos saído, um rapaz ligou no meu celular, dizendo que tinha encontrado a Serena, em seu condomínio. E que tinha cuidado dela, no início da tarde. Só que teve que sair para trabalhar, e deixou-a com a moça que trabalha  na portaria do seu condomínio; e pensou que ela havia a deixado escapar... E que tinha acabado de ver a postagem: da filha de uma amiga minha, que faz parte de uma ONG que resgata animais... Respondi, que já estávamos indo buscá-la. Ele me pediu notícias pelo whatsapp, pois tinha ficado preocupado!

Chegamos, e a Débora e sua família - ex-vizinha da Célia - vieram nos receber! Logo atrás delas, veio a Serena! 😍

Quando nos viu, ela fez a maior festa! O Pedro começou a gritar de alegria, dentro do carro! Correu ao encontro dela e a pegou no colo! Foi muita alegria, muita emoção! Ela se aninhou no colo dele...😍
Eu agradeci à Débora e sua família, por a terem abrigado. E lhes disse, que em todo esse tempo, tínhamos orado e pedido a Deus – para que só pessoas boas cruzassem o caminho da Serena. E Ele nos atendeu... 

Por fim, quando chegamos em casa – acabei desabando por toda a tensão... E chorei emocionada!

Tivemos um dia terrível! O tempo todo, eu imaginava a Serena sendo atropelada, perdida no meio do mato, sem enxergar, sem comida... Morrendo de frio e sozinha...

Porém, em todo esse tempo -  eu, o Pedro e toda a nossa família, pedíamos para Jesus cuidar dela! E tenho certeza, que muitas outras pessoas, oraram conosco, também!  

E Deus a guardou! Ela atravessou uma avenida movimentadíssima, passando para outros bairros -  sem enxergar e escutar direito, e não foi atropelada!

Durante todo esse dia - Deus mandou vários “anjos” para cuidar da Serena... 😍

Primeiro foi o Thiago (o rapaz do condomínio), depois a moça da portaria... que falou com a Débora... que chamou a Célia -  que cuidou dela, e combinou com a Débora - um lugar para ela passar a noite. E a Célia contatou a Luciana... e ambas publicaram no Face. E a Sônia, minha amiga, viu e me avisou... E a Amanda, que também publicou no Face... e acabou alertando o Thiago, que havia cuidado dela, lá no início... 

Todos foram “anjos” - que tiveram compaixão, e ajudaram uma certa “senhorinha arteira”, que fugiu de casa! 😃

Agradeço a cada um, de coração!!

E como o Pedro disse, todo feliz naquela noite, antes de dormir – Jesus atendeu a nossa oração!!  😇

domingo, 5 de julho de 2020

Crônicas da quarentena...V

Imagem extraída do Google 
Hoje faz 111 dias, que estamos de quarentena.
Em todo esse tempo, dá pra contar nos dedos, o número de vezes que saí de casa...
Estou tentando sair, somente em caso de necessidade - o menos possível. Fazer a minha parte, para que esse isolamento termine o quanto antes!
É triste constatar que depois de tanto tempo, a curva de contágio  continua subindo...
Mais triste ainda, ver tantas vidas sendo ceifadas! E além da pandemia, o desemprego assolando o país.
O comércio fechou novamente, aqui em minha cidade. E nem sei se essa é a melhor medida - visto que quando o mesmo reabre, formam-se aglomerações! Piorando, ainda mais o problema!
Talvez a solução seria, justamente o contrário:  estender o horário do comércio, para diluir o fluxo de pessoas. Disponibilizar mais ônibus (em vez de diminuir), para que as pessoas que precisam trabalhar, não tivessem que enfrentar aglomerações - ao ir e voltar do trabalho!
Quanto ao comportamento de uma grande maioria, não sei se a “ficha” ainda não caiu... Mas algumas pessoas agem como se estivessem de férias, e não em uma quarentena.
O que percebo, é que muitas pessoas “negam” o problema!  Minimizam a situação, dizendo: 
“-Ah! Mas esse vírus só é perigoso para quem é idoso, ou tem comorbidades!”!
Esse para mim, não é um argumento válido!
Por acaso, quem é idoso não é importante? Não tem família?
E quem tem comorbidades? Há pessoas que têm doenças autoimunes e imunidade baixa. Há crianças com asma, ou outras doenças, que se enquadram nesse grupo!  Me pergunto: essas vidas não têm valor??
Há as que questionam o uso de máscaras – não querem usar; e ainda criticam quem as usa!
À meu ver, o uso de máscara é imprescindível: para a  própria segurança. E principalmente, para a proteção de outrem.
É confortável? Não! Dá falta de ar, é difícil respirar... 
No entanto, para mim - ao sair – usar máscara, é acima de tudo, uma atitude de cuidado comigo mesma, e de respeito ao meu próximo!
Há também, o que criticam quem está de quarentena! Parece mentira... Mas é verdade!
Já vi pessoas nas redes sociais -  criticando, quem está em isolamento e usando máscaras. Tachando-as de antissociais, hipocondríacas, neuróticas; e muitos outros adjetivos desmerecedores...
Esse tipo de pessoa, além de não fazer nada para colaborar, ainda atrapalha quem está tentando fazer a sua parte!  Mostrando assim, total falta de respeito, empatia e de consciência!
Ou, talvez, seja  até uma espécie de fuga – uma negação dos seus próprios medos...
Ontem acordei um pouco desanimada com tudo isso...
Perguntando-me: até quando, isso vai durar? O que será de nós, do nosso país, da humanidade??
Mas aí me lembrei, assim como já me lembrei várias vezes - que o futuro pertence a Deus!
Então, procurei me animar. Continuarei aqui orando, para que tudo isso acabe logo! Para Deus, nada é impossível! Seguirei acreditando!
E principalmente, fazendo a minha parte: saindo o menos possível, e usando máscara.
Eu não preciso de lei que me obrigue à usá-la. E muito menos de veto, que desobrigue o seu uso! Vou usá-la, à cada vez que precisar sair – até que uma vacina seja encontrada para esse vírus!
Muita força, fé, saúde e ânimo pra todos nós!


       “Bendito o homem que confia no Senhor,
          E cuja esperança é o Senhor.

   Porque ele é como árvore plantada junto às águas,
   Que estende as raízes para o ribeiro

   E não receia quando vem o calor,
   Mas sua folha fica verde; e no ano de sequidão

   Não se perturba nem deixa de dar o seu fruto.”
                                                                                          Jeremias 17: 7 - 8