Hoje estou aqui
sentada...
Pensando e
pensando... sobre tudo o que está acontecendo!
Queria escrever e
expressar o que sinto! Mas até isso tem sido difícil!
Sinto-me atada!
Tantos dias em
casa! Com um turbilhão de sentimentos...
Tornamo-nos reféns,
em nossos próprios lares!
Vi uma frase que
resume bem a situação: “Estamos em prisão domiciliar, sem ter cometido crime
algum...”.
Ainda não é seguro
sair.
O mundo lá fora,
tem despertado medo e angustia!
Já assisti a
tantos filmes catástrofe, sobre vírus e pandemias... Mas nunca pensei que
viveríamos essa realidade: a angústia de uma quarentena!
A angústia de não
poder sair. E a plena consciência de que no momento, é o melhor a se fazer.
Um vírus tão
pequeno, e ao mesmo tempo tão devastador!
Cerceou-nos a
liberdade: não podemos mais nos abraçar, beijar... Estamos longe, isolados dos
nossos queridos!
O mundo de repente
parou, para esperar esse vírus passar!
A saudade aperta!
Dos filhos, dos pais, dos netos, dos amigos...
De simplesmente,
poder dar uma volta no quarteirão, despreocupadamente...
E, na
verdade, é um privilégio poder ficar em
casa!
Apesar de
“dolorido”, ainda é a nossa melhor arma contra esse vírus desconhecido!
Mas muitos não
podem parar. Então, todos os dias, saem como se estivessem
indo para uma “batalha”! Com a insegurança do que vão encontrar pela frente!
São essas pessoas,
que mantém o mínimo de normalidade, em nossas vidas!
Oro para que Deus
nos proteja. Oro para que Deus as proteja!
Oro pelos que
estão doentes. Oro pelos que perderam seus entes queridos...
Oro para que Jesus
nos alcance com sua misericórdia!
Para que possamos
sonhar com um amanhã, para nossos filhos e netos - pois nunca o amanhã, pareceu tão incerto...
Ontem, depois de mais
de uma semana, saí no meu quintal pra tomar sol...
Como se não
bastasse a quarentena, estive acamada por conta de uma virose....
E então
surpreendi-me ao olhar minhas plantinhas!
Elas brotaram,
floresceram e frutificaram - alheias a
tudo o que está acontecendo!
Brotaram viçosas e
fortes, em meio a essa pandemia que assola o nosso mundo - em meio à
quarentena. Como se nada estivesse acontecendo...
Então, mais uma
vez, eu fiz uma analogia delas com as nossas vidas...
Que possamos ser
como essas plantinhas: que não se deixam abater!
Que brotam fortes
e destemidas! Mesmo frente às intempéries da vida! Que
muitas vezes,
mesmo em meio a solo árido e infértil, teimam em brotar!
Que o medo, a
incerteza, a saudade e a solidão sejam substituídos pela esperança, dentro de
cada um de nós!
Que possamos
vislumbrar dias melhores!
O amanhã sempre
pertenceu a Deus! Mas nos esquecemos disso, na maioria das vezes...
Nos preocupamos
com tanta coisa que não tem valor, que não tem importância!
Que depois de tudo
isso, de tudo o que estamos passando
- aprendamos à dar valor, ao que
realmente importa!
Que possamos
aprender o valor de um abraço, de um beijo. Ou, simplesmente da companhia um do
outro...
Que a centelha da
esperança, se acenda em cada coração – mesmo em meio à toda essa tribulação!
“Quero trazer à
memória o que pode me dar esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de
não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a
cada manhã!”
Lam. 3: 21-24