O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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terça-feira, 24 de maio de 2022

Dia Nacional da Adoção...❤


            “Conte e reconte sempre sua história, que com certeza vai ajudar a muitos candidatos pais adotivos à sentirem confiança em entregar suas vidas, aos desígnios do Criador. E assim acabarem encontrando aquela vida que se inicia - e que mesmo às vezes, sem saber, está ansiosamente à espera deles.

Se sequer sabemos o dia de amanhã, que dizer do futuro distante!!! Nesta vida tudo passa! Mas a palavra impressa é duradoura como um pensamento ou sentimento que se materializa.

Quando, num instante qualquer do futuro, alguém topar com seu trabalho e nele se inspirar à concretizar uma adoção - mesmo que isso aconteça uma única vez -, terá recuperado uma vida incerta para o caminho de uma família; e apenas por esta vez, todo seu trabalho terá valido a pena!”.

Sempre me lembro desse comentário, de um grande amigo meu, que já se foi... E hoje estou aqui novamente, relembrando e recontando a minha história - para o Dia Nacional da Adoção!

Há mais ou menos uns 14 anos atrás, a Adoção começou a fazer parte de nossas vidas.

Aos quarenta e dois anos descobri que havia entrado na menopausa, um pouco precocemente. E justamente, quando estava tentando engravidar...

Várias pessoas sugeriram-me que fizesse algum tratamento. Mas eu não quis forçar a minha natureza. Não sou contra esse tipo de tratamento, mas particularmente, não encarei como uma opção pra mim.

Eu já havia experimentado a maternidade em meu primeiro casamento. Na época não tive problemas em engravidar. Hoje minha filha já está adulta e me deu dois netinhos lindos... 

Como já escrevi anteriormente – logo de início pensei na possibilidade da adoção. Mas o meu marido se sentia inseguro. E eu não quis pressioná-lo.

O tempo passou – aproximadamente um ano. E como Deus sabe de todas as coisas, Ele permitiu esse tempo, para que a ideia e o desejo fossem amadurecendo em nossos corações...

Meu marido ligava a TV e lá estava passando uma reportagem sobre adoção...  A princípio, ele assistia sozinho. Depois foi ficando animado e me chamava, toda vez que via algum programa com o tema!

Até que um belo dia, ele chegou pra mim e me disse que queria adotar! E lá fomos nós ao fórum, para nos informarmos! Providenciamos tudo e entramos na fila do CNA. Foram dois anos e meio de uma longa espera...

- Quando decidimos adotar um filho temos que estar absolutamente seguros de nossa escolha. Pois ouviremos coisas desagradáveis, e muitas pessoas tentarão nos dissuadir a mudar de ideia. O preconceito existe: entre familiares, amigos; em pessoas que menos se espera! 

Você ouve os mais variados tipos de comentários, tais como:

“- Nossa! Você tem muita coragem! Eu nunca teria coragem de adotar! Porque tem a genética, e você não poderá saber que tipo de “pais” ele tinha, e o que poderá se tornar!”.

Ou:  - “Ainda bem que ele veio bebezinho! Porque uma criança maior daria mais trabalho para se adaptar. E não seria a mesma coisa...”.

E nesses comentários desagradáveis, podemos sentir o preconceito das pessoas sobre o assunto! 

Ainda hoje, depois de muitos anos, de vez em quando ouço esse tipo de coisa... Comentários totalmente desnecessários, e eu rebato, respondendo:

- Por acaso a biologia dita o caráter de uma pessoa? 

- Meu filho, quando chegou, era sim um bebezinho! Na verdade, eu esperava uma criança maior, entre um e cinco anos. Mas Deus quis escrever a nossa história, de uma maneira diferente da que havíamos planejado: e meu filho chegou com apenas dois meses!

Quando esperava meu filho, eu estava pronta pra Amar, quer ele viesse com um, quatro ou cinco anos!  Eu esperava uma criança maltratada, magrinha. Ou que nem fosse bonita... Tanto que preveni o meu marido de que isso poderia acontecer!

E então, nosso filho chegou: um bebê gorduchinho, lindo e sorridente! Mas eu não o amei mais por isso!

Amei-o desde o primeiro momento - simplesmente porque ele, a partir de então, era o meu filho!

Hoje ele é um pré-adolescente, e sabe que nasceu em nossos corações... 

Encara o assunto com naturalidade. Tem até um certo orgulho quando o assunto é a adoção! Ele tem consciência de como a Adoção foi uma benção em nossas vidas!

Eu amo falar sobre a nossa história!  Nunca quis que fosse um tabu para ele. Falamos com nosso filho desde muito pequenininho...

Algumas vezes, através da nossa história – incentivamos outros casais a adotar. E cada vez que isso acontece, o meu coração se aquece e se alegra!

E talvez pelo fato de eu escrever e falar sobre o assunto há muitos anos -  o meu nome deve estar associado a adoção. 

É interessante - mas quase toda semana, alguém me escreve pedindo informações sobre como adotar! E de vez em quando, algumas mães me escrevem pedindo informações sobre como fazer a entrega.

Encaro isso como uma missão, e sempre procuro orientá-las da melhor forma possível e de maneira legal!

Sou mãe biológica e do coração. Amo meus dois filhos com a mesma intensidade! E posso falar por experiência de causa, que não existe diferença nenhuma, no Amor que sinto por ambos.

E sabem por quê? Porque a maternidade se dá em primeiro lugar, pelo Amor!

Um filho é filho - independentemente de ter sido gerado no ventre ou no coração...

A única coisa que é imprescindível ter para ser mãe ou pai... é Amor! É ter apenas a capacidade de Amar!

É uma bênção que Deus concede a todos, sem distinção! Basta querer e se entregar incondicionalmente a esse Amor... 

Quem adota com responsabilidade e amor, certamente muda a vida de uma criança para melhor! Por outro lado - essas crianças, mudam totalmente as nossas vidas, também!

Somos “adotados” quando olhamos para aqueles olhinhos pela primeira vez... E nesse belo dia, as dúvidas, transformam-se em certezas, e Deus testifica em nossos corações, que ali, naquele momento, encontramo-nos diante de nosso filho(a)!

E hoje, no Dia Nacional da Adoção, eu agradeço mais uma vez a Deus, pela vida do meu filho!

Agradeço pela benção e pelo privilégio de ser Mãe do Coração!

E digo e reafirmo, que o que realmente importa nessa vida - é o Amor! 

"Não habitou meu ventre, mas mergulhou nas entranhas da minha alma. 

Não foi plasmado do meu sangue, mas alimenta-se no néctar de meus sonhos. Não é fruto de minha hereditariedade, mas moldar-se-á no valor de meu caráter. 

Se não nasceu de mim, certamente nasceu para mim”. 💗


P.s.: o texto acima  foi escrito com a compilação de vários outros textos, que escrevi sobre a Adoção. 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Crônicas da quarentena... XV

Imagem extraída do Google
            Há alguns dias atrás me perguntaram, se ando escrevendo muito. Na verdade, ultimamente ando escrevendo bem menos...

Desde novembro não escrevo as minhas Crônicas da Quarentena. Escrevi alguns textos nesse interim, mas devido ao estresse vivido nestes últimos dois anos, sinto-me um tanto desmotivada a falar no assunto.

Estamos no 780° dia da quarentena. Se é que podemos chamar de quarentena. A maioria das restrições foi abolida. A obrigatoriedade das máscaras já não existe mais, salvo em raros locais. Até nas escolas foi abolido, o seu uso.

Fica difícil esquecer as quase 664.000 mortes que foram contabilizadas até o momento... 

Mas graças a Deus a situação melhorou muito aqui no Brasil. As mortes e internações diminuíram. Porém, ainda não foi decretado o fim da pandemia.

As crianças aqui em casa tomaram as primeiras doses das vacinas em janeiro. E no momento estão completamente imunizadas!

Como orei por isso! Glorifico a Jesus por essa bênção!

Os adultos já estão na terceira ou quarta dose da vacina – a dose de reforço.

Uma peculiaridade dessa pandemia – é que o feriado de carnaval deste ano – foi em abril, no feriado de Tiradentes. O governo achou por bem postergar o feriado, como medida de segurança para evitar aglomerações, pois em fevereiro haviam mais casos da variante Omicron (muito mais contagiosa do que as outras).

A vida segue voltando à normalidade. Porém, ainda não me sinto segura em enviar meu filho à escola, ou ir à igreja, sem máscaras. 

A meu ver, os locais onde há aglomerações, não são totalmente seguros. Então, ainda seguimos usando máscaras nesses locais.

    Sem querer ser pessimista, eu me pergunto: será que está acabando, mesmo? Espero em Deus, que sim!

            Há alguns dias, ao assistir a TV tomei conhecimento do que está ocorrendo lá na China: o lockdown foi decretado em várias cidades, pelo aumento do número de casos. Milhões de pessoas estão isoladas em casa. Não podem sair. Até a comida, é fornecida pelo governo, e nem sempre de acordo com o que a pessoa necessita.

Em uma família, quando uma criança é infectada – a mesma é separada dos pais. Vi uma mãe chorando, ao ser separada de seu filho de 5 anos. Uma medida de prevenção desumana!

Fiquei estarrecida também, ao ver drones sobrevoando as ruas, junto com um cachorro-robô, orientando pessoas que haviam saído a voltar para casa! Achei tudo muito surreal, lembrando muito, alguns filmes de ficção cientifica que já assisti!

A bem da verdade, não vejo a hora de terminar essas minhas crônicas da quarentena - com um final feliz! Que esse vírus tão devastador fique no passado, e esteja presente apenas em nossas lembranças!

E que tudo isso se transforme em histórias, que contaremos às futuras gerações...