O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Naquele tempo...❤

Imagem extraída do Google
Há algumas semanas atrás, eu e meus irmãos nos reunimos e começamos a relembrar do tempo em que éramos crianças... E em como as coisas eram diferentes naquele tempo!
Começamos a lembrar do banheiro da nossa casa: que era somente um, para uma família de seis pessoas.
Seis pessoas = um banheiro!  Imagine as brigas homéricas que saiam, cada vez que um entrava, e resolvia demorar um pouco mais!
Dormíamos num quarto com  três camas: eu e minhas irmãs. O meu irmão mais novo, o  Haral,  tinha um quarto só pra ele, mas era um cubículo! Só cabia ele! 😊
O aperto era tanto, coitado – que quando a segunda irmã se casou, ele começou a mudança para o quarto maior, na noite do casamento...😊
E lembrando do nosso banheiro, dos quartos, e daquela casa antiga com azulejos cor de rosa na cozinha... comecei a   lembrar também de muitas outras coisas daquela época...
Naquele tempo, não tínhamos a fartura que temos hoje, com relação à comida, roupas, sapatos.
Éramos em quatro irmãos pequenos: uma escadinha, com mais ou menos três ou quatro anos de diferença.
Eu me lembro que comprávamos roupas, uma ou duas vezes ao ano. Geralmente no final do ano. Uma roupa nova, um sapato novo.
Eu ainda tinha mais "sorte": sempre tinha mais roupas novas do que meus irmãos menores. Eles, por sua vez, herdavam as roupas que eu não usava mais, porque já não me serviam!
Com relação aos brinquedos aplicava-se a mesma regra:  ganhávamos no final do ano, quando meu pai recebia o décimo terceiro, e nos aniversários.
Não tínhamos esse exagero de brinquedos que as crianças têm hoje!
E sabe que não fazia falta nenhuma?
Brincávamos com saquinhos de panos recheados de arroz, de esconde-esconde, amarelinha, pega-pega. De pular corda! De "Stop": que era um jogo em que tínhamos que adivinhar as palavras. Todos simples e descomplicados! E eram tão bons!
Éramos tão mais criativos nas brincadeiras! 
Minha imaginação era fértil... Eu inventava histórias para meus irmãos mais novos, e ainda "vivia" os contos de fadas que eu lia no livros! Geralmente, eu era sempre a heroína das histórias! 😊
Eu "viajava" através dos contos dos irmãos Grimm, histórias do Tarzan, e etc.
Tínhamos três vizinhos mais ou menos da nossa idade: o Edmilson, o Sérgio e o Marcelo, na casa ao lado.
Como eram arteiros! Lembro-me que eles amarravam uma linha em marimbondos, e jogavam no nosso quintal para aterrorizar eu e minhas irmãs! 😊
Não canso de me recordar também, das festas na casa da Sofia, minha amiga de infância. Somos amigas até hoje!
Eu adorava tudo o que a D. Cidinha fazia: os cuscuz de forminhas, as esfihas de carne, os docinhos...
A Lur - uma de minhas irmãs - tinha uma espécie de cineminha de “slides”, e à noite passávamos na frente da casa da Sofia. Toda a criançada se reunia!
Já quase na adolescência, depois de ajudar minha mãe com as louças da janta, eu ia pra rua conversar com a turma. A "turma" era a molecada da rua que havia crescido junto.  Ficávamos sentados na sarjeta, jogando conversa fora, ou jogando alguma coisa.
Ou então, brincávamos de bola: o nosso "forte" era a "queimada"!
Lembro-me também, que tinha uma vizinha já idosa, que ficava escondidinha atrás dos arbustos de sua casa, e quando a bola caia pra dentro, ela não devolvia mais! Furava todas!
Na adolescência, ficávamos na frente da casa da Dena, a minha vizinha da frente, jogando conversa fora. Toda a noite, todo mundo “batia o ponto ali”!
De vez em quando, aconteciam os bailinhos na casa dos meus vizinhos do lado: segundo me recordo, eram bailinhos até com aqueles globos de efeito de discoteca!
É engraçado, mas me vêm à lembrança certas coisas sem importância, mas que chegam a ser engraçadas.  Certa vez, estava dançando uma música lenta com um rapaz bem mais alto que eu. À certa altura ele me perguntou se eu estava nervosa, porque meu nariz estava brilhando! Eu respondi que não!! Que meu nariz era assim mesmo! E até hoje, o "bendito" do meu nariz brilha, e por isso tenho que ficar passando pó o dia todo! 😊
Naquela rua, fazíamos também as festas de ano novo. Fechávamos a rua, montávamos uma mesa no meio. Cada família colaborava com um prato. E então, festejávamos todos juntos como uma família.
Em junho, eram as festas juninas. Fechávamos novamente a rua. E era aquele festão! Com as brincadeiras de praxe: pesca, “cadeia”, quadrilha, correio elegante. Nossa! Como era gostoso receber um correio elegante de algum admirador! 😊
Hoje – creio que os nossos jovens nem sabem o que é isso! Mas esse tipo de correspondência tinha um charme todo especial...
         Outro dia, ao voltar de um restaurante já tarde da noite -   pedi para meu marido passar por aquela rua. A nossa casa já não existe mais. Foi demolida, e uma outra foi construída no local. Ao passar por lá, quanto coisa veio à minha lembrança!
Saudades daquele tempo! Saudades daquela rua...
Saudades daquela casa apertada, de um banheiro só... 

“A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração!”. Coelho Neto