O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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sábado, 18 de abril de 2020

Crônicas da quarentena...I

            Comecei a escrever esse texto no dia 15/04/2020:
Hoje, como está acontecendo já há quase um mês - acordei tarde. Quase 10h da manhã! Tenho dormido depois das 2h00... O sono não vem...
Então fui ao quintal pra tomar sol e fazer alguns exercícios. E não pude deixar de lembrar dos presos -  que saem ao pátio das prisões -, para tomar banho de sol!
Que situação! É surreal... 
                                                           ...
Já não saio de casa há mais de um mês! Estou de quarentena com meu filho. O único que sai é meu marido, para trabalhar e fazer as compras do mercado.
Quando ele volta do mercado, instala-se uma verdadeira “operação de guerra”: os sapatos ficam fora de casa, e são desinfetados com água sanitária. Ele já vai para o banheiro, trocar a roupa, ou tomar banho. As compras são todas desinfetadas com álcool 70º, as frutas são lavadas. Mas ainda assim - a impressão que fica - é que tudo ainda está contaminado!
Deus queira, que todos nós não fiquemos com TOC depois dessa quarentena...
No sábado que antecedeu a Páscoa, dei uma saidinha de carro (a única), para levar ovos de Páscoa, para a minha filha e meus netos.
Que saudade! Já fazia mais de vinte dias que não nos víamos pessoalmente! Mesmo assim, os vi de longe pela janela, e usando máscara.
Meu marido quis dar um volta pela cidade, para espairecermos um pouco. E também foi surreal... Motoristas dirigindo de máscaras, como nós. E todo mundo se olhando, assustado!
No entanto, ao passar por um parque de minha cidade, vimos grupos de pessoas caminhando, como se nada estivesse acontecendo...
É triste... As pessoas não têm consciência, com relação ao próximo! 
Enquanto nos privamos de várias coisas, com o isolamento - eles caminham despreocupadamente... Se adoecerem, vão superlotar os hospitais, e tirar a vaga de muita gente!
Estamos cumprindo a quarentena, por nós, e pelos outros, também!
Desde que ela começou, tenho vivido toda a espécie de sentimentos!  
No começo bateu um desespero por não poder sair!
Depois, mais preocupação -  pois meu filho e eu tivemos uma virose! Tivemos febre, “empipocamos” ... Na ocasião, o pediatra dele descartou a Covid.
Não sei se foi virose, se foi Zica (por causa dos sintomas...). Só sei que não fomos ao hospital, com medo de contrair coisa pior... Graças a Deus, passou!
Noutros dias, dou muitas risadas – pois apesar da situação ser trágica, sempre tem alguém fazendo piada! E muitas delas são hilárias!
Só mato a saudade da minha filha e dos meus netos, e outros familiares, por telefone ou vídeo chamada! Eles também estão isolados...           
Mesmo com os pais tendo tempo, para ficar com as crianças – a maioria delas se sente solitária. Pois não vão mais à escola; não brincam com os coleguinhas, e nem com as crianças da família...
Fico pensando nos traumas, que esse isolamento pode gerar, lá no futuro... Eu oro e peço a Jesus todos os dias, que guarde a mente e coração - das nossas crianças!
            Depois de mais de vinte dias, a gente vai se acostumando ao confinamento, como bem lembrado num trecho do livro “Amor em tempos de cólera”:

             "Sabia que depois de 21 dias deste comportamento, se cria um hábito?
     
            A impressão que tenho é que esse isolamento nunca mais vai ter fim...
         Por outro lado, sonho todos os dias, com o dia em que esse “pesadelo” vai acabar! E poderemos nos abraçar novamente!
Caminhar, ir à igreja, ir à praia... Enfim - ir à qualquer lugar; e poder sair sem medo!
Todos passaram a dar mais valor, em muitas coisas que passavam desapercebidas, com a correria do cotidiano: o amanhecer, o pôr do sol. A companhia dos familiares e amigos. A paz de simplesmente poder ir e vir...
Pudemos encarar também, o fato de sermos tão consumistas!
Quanta coisa, eu deixei de comprar, nessa quarentena – pelo simples fato de não poder sair? E por incrível que pareça, a maioria não está me fazendo falta nenhuma!
Às vezes reclamo de estar “presa” em casa. Mas ao assistir o noticiário, vejo que têm pessoas confinadas em navios de cruzeiro -  há mais de um mês -, em minúsculas cabines! Sem poderem sair!
Nos noticiários vemos apenas notícias tristes... Pessoas doentes e morrendo, pelo mundo afora! Pessoas desesperadas, que perderam seus empregos...
A pandemia trouxe o caos para o mundo!  É triste: o mundo parou para esperar esse vírus passar!
O futuro parece realmente sombrio...
Nessa Páscoa assistimos ao culto da nossa igreja, pela internet. E na hora da oração - em que lembramos da ressurreição de Cristo - eu pedi a Jesus por liberdade, saúde e cura!
Apenas a liberdade que tínhamos - de ir e vir! Liberdade de poder abraçar e beijar nossos queridos... ❤
Saúde, para que passemos incólumes a tudo isso!
E a cura: para esse vírus, tão devastador!
Na Palavra do culto de Páscoa, o Pastor citou João 10:10:
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”!
É essa vida que eu - oro, peço a Deus, e –, quero de volta!💕

P.s.: esse é o primeiro texto, de uma série de relatos meus, sobre a quarentena.