O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Nos tempos do Rural...

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Domingo retrasado foi um dia especial pra mim. Depois de mais de dois anos, encontrei meus colegas/amigos do Rural...
        Lembro-me como se fosse hoje: eu e mais dois colegas, e uma garota que não me recordo o nome, esperando ansiosos na sala do segundo andar, para passarmos por nossa entrevista de admissão.
        Havíamos prestado aquele concurso havia mais de três anos, e por um impasse burocrático, demorou todo aquele tempo para sermos chamados.
        Na época, era o emprego dos nossos sonhos! Cada um tinha a sua história, e aquele emprego nos daria a estabilidade que tanto sonhávamos.
        Passamos pela entrevista e por coincidência, eu e meus dois colegas escolhemos trabalhar num departamento em Campinas. Depois disso, se passaram mais dois meses, até que fomos chamados para a integração. Seria uma semana de cursos e preparativos para que pudéssemos tomar posse.
        O primeiro dia de integração até que foi bem legal. Cheio de atividades com novos colegas das mais variadas cidades. Cheia de coofee-breaks (de que eu tanto gostava)!J
        Só que depois do primeiro dia fomos avisados que iríamos tomar posse no departamento. Não precisaríamos da integração. Chegamos meio assustados, pois fomos pegos de surpresa. Ainda por cima, nossa chefe imediata, era brava que ela só! J
        Eu me lembro de que ela fumava no departamento (contra todas as leis anti-fumo que eu conheço). Ela era workaholic e quase todo santo dia ela pedia churrasquinho com suco de açaí para o almoço - só pra não ter que sair pra almoçar. J
        Depois de uns seis meses ela se aposentou e vieram outros coordenadores em seu lugar.
        Éramos oito auxiliares administrativos, dois coordenadores e um engenheiro agrônomo. Mais os aprendizes e estagiários.
        Analisávamos os financiamentos de Crédito Rural e Finame do BNDES. Tínhamos contato apenas com as agências, e não diretamente com os clientes. Alguns faziam a análise e as cédulas, outros calculavam as dívidas em atraso, as amortizações.
        Lá eu aprendi a calcular alqueires, hectares, arrobas. Aprendi a raça das vacas, dos porcos, cabras e ovelhas. Descobri que existe até porco "light"! J
        Aprendi a calcular as áreas das matrículas de imóveis.    Às vezes, elas eram um mistério intrincado, como as matrículas da cidade de Socorro/SP, que eram complicadíssimas!
        Algumas começavam assim: a parte da parte, de fulano de tal, e mais fulano e sicrano, e por aí vai... Líamos e relíamos até chegar à área que era realmente devida ao tal fulano. Eu me sentia realizada quando descobria a real área! J
Aprendi também o que é uma carta de anuência, uma alienação fiduciária, uma hipoteca de primeiro, segundo ou terceiro, graus.
Aprendi também que existem tomates de várias qualidades. Frutas, que eu nem imaginava existir!
        Depois da análise, vinha o veredito: aprovado ou não (dependendo se a documentação estava em ordem ou não).       
              Aí passávamos para o engenheiro, e ele também teria que aprovar.  Se aprovado, era confeccionada a cédula de crédito. Caso contrário, o dossiê voltava pra sua agência origem, para regularização. E para finalizar, eram passados aos coordenadores antes de sair.
        Eu gostava desse serviço! Era um prazer pra mim, destrinchar aquelas matrículas complicadas, fazer as cédulas...
        Pois bem - ficávamos ali boa parte do dia. Eu fiquei quase sete anos. Alguns outros colegas ficaram dez, ou mais de vinte anos por lá...
        Um belo dia, recebemos a notícia que nosso departamento iria extinguir!
        Cada um teve que tomar a decisão de para onde pedir transferência. Foi uma decisão muito difícil para todos!
        Acabamos nos tornando uma "família"! Tantos anos juntos! Às vezes, quando a mulherada estava na TPM (às vezes todas juntas J) saiam umas briguinhas, como em toda família. Mas acabava ficando tudo bem no final!
Passamos por muita coisa juntos... Todos acompanharam o meu sofrimento quando perdi minha sobrinha. Eu acompanhei o sofrimento de muitos colegas também! Estivemos juntos em oração!
        Cada um foi para um lado, para novas atividades. Aprender novos tipos de serviços. Alguns se aposentaram.
        Mas a amizade que surgiu ali continuou...
        Mesmo estando longe uns dos outros, todos acompanharam minha alegria quando o Pedro chegou! 
        E eu acompanhei as alegrias, realizações, tristezas, decepções e percalços que alguns colegas também passaram.
        Depois de quatro anos, conseguimos reunir a turma por duas vezes. E no domingo retrasado, pela terceira.
Foi um momento de alegria, de matar a saudade de todos aqueles anos juntos!
        Chegamos à conclusão que o tempo passa depressa e precisamos nos reunir mais vezes!
        O tempo pode passar, a distância pode existir, mas a amizade que surgiu ali, naquele departamento, jamais morrerá!
        Os meus amigos do rural estarão pra sempre em meu coração!

"Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância, digam não!"

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Intolerância!

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Existe uma palavra, que infelizmente algumas pessoas desconhecem: respeito!
Que é  a capacidade - de apesar de pensar de maneira diversa - se colocar no lugar do outro!
A falta de respeito gera intolerância, e a intolerância é a causa de muitos males, desde os primórdios da humanidade!
Muitos, em defesa de uma causa ou do seu modo de acreditar, atropelam o direito de outrem para impor sua própria vontade.
Isso gera o fanatismo. Milhões de vidas foram ceifadas na “santa” inquisição em nome da fé!
Hoje em dia, podemos testemunhar através dos jornais, linchamentos em praça pública. E na maioria das vezes, de pessoas inocentes...
Que são julgadas e condenadas sem direito de defesa, por aqueles que se consideram os paladinos da justiça! Que têm uma visão tacanha, e incitam outros à violência.
Quem respeita o seu próximo não é intolerante! Não julga sem saber o que ocorre em ambos os lados. Sim, porque sempre existem os dois lados de uma questão!
Precisamos de um mundo onde a intolerância dê lugar ao  respeito.
Quem respeita, coloca-se no lugar do outro.
Preocupa-se em saber o que o outro sente em determinada situação.
Não destrói, não segrega, não faz estereótipos, não discrimina, não exclui, não intimida!
Pelo contrário, acolhe, compreende e tolera.
Isso é amar o próximo, isso é respeito!!

Já dizia Voltaire: "Não concordo com o que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres".

domingo, 3 de agosto de 2014

Cuidado com sua vida...

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Sexta-feira retrasada, eu estava no trabalho, quando meu celular tocou. Atendi, e uma moça falou: - Adelisa? Oi, é a Valdirene!
Eu perguntei: - Valdirene? Me desculpe, mas que Valdirene?
Então ela respondeu: - A Valdirene do Logan!
Aí, eu ri e disse à ela: - Nossa! Só hoje é que fiquei sabendo que carro você tem!!
Essa história começou naquele primeiro sábado, em que o Brasil jogou na Copa do Mundo. Fui ao centro da cidade comprar algumas coisas.
Quando já ia voltar pra casa, fui até o meu carro que estava estacionado em frente à uma farmácia. Vi que tinha um carro na rua dando seta e querendo estacionar na minha vaga. Ao dar a ré, fiquei tão preocupada com aquele carro (que estava bem perto de mim), e não vi -  que exatamente atrás de mim, tinha outro.
Ouvi um grito, mas foi tarde demais, pois  já tinha batido no outro carro. Desci assustada e vi que tinha amassado a porta do motorista. O mesmo deu a volta, e estacionou do outro lado.
Saiu um casal: a mulher estava grávida de uns oito meses. Imediatamente eu pedi desculpas, perguntei à mulher se ela estava bem; e lhe disse que durante os treze anos em que dirijo, aquela tinha sido a minha primeira batida.
Perguntei se eles queriam registrar um boletim de ocorrência. Ela me disse que não havia necessidade, que queria apenas que eu pagasse pelo conserto. O marido ficou só observando, mas não disse nada.
Prontamente, respondi que com certeza, eu pagaria, sim. Pois estava errada!  
Pedi seus dados e disse a eles pra procurarem o lugar que quisessem pra arrumar o carro, que eu pagaria.
Então trocamos nossos nomes e números dos celulares, e combinamos de nos falar assim que eu contatasse meu seguro.
Fui pra casa ainda meio assustada...
Quando cheguei contei ao meu marido o que havia acontecido. Tranquilizei-o de que não havia acontecido nada de mais grave. E com o nosso carro não tinha acontecido nada.
Ele me perguntou em que carro eu havia batido. Foi aí que me dei conta que não eu sabia de que carro se tratava (eu sou muito desligada em relação a carros...).
Sugeriu-me que eu ligasse para nossa corretora de seguro, e pedisse orientações. Liguei em seu  celular e ela me explicou como deveria proceder: nesse caso, eu teria que fazer uma vistoria no meu carro e contatar o casal pra passar-lhe o endereço da vistoria. Ela me prometeu resolver tudo o mais rapidamente possível, quando lhe contei que mulher estava no final da gravidez e precisaria do carro. 
Na mesma hora tentei falar com  o casal, mas o celular  só dava na caixa postal, com a seguinte mensagem: "O Senhor é meu Pastor, e nada me faltará".
Na hora em que ouvi a mensagem, fiquei feliz (se é que se pode ficar feliz numa situação dessas...). Percebi que os dois eram irmãos em Cristo, e isso me tranquilizou um pouco...
E durante todo o final de semana tentei contatá-los, mas só dava na caixa postal.
Comecei à imaginar mil coisas: preocupei-me pelo fato dela estar grávida, e temi que poderia ter acontecido alguma coisa mais grave, pelo susto que ela passou.
Meu marido me disse pra não colocar caraminholas na cabeça. E que na segunda-feira, com certeza eles me ligariam. Tentei ligar na manhã de segunda e nada!
Somente por volta da hora do almoço, quando já estava chegando ao serviço, ela me ligou.
Então, mais tranquila, expliquei o que eles teriam que fazer e dei o celular da corretora pra que conversassem com ela à partir de então. E mais uma vez, pedi perdão pelo ocorrido!
Algumas semanas se passaram, e eu tinha  até me esquecido do ocorrido.  Foi aí que meu celular tocou,  e era a Valdirene.
Ela me disse, que nesses casos, a maioria liga para brigar. Mas que pelo contrário, ela  estava me ligando pra agradecer, porque segundo ela, eu fui muito correta e atenciosa. E que o seu carro já tinha sido consertado no local que eles haviam escolhido.
Argumentei que ela não precisava agradecer, pois eu não fiz mais do que minha obrigação! Mesmo assim, ela insistiu que eu havia sido muito correta, e que isso é raro hoje em dia!
Fiquei feliz, em saber que tinha dado tudo certo. Desejei-lhe tudo de bom e que Deus abençoasse, a eles e o seu bebê!
Assim terminou uma história que tinha tudo para ser desagradável. Mas que ao contrário, terminou muito bem pra mim e pra eles.
Então parei pra pensar e refletir: naquele dia, eles poderiam ter descido do carro e me xingado, pois eu me distraí, fiz barbeiragem e e bati em seu carro. Estava totalmente errada!
Por outro lado, eu também poderia ter  sido displicente ao tratar do assunto...
Mas tanto eu, como eles, fizemos o que é correto, o que nos ensina a Palavra de Deus!
Excetuando-se as circunstâncias, fiquei feliz em conhecer a Valdirene e seu marido. Eles deram um bom testemunho!
E tudo isso me fez lembrar um pensamento que gosto muito: "Tome cuidado com a sua vida, talvez ela seja o único evangelho que as pessoas leiam...".
É bem por aí mesmo...

terça-feira, 22 de julho de 2014

Ser vovó...♥

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Perdoem-me os que me consideram piegas ou melosa, mas quando se trata de sentimentos, se trata da minha "cria", eu assumo: sou piegas e melosa, sim! J  
Hoje vou falar do amor que sinto pela minha netinha: Isabela, a nossa “Belinha”...
Dizem que ser avó é ser “mãe com açúcar”!
Sinto-me meio confusa às vezes, pois tenho um filho pequeno, o Pedro. E ao mesmo tempo sou avó da Belinha. Então, muitas vezes me sinto como “avó” do meu filho, e  em outras, como “mãe” da minha neta! J  
Tais sentimentos contraditórios devem-se ao fato de eu ter sido mãe novamente na maturidade. O Pedro chegou quando eu tinha quarenta e seis anos. Então, muitas vezes sou “mãe com açúcar” dele.  E tenho que me policiar pra não ser “mole” demais com ele! J  
Por outro lado, agora  sou vovó e amo minha netinha de “paixão”! Muitas vezes sinto como se o meu amor fosse "elevado ao quadrado"... J  
No dia em que ela nasceu - eu que já experimentei toda espécie de sentimentos – tive o privilégio de experimentar mais um... este amor grandioso, que é uma espécie de extensão do amor que sinto pela minha filha!
Conheço mulheres que têm certos complexos com a idade, e quando se tornam avós, muitas nem querem ser chamadas como tais! Comigo acontece o contrário. Tenho o maior orgulho de ser avó, de ser chamada de “vovó”!!
Quando olho pra minha netinha, crescendo tão linda, saudável e feliz, me sinto um pouco realizada como “mãe” também!
Acho que experimentar amor (das mais diversas maneiras), nunca é demais! O Amor engrandece, renova, restaura as nossas forças!
Muitos brincam que estou ficando velha... J  
Mas que benção e que privilégio: envelhecer e experimentar este novo amor, esta nova emoção... tão grandes, tão doces e tão sublimes!
Ser avó faz-me sentir ainda, cada dia mais viva e renovada!
Ser avó é a extensão da maternidade... É benção duplicada do Senhor!
Que Deus abençoe sempre a minha Netinha!! 
Amo você, Belinha! 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Palavras às vezes machucam...

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Hoje vou falar sobre "palavras que ferem". É  a segunda vez que escrevo sobre um tema  sugerido pela minha irmã.  Já faz algum tempo que ela me deu a sugestão, mas somente hoje consegui escrever.
Em Mateus 15:18, a Palavra de Deus nos diz: "O mal é o que sai da boca do homem." Este é um dos melhores exemplos do poder que tem uma simples palavra "mal"  dita ou mal interpretada!
Fala-se muito em violência, a física. Mas poucos falam da violência verbal!
O marido abusivo, que ofende a esposa dia após dia, ou vice e versa.
Aquele pai ou mãe, que muitas vezes “sabotam” o futuro dos filhos, com palavras que os desencorajam ou os deixam inseguros. Ou, que para mostrar sua autoridade, os diminuem...
Existem crianças com grande potencial, mas que são desencorajadas pelos pais ou professores. Estes, que sem medir suas palavras, os fazem acreditar que não são capazes; que não são merecedores de um futuro melhor.
Há também o “Bullying”, um termo muito usado hoje em dia para descrever o assédio feito pelo colega (da escola ou do trabalho).
Aquele colega: que na maioria das vezes é invejoso, e que para se sobressair, diminui o outro. Ou, o que fere com palavras que ofendem ou fazem o outro se sentir humilhado e envergonhado!
Há aqueles que fazem tudo isso   intencionalmente.  Outros, pela falta de noção ou entendimento, proferem palavras que tocam fundo na alma de quem as ouve. E que provocam tristeza, revolta ou angustia.
Eu mesma, quando estava sofrendo com a doença de minha sobrinha, ouvi inúmeras vezes, frases tais como: "você não pode sofrer assim!”, "você tem que se conformar", ou,  "ela tem que passar por isso e você têm que entender...".
Como doía quando eu as ouvia! Naquele momento, eu queria mais era viver a minha dor! Queria apenas ouvir palavras de conforto, e não de reprovação! O que eu queria era um ombro para chorar... Ou, simplesmente, alguém que entendesse o que eu estava sentindo!
Quando perdemos nossos entes queridos, às vezes ouvimos coisas absurdas! De pessoas que não tem a capacidade ou a sensibilidade de se colocar por um momento, no lugar do outro. Creio que somente quando nos colocamos no lugar de alguém, é que adquirimos a capacidade de conhecer  e entender uma “pequenina” parte do seu sofrimento!
Mas,  quando se trata de "palavras",  há também o outro lado: o das palavras não ditas, das omitidas, das "economizadas"!
Frases simples, mas que aquecem o coração, como  - "eu te amo", "como você é importante pra mim!", "como você é inteligente!", "você pode, você é capaz!", "Deus te abençoe!”, “que saudades de você!" - muitas vezes não são ditas...
E essas palavras não ditas (essas omissões, esses silêncios), ferem muito também! Muitas vezes "minam" as forças e a confiança de quem não as ouve!
Palavras têm poder: de abençoar ou amaldiçoar!
E cabe a nós pedir a Deus discernimento -  para usá-las (ou não) -  com sabedoria!
Para acolher, para confortar, para edificar!

"Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura." Provérbios 12:18

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Quem é o(a) cronista?

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No dia do lançamento de meu livro, um dos meus irmãos citou Graciliano Ramos ao definir minha escrita: 

“Quem escreve deve ter todo o cuidado para a coisa não sair molhada.  
Quero dizer que da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal. Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. 
Sabe como elas fazem? Elas começam com uma primeira lavada. Molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer.
Depois colocam o anil, ensaboam, e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão.
Depois batem o pano na laje ou na pedra limpa e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.
A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer."

Até então, eu não tinha me dado conta que sou uma cronista! J Na verdade, quando me denominam “escritora”, ainda soa estranho pra mim!
Às vezes, sinto-me um tanto limitada, pois sei apenas escrever crônicas, e ocasionalmente, algumas reflexões...
Não tenho o dom como alguns escritores mais ecléticos, de escrever outros gêneros literários: como poemas, contos e romances. 
Sou apenas cronista! É isso que sou em minha essência! Sei escrever sobre aquilo que vivencio, sinto ou observo.
Quando começo - escrevo, leio, releio, mudo uma palavra aqui, outra ali, e assim vou amarrando as minhas ideias, até que chega o momento em que olho para o que escrevi, e ali está o que quero dizer!
Não sei falar muito bem do que os outros sentem - um dia, um tio me sugeriu escrever sobre os sentimentos do meu marido em relação ao nosso filho. Consegui escrever assim poucas vezes... É difícil pra mim, externar em palavras o que as outras pessoas sentem.
Talvez seja uma espécie de egocentrismo: pois só consigo passar para o papel com propriedade, aquilo que verdadeiramente sinto, percebo e experimento!
Quando estou inspirada, sento ao computador e as palavras vão fluindo de uma só vez! É um processo natural: não preciso pensar muito, elas fluem livremente!
E aí, como as lavadeiras, eu "começo uma primeira lavada, torço e retorço", até que no final, as palavras exprimam exatamente o que estou sentindo, aquilo que quero passar para as pessoas! 
Minhas crônicas são escritas com os mais variados sentimentos: de alegria, de tristeza... Em sua essência, vem diretamente do meu coração!
E também, muitos fatos que outrora me trouxeram problemas, deixaram-me nervosa ou ansiosa, depois de um tempo transformam-se em histórias cômicas -  em que ao lembrar, dou boas risadas! 
Ou, então me levam a reflexões.
Escrever é uma espécie de terapia... Comecei há quatro anos, e de lá pra cá, não consegui mais parar!
Viver, sentir, sorrir, chorar, observar, experimentar...   Tudo isso é motivo de inspiração pra mim!
É um aprendizado, são momentos reflexivos, que eu eternizo com minhas palavras...

"O cronista é um homem comum, que tem o dom de ver o cotidiano com os olhos da emoção."

terça-feira, 24 de junho de 2014

Os invernos de nossas vidas...

Este texto eu postei em setembro de 2012. É uma reflexão sobre como me sinto a cada inverno...
Como ele já chegou, estou fazendo uma re-postagem.
Que este inverno seja diferente, mais "quente" e iluminado!

“Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” Isaías 40:31.

"Hoje acordei pensando nas estações do ano.
E como me sinto a cada inverno...
É engraçado, mas invariavelmente a cada final de inverno, eu sinto como se minhas forças estivessem quase se extinguindo.
Creio que sou movida à energia solar! E todo inverno, eu acabo perdendo um pouco de minhas forças...
É a estação do ano em que a luz solar diminui, os dias às vezes são cinzentos e a temperatura esfria.
Pois a minha alma no inverno, sente a falta de calor, assim como meu corpo...
Chego ao final de cada inverno, cansada, com a imunidade baixa e meio tristonha.
Tento me animar, reagir, mas todo ano é assim...
O inverno, creio que inconscientemente, me remete aos momentos difíceis e tristes por que passei nessa vida!
O curioso, é que na maioria das vezes, estes momentos ocorreram na estação mais quente do ano, o verão.
Só que pra mim, era como se todos aqueles dias fossem cinzentos e frios...
Mas, o bom dessa vida é que tudo está sempre se renovando!
E depois de cada inverno, a primavera chega com suas flores, sua luz e seu calor...
E aí o desânimo, o cansaço e a tristeza vão indo embora. Vou sentindo aos poucos, minhas forças sendo renovadas!
O sol vai brilhando um pouco mais a cada dia, assim como minha alma...
E penso que talvez, se não existissem os “invernos” em nossas vidas, as nossas “primaveras” e “verões” não seriam tão encantadores, tão estimulantes e tão abençoados...
Obrigada Senhor, por cada estação do ano, e por cada “estação” de minha vida!"

quinta-feira, 19 de junho de 2014

"Brincadeira de Criança...Como é bom!" ☺

Nestes últimos dias comecei a escrever sobre três assuntos totalmente diferentes um do outro, mas não consegui concatenar minhas ideias, e não terminei nenhum. 
As ideias estão fervilhando em minha mente, mas tem me faltado tempo para sentar e escrever. É a primeira vez que acontece isso: geralmente sento e elas fluem de uma vez só! 
Então, hoje resolvi falar sobre uma coisa que me inspira todos os dias: ver a alegria e  a espontaneidade do meu filho mais novo! Como é bom vê-lo sempre tão feliz, arteiro e  sorridente, correndo pra lá e pra cá...
Ele me diz coisas engraçadas: está naquela idade em que sai sempre com alguma "tirada" engraçada!
Nos sábados, domingos e feriados sempre madruga (não sei como ele tem essa noção dos dias), mas invariavelmente nesses dias ele acorda bem cedo. Creio que para aproveitar melhor o dia com a gente! 
Noutro dia, eu e meu marido estávamos dormindo, e de repente acordei com meu chinelo no pé. Ele já havia nos calçado e começou a chamar: "coida mamãe", "coida papai"! "Tomá" café!! E lá fomos nós -  em plena 6h30 da manhã - levantarmos pra tomar café com ele! 
E não pensem que depois ele fica logo com sono, porque o "bichinho" só pensa em brincar! E corre para o quintal atrás da Serena e do Snoopy. E pula na cama elástica! E volta pra dentro, esparrama aquele monte de brinquedos pela casa. Mexe no computador, no notebook, no micro-ondas... Nos meus imãs da geladeira, e no que vier pela frente!
A nossa sala ultimamente está mais parecendo um playground! Tem mesa e cadeira da galinha pintadinha, tem cesto com brinquedos, tem bicicleta no caminho, e por aí vai!
Mas não reclamo não: essa fase é muito divertida, e a gente tem  mais é que curtir e aproveitar! Casa que tem criança é assim mesmo -  e na verdade, se estiver tudo muito arrumado, algo deve estar muito errado! 
Ele é tão sapeca, que quando vai tomar banho, geralmente sai correndo gritando de alegria no meio da troca de roupa...  Ele só fica quieto mesmo quando está dormindo! 
Ah!  E ele tem também uma barraquinha que ganhou da minha amiga Sofia... 
Numa noite dessas, ele me fez entrar dentro da "bendita" barraquinha! E ficou me supervisionando:  eu não podia colocar o pé pra fora! 
Cobriu-me com o cobertor, colocou umas almofadas...  Depois quis brincar com seu joguinho de blocos de montar. Só que o detalhe,  é que eu mal cabia dentro dela. Não dava nem pra me mexer! Ele então saiu, deitou no sofá e ficou me olhando, dizendo: “ai, tô “tansado”!" Mas nada de me deixar sair! 
A essa altura, meu marido saiu do banho, e então foi a vez dele se espremer lá dentro. E “ai” dele se pusesse os pés pra fora!  No final, terminamos nós dois, rindo muito da nossa situação!! 
Quando se tem criança em casa, a gente volta  a ser um pouco criança também! E mesmo com a canseira que todas essas brincadeiras trazem, vale cada minuto, cada segundo... Às vezes, é claro, eu perco um pouco a paciência... Dou umas broncas, pois ninguém é de ferro! 
Mas suas "artes", suas falas engraçadas, seus gestos carinhosos aquecem minha vida e meu coração... Agradeço a Deus por cada uma delas! ♥ 

Brincadeira de criança dá uma baita canseira!! Mas...como é bom! 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Cartinhas de amor... em memória de Júlia...♥♥

Ontem demorei a pegar no sono. Muitas recordações teimavam em povoar minha mente... 
Hoje, o meu peito está "apertado". E um misto de tristeza e saudade invade minha mente e meu coração...
Outro dia assisti na TV, uma matéria sobre como mensagens de encorajamento ou de amor e esperança, podem  ajudar crianças que estão sofrendo com doenças graves. Isso me fez recordar da época em que minha amada sobrinha Juju adoeceu. 
Por coincidência, eu havia assistido a um filme chamado "Em busca de um milagre", em que um menino adoece com um tumor cerebral. Ele é desenganado pelos médicos, mas a mãe não aceita o diagnóstico. E move uma campanha nacional para que o menino receba mensagens de ânimo e esperança, acreditando que assim ele se fortaleceria. No final, por um milagre, ele fica curado.
Então, na época em que descobrimos a doença da Juju, automaticamente me lembrei desse filme. E acreditei com todas as minhas forças que ela ficaria curada!
A partir de então, durante cinco meses, eu escrevi inúmeras cartinhas a ela quase todos os dias.  
Eu trabalhava na rua de trás do correio, e a atendente acabou fazendo amizade comigo.  E me perguntava sempre sobre o estado de saúde dela. Até as filhas das minhas  colegas de trabalho resolveram escrever mensagens de ânimo pra ela.
Na época, eu comprava os adesivos de que ela tanto gostava: Jolie, Princesas, e etc. Comprei também canetinhas coloridas e  folhas enfeitadas. 
Escrevia mensagens de Amor, carinho,  de fé, e que falavam também, de quanto Jesus a amava.
Não tenho ideia de quantas cartinhas enviei nesse período. Perdi as contas! Só sei que foram muitas...
Em cada cartinha, eu tentava passar a ela - que sofria tanto, e que estava tão debilitada - o ânimo, a fé e a esperança de que no final, tudo daria certo, tudo ficaria bem... Eu realmente acreditei nisso!
Mas, não foi da vontade de Deus que ela permanecesse aqui conosco...
Muitas vezes é difícil aceitar e entender a vontade de Deus. É verdadeiramente, um processo doloroso! 
Mas em tudo, eu creio que Ele tem seus propósitos. E quando coisas ruins acontecem, eu creio também, que Ele nos capacita para suportá-las.
Pois bem, no dia 29/05/2010 minha amada Juju partiu...
Apesar de todas as nossas orações, de todas as nossas esperanças, e de todas as minhas cartinhas... E na época, eu me perguntei: por que fui assistir justamente àquele filme?
Talvez, por uma ironia do destino, eu tenha assistido a aquele filme alguns dias antes de descobrirmos a sua doença. Mas prefiro acreditar que foi para que eu tornasse os seus dias um pouco mais felizes, em meio a todo aquele sofrimento.
Creio que ela deveria esperar com alguma expectativa as minhas cartinhas... E espero que possam ter lhe trazido um pouco de alento, pois coloquei nelas todo o meu Amor! E, de certa maneira, acabei me confortando também, ao passar a ela todo o meu afeto através daquelas folhas de papel...
E hoje -  o dia de sua partida - após quatro anos, eu gostaria que a alegria se sobrepusesse à tristeza, pois eu quero me alegrar por ter tido o privilégio de ser sua Tia!
Alegrar-me, por ter sido capaz de lhe proporcionar alguns momentos realmente felizes, em seus sete anos de vida! Eu a amei e me senti amada por ela... E um dia, nos reencontraremos - essa é a certeza que nos dá a Palavra de Deus!
Então, que hoje nos lembremos da menina linda, inteligente, meiga e delicada que ela foi... E que jamais será esquecida!  
A sua existência foi breve, sim. Mas marcou profundamente cada um de nós!
E a sua lembrança e tudo que vivemos, todos os momentos felizes, estão  gravados pra sempre, em meu coração...
Com todo Amor... Tia Dê.
"Saudade é o Amor que fica...". 

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quinta-feira, 22 de maio de 2014

"Pagando micos"...

Imagem extraída do Google
Anteontem, quando cheguei do trabalho, minha filha  foi esperar-me no ponto de ônibus em que desço para irmos juntas ao mercado. Logo que entrei no carro, dei-lhe um beijo como de costume. 
Ao chegarmos ao mercado, cada uma foi para um lado fazer suas compras, para depois nos encontrarmos no caixa.
Peguei dois saches de leite Ninho que estavam numa banca de promoção, mas resolvi confirmar o preço naquelas máquinas leitoras de código de barras. Só que fui confirmar numa, perto da banca de verduras e legumes. Quando coloquei o leite debaixo da máquina, a mesma fez uma barulhão. Eu levei o maior susto, e alguns segundos para perceber que se tratava de um secador de mãos... Não reparei que havia uma pia para lavar as mãos ao lado do pilar, e junto dela, o secador de mãos. Um rapaz que estava à minha frente segurou o riso olhando pra mim, e eu sai de fininho... J
Mas as trapalhadas não pararam por aí. Quando fomos passar no caixa, eu reparei que minha filha estava com uma marca de batom na bochecha. Era no formato de uma boca perfeita!
Ela deu risada e ficou brava comigo ao mesmo tempo! Quando cheguei do trabalho, ao entrar no carro e lhe dar um beijo, deixei minha marca registrada... E só então ela entendeu porque as pessoas passavam por ela, e sorriam ou seguravam o riso... Coitadinha! A fiz pagar o maior “mico”! J
Minhas irmãs sempre se assustavam quando viam minhas marcas de batom nos meus sobrinhos, pensando num primeiro momento, tratar-se de algum machucado. Hoje assusto minha filha quando beijo minha netinha... J
E pra encerrar a noite com “chave de ouro”, nós passamos na casa de uma artesã para pegar uma encomenda minha. Ao sair do carro, fui falar com minha filha e distraí-me, e ao fechar a porta (não sei o que aprontei) dei com ela no meu ouvido e pescoço. Fez até um barulho: “crec”! Nossa, que dor! Na hora foi inchando, e quando cheguei em casa me besuntei de Hirudoid. Mas graças a Deus não foi nada, e no outro dia amanheci sem nenhuma marca.
Isso me fez  lembrar da véspera do casamento de minha filha: eu e ela estávamos com os nervos à flor da pele. E naquela correria! Eu, feito uma “barata tonta”, correndo para lá e pra cá. Já era tarde da noite... Pois ao fechar a porta do meu guarda roupa, bati a mesma com toda força no meu nariz! Eu não sei como consigo estas proezas: fechar a porta do carro no ouvido, a porta do guarda-roupa no nariz... J
Então dei um grito de dor, e ela veio ao meu encontro assustada, ainda mais nervosa do que estava. E eu só gritava: “não acredito que fiz isso, não acredito que fiz isso”!
Meu nariz latejava! E eu já podia visualizar a cena: eu, a mãe da noiva no altar, com o nariz inchado e roxo. Que desespero!
Corri, peguei gelo, passei Cataflam, fiz massagem. E orei a Deus, pedindo um “milagre”! J
No dia seguinte, acordei com apenas uma pequenina marca roxa ao lado do nariz, que a maquiagem encobriu muito bem! Naquele dia, Deus atendeu às minhas preces, pois no Domingo (dia seguinte ao casamento), o nariz inchou, a mancha se espalhou e escureceu, e demorou alguns dias para sarar... J
Mas em matéria de “micos” e trapalhadas eu sou catedrática!
Minha irmã Ricardina lembrou-me de um episódio por que passamos na antiga loja Muricy. Ao chegarmos à loja, resolvemos ir ao banheiro. Entramos, e logo de cara achamos esquisito, pois havia uma “pia” enorme de alumínio que pegava toda a parede. Muito estranho o banheiro! Eu entrei na cabine e ela ficou do lado de fora esperando. Quando sai, ela estava até meio encolhida de tão envergonhada que estava! E dois homens olhando-a com cara de espanto, e também totalmente constrangidos!
Foi aí que me dei conta, que havíamos entrado no banheiro masculino. Na verdade, trocamos o andar.  Saímos de “fininho”, com “cara de paisagem”, e até hoje, ainda rimos juntas do ocorrido! J
E lembrando-me de todas estas trapalhadas, lembrei-me de certa vez que fui ao médico. No dia da consulta, saí toda apressada e peguei as folhas dos exames que estavam em cima da estante para que ele visse os resultados. Lá chegando, entreguei os exames ao médico e estava esperando o “veredito”, quando o mesmo me olhou com um misto de espanto e confusão...
Aí me falou que o que eu havia lhe entregado era uma nota fiscal de alguns móveis. Nessa hora, a vontade que tive, foi de abrir um buraco no chão e me enfiar dentro! Não é que na pressa, eu peguei a nota fiscal de alguns móveis que havia comprado e que tinha sido impressa em folha de formulário contínuo (do mesmo tipo dos exames)! Que “mico” gigantesco!! J
Desde de criança sempre fui meio atrapalhada... Meu pai brincava, dizendo que qualquer dia eu iria quebrar o dedo escarafunchando o nariz...J
E assim, os anos passam, e de vez em quando é um “mico” aqui, outro ali...
Mas quem nunca pagou um mico na vida, que atire a primeira pedra! J

terça-feira, 20 de maio de 2014

Mudanças...

Imagem extraída do Google
Ontem, em plena segunda-feira comecei meu dia levando alguns choques e seis picadas de agulha em cada braço... Pode parecer uma seção de tortura, mas foi um exame que fiz!  
Várias pessoas haviam me amedrontado, dizendo que o exame era horrível. Confesso que não é nada agradável, mas como disse a médica que o realizou: ele é suportável  e necessário para detectar ou descartar certas doenças. E graças a Deus deu tudo certo!
Já faz tempo que estou para escrever, mas como sempre, estou numa “luta feroz” contra o tempo! Ah! Como eu queria que ele fosse meu aliado...
Há algum tempo atrás descobri que estou com problemas de coluna e tendinite.  E por conta disso, tenho feito vários exames.
O médico  me alertou quanto a algumas mudanças necessárias para não agravar o problema: não posso pegar peso, não posso mais dormir de bruços, não posso fazer alguns exercícios. Com todas estas restrições, não  tem sido fácil! E tenho refletido muito sobre tudo isso... 
Não posso pegar peso: mas meu filho tem três anos e não entende quando digo que estou “dodói” e não posso carregá-lo no colo... E tem também minha netinha, que é um bebê e que quero pegar no colo pra poder curtir essa fase.
Não posso dormir de bruços: durante quarenta e nove anos de minha vida dormi nesta posição. Até quando estava grávida acordava de barriga pra baixo com aquele barrigão!  
É... De vez em quando a vida nos obriga a sair dos nossos lugares comuns. Temos que mudar certos hábitos que estão bem arraigados, e seguir em frente!
Às vezes, é bem "dolorido" no começo... 
Mas quantas vezes tive que deixar  de olhar pra trás, e seguir em frente de um modo diferente! Deixar de fazer algumas coisas daquele modo costumeiro, e fazer de outra maneira. Nem sempre da maneira mais fácil, mas sim, da maneira correta para aquele momento.
Muitas vezes, deixar de lado algumas coisas que nos prejudicam, mas que fazemos pelo hábito ou pelo conformismo.
A vida é assim! E graças a Deus, por termos essa capacidade imensa de adaptação às mudanças!
Tenho fé e esperança que essa fase vai passar, assim como tantas outras que já vivi, experimentei e superei!
Existe um pensamento de Albert Camus  que traduz bem o que sinto:
"Nas profundezas do inverno, eu finalmente entendi que, dentro de mim, há um verão invencível".
 Que vença sempre o “verão” que existe dentro de mim!!

"Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto." Jeremias 17:7-8