O que realmente importa...

Minha foto
São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

Seguidores

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Nos tempos do Rural...

Imagem extraída do Google
Domingo retrasado foi um dia especial pra mim. Depois de mais de dois anos, encontrei meus colegas/amigos do Rural...
        Lembro-me como se fosse hoje: eu e mais dois colegas, e uma garota que não me recordo o nome, esperando ansiosos na sala do segundo andar, para passarmos por nossa entrevista de admissão.
        Havíamos prestado aquele concurso havia mais de três anos, e por um impasse burocrático, demorou todo aquele tempo para sermos chamados.
        Na época, era o emprego dos nossos sonhos! Cada um tinha a sua história, e aquele emprego nos daria a estabilidade que tanto sonhávamos.
        Passamos pela entrevista e por coincidência, eu e meus dois colegas escolhemos trabalhar num departamento em Campinas. Depois disso, se passaram mais dois meses, até que fomos chamados para a integração. Seria uma semana de cursos e preparativos para que pudéssemos tomar posse.
        O primeiro dia de integração até que foi bem legal. Cheio de atividades com novos colegas das mais variadas cidades. Cheia de coofee-breaks (de que eu tanto gostava)!J
        Só que depois do primeiro dia fomos avisados que iríamos tomar posse no departamento. Não precisaríamos da integração. Chegamos meio assustados, pois fomos pegos de surpresa. Ainda por cima, nossa chefe imediata, era brava que ela só! J
        Eu me lembro de que ela fumava no departamento (contra todas as leis anti-fumo que eu conheço). Ela era workaholic e quase todo santo dia ela pedia churrasquinho com suco de açaí para o almoço - só pra não ter que sair pra almoçar. J
        Depois de uns seis meses ela se aposentou e vieram outros coordenadores em seu lugar.
        Éramos oito auxiliares administrativos, dois coordenadores e um engenheiro agrônomo. Mais os aprendizes e estagiários.
        Analisávamos os financiamentos de Crédito Rural e Finame do BNDES. Tínhamos contato apenas com as agências, e não diretamente com os clientes. Alguns faziam a análise e as cédulas, outros calculavam as dívidas em atraso, as amortizações.
        Lá eu aprendi a calcular alqueires, hectares, arrobas. Aprendi a raça das vacas, dos porcos, cabras e ovelhas. Descobri que existe até porco "light"! J
        Aprendi a calcular as áreas das matrículas de imóveis.    Às vezes, elas eram um mistério intrincado, como as matrículas da cidade de Socorro/SP, que eram complicadíssimas!
        Algumas começavam assim: a parte da parte, de fulano de tal, e mais fulano e sicrano, e por aí vai... Líamos e relíamos até chegar à área que era realmente devida ao tal fulano. Eu me sentia realizada quando descobria a real área! J
Aprendi também o que é uma carta de anuência, uma alienação fiduciária, uma hipoteca de primeiro, segundo ou terceiro, graus.
Aprendi também que existem tomates de várias qualidades. Frutas, que eu nem imaginava existir!
        Depois da análise, vinha o veredito: aprovado ou não (dependendo se a documentação estava em ordem ou não).       
              Aí passávamos para o engenheiro, e ele também teria que aprovar.  Se aprovado, era confeccionada a cédula de crédito. Caso contrário, o dossiê voltava pra sua agência origem, para regularização. E para finalizar, eram passados aos coordenadores antes de sair.
        Eu gostava desse serviço! Era um prazer pra mim, destrinchar aquelas matrículas complicadas, fazer as cédulas...
        Pois bem - ficávamos ali boa parte do dia. Eu fiquei quase sete anos. Alguns outros colegas ficaram dez, ou mais de vinte anos por lá...
        Um belo dia, recebemos a notícia que nosso departamento iria extinguir!
        Cada um teve que tomar a decisão de para onde pedir transferência. Foi uma decisão muito difícil para todos!
        Acabamos nos tornando uma "família"! Tantos anos juntos! Às vezes, quando a mulherada estava na TPM (às vezes todas juntas J) saiam umas briguinhas, como em toda família. Mas acabava ficando tudo bem no final!
Passamos por muita coisa juntos... Todos acompanharam o meu sofrimento quando perdi minha sobrinha. Eu acompanhei o sofrimento de muitos colegas também! Estivemos juntos em oração!
        Cada um foi para um lado, para novas atividades. Aprender novos tipos de serviços. Alguns se aposentaram.
        Mas a amizade que surgiu ali continuou...
        Mesmo estando longe uns dos outros, todos acompanharam minha alegria quando o Pedro chegou! 
        E eu acompanhei as alegrias, realizações, tristezas, decepções e percalços que alguns colegas também passaram.
        Depois de quatro anos, conseguimos reunir a turma por duas vezes. E no domingo retrasado, pela terceira.
Foi um momento de alegria, de matar a saudade de todos aqueles anos juntos!
        Chegamos à conclusão que o tempo passa depressa e precisamos nos reunir mais vezes!
        O tempo pode passar, a distância pode existir, mas a amizade que surgiu ali, naquele departamento, jamais morrerá!
        Os meus amigos do rural estarão pra sempre em meu coração!

"Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância, digam não!"

4 comentários:

  1. Como disse o poeta: "Amigo é o irmão que o coração escolheu!"

    Beijo, querida irmã!

    ResponderExcluir
  2. Com certeza Adelisa, aprendemos muito, no período em que trabalhamos no Rural.
    Como já disse anteriormente, o depto acabou e a empresa também, e apesar da distancia, as amizades continuaram. Bjs...Mari

    ResponderExcluir
  3. bons tempos que passamos lá, as gafes tanto da japona e o salgadinho de isopor, como da Miriam e seu coelho, as trilhas que eu não fiz, o´chefe e seus estagiários, os moranguinhos do Eneias e assim por diante, as trufas da Adelisa e por ai a fora, a pinguinha guardada no armario do Milton, as festas e aniversários, as fofocas , acho que já me esqueci de muita coisa, mas aos poucos posso me lembrar.... sei lá entende... a Japona e os bingos... o churrasco do Mario que eu não fui. bjs. Milton

    ResponderExcluir
  4. Márcio José Fiorante15 de setembro de 2014 às 07:00

    Muito bom Adelisa, muito bem lembradas estas etapas. Afinal era uma família mesmo, onde todos compartilhavam o seu dia-a-dia. Muita troca de experiencias. Realmente um grande aprendizado. Podemos nos gabar de que era um dos melhores setores do banco para se trabalhar, muito diversificado. Ganhamos cultura, coisa que jamais esqueceremos. Mas ficou a amizade e como dizem, quando a amizade êh boa, ela dura para sempre. Um grande abraço...

    ResponderExcluir

Olá! Seu comentário me deixa muito feliz! Responderei assim que possível em seu blog ou e-mail.