Todos os dias ao abrir minhas redes
sociais, me deparo com pessoas destilando ódio e “veneno” em suas páginas!
Isso me remete à algumas expressões engraçadas, que ouvi algumas vezes, e penso nelas para descrever tais pessoas: devem ter o “coração peludo”, a “alma sebosa” para externar tanto ódio! ☺
Vejo mensagens agressivas, criticando
este ou aquele, por sua posição política ou por sua posição com relação à
pandemia.
São tempos bicudos, tempos difíceis!
Mas me pergunto: a troco de quê, tanta agressividade? De alguns anos para cá,
as pessoas estão se tornando cada vez mais intolerantes!
A intolerância começou com a
política. Desde então, houve uma polarização, e uma espécie de fanatismo, de ambos os lados.
E então as pessoas começaram a brigar e se afastar, por causa da política.
Eu mesma pude presenciar - amigos e parentes brigando e cortando relações, por causa
de política. Mas se esquecendo - que o tempo passa, e que aquele político ora idolatrado,
dali a algum tempo, vai estar de conchavo com seu oponente! Mas não adianta
alertar: as pessoas brigam por eles...
Logo depois veio a pandemia. E
surgiram os que são contra e os que são à favor da vacina, do uso de máscaras e
demais cuidados. Aí, surgiu mais uma polarização! E mais pessoas brigando e se
ofendendo, por pensarem de modo diverso!
Conheço pessoas, que externam sua
raiva e ódio, quase todos os dias em suas redes sociais...Por anos a fio! Isso
é triste de se ver!
É claro que diante de certas atitudes
- muitas vezes, dá vontade de falar “poucas
e boas”, para certas pessoas! Nos últimos dias, tenho presenciado cada
absurdo...
No entanto, é preciso ter inteligência
emocional, para lidar com o outro: que pensa de maneira diversa, e que muitas
vezes, vem totalmente contra àquilo que acreditamos. É preciso ter acima de
tudo, respeito!
Todo esse ódio que tem sido
cultivado, não leva à nada! Ou melhor, leva sim: à contendas, à guerras e
destruição. Como essa guerra que se iniciou há alguns dias...
Justo agora, que estávamos
vislumbrando um futuro de esperança, com o fim da pandemia - eis que surge uma
guerra! E com ela - tantas mortes, tanta tristeza...
Como disse Mia Couto:
“A guerra nunca partiu, filho. As guerras são como as estações do ano:
ficam suspensas, a amadurecer no ódio da gente miúda”.
E como tem gente “miúda” nesse mundo! Como o ódio tem sido cultivado,
ultimamente...
Termino, parafraseando o refrão,
daquela música famosa:
É preciso amar as pessoas, como se
não houvesse política, como se não houvesse pandemia...
“É preciso ter elegância para continuar sendo gentil, em situações cruéis”.
Como sempre traduzindo em palavras o que muita gente gostaria de dizer. Realmente estamos vivendo tempos difíceis, cinzentos de muita intolerância, sem aquela magia outrora já vivida.
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