Estou na nona crônica da quarentena,
infelizmente!
Estamos na fase laranja, híbrida com a fase vermelha - desde sexta-feira passada (o comércio pode abrir de dia com algumas restrições; e à noite à partir das 20h00 até às 6h00 da manhã, e aos finais de semana - só podem funcionar os serviços essenciais).
A situação piorou
muito, desde que escrevi a oitava. A segunda onda chegou com
força: principalmente em Manaus! Faltou o primordial: ar, oxigênio
para se poder respirar! Muito triste tudo o que aconteceu...
Enquanto isso, vemos
os descaso de alguns governantes... Aliados a eles, nos deparamos com a falta
de consciência de um grupo de pessoas, os negacionistas: aqueles
que negam a existência do problema, e fingem que nada está acontecendo...
Cada pessoa reage de
uma maneira, frente à situações extremas. Alguns entram em pânico logo no
início. Outros fingem que está tudo bem... Mas a negação - creio eu -
enquadra-se num extremo perigoso...
E voltando à falar
sobre pânico, eu me pergunto: quem não deu uma “surtada” nessa
quarentena? Quem não se abalou frente às situações tão difíceis, que estamos
vivendo?
Penso, que de certa maneira, todo mundo está surtando nessa quarentena... Em maior ou menor, grau...
E se não surtou, das duas, uma: ou está em processo de negação, fingindo que nada está acontecendo... Ou, na verdade, ainda não caiu a ficha, quanto à gravidade do problema!
Em todos estes meses,
vi inúmeras reportagens à respeito do estado psicológico das pessoas.
Descrevendo desde de problemas físicos, como: insônia, queda de cabelo e
problemas de pele, por causa do confinamento... Até mães desesperadas com os
filhos em casa - fazendo campanha pela volta às aulas... ☺
Numa outra reportagem
que li - um ator descreveu os dias, em que de repente batia uma angústia, um
aperto no peito – como se o mesmo fosse explodir...
A descrição dele - é
certamente de um ataque de pânico, em que a sensação de morte é iminente:
sentimos como se fossemos ter um ataque cardíaco, um AVC...
E essa – é uma
sensação horrível! E só quem passou pelo problema, pode mensurar o nível de
sofrimento!
Em todos esses dias e
noites, eu tive os mais variados sentimentos: no início, de medo extremo,
frente ao desconhecido! Pânico em sair de casa: eu e meu filho mais novo
ficamos meses, sem sairmos para nada...
Aos poucos, os
médicos foram esclarecendo como devíamos agir. Como a infecção pelo vírus se
dava... Que ele não estava pairando solto no ar -
esperando para pegar o primeiro incauto, que passasse por ele... Que dar
uma volta ao ar livre, em algum parque - por exemplo - seria até benéfica
para a nossa saúde física e mental. Com os devidos cuidados, é claro!
Devagar, há alguns
meses atrás, os casos de Covid e as mortes foram diminuindo. Voltamos à
fase verde, e pudemos ter alguns dias de certa normalidade: salientando
que o uso de máscaras e o distanciamento, sempre continuaram imprescindíveis!
No entanto, grande
parte da população entendeu de forma errada, esses dias de relativa
liberdade...
Começaram novamente as
aglomerações, e a rebeldia em não querer usar máscaras. Inúmeras festas
clandestinas aconteceram no final do ano (e continuam acontecendo...). Uma
grande parcela da população passou à viver - literalmente, como se não houvesse
amanhã...
E assim, o caos
voltou à se instaurar nesse início de ano. E vimos novamente, cenas muito
tristes: aumento de casos; e muito mais mortes, do que antes...
Entretanto, apesar
dos percalços dos últimos meses, seguimos em frente, com fé e esperança de dias
melhores!
E para finalizar,
deixei para citar no final desta crônica, o fato mais importante: a chegada da
vacina no Brasil!
No domingo retrasado,
dia 17 de janeiro de 2021 - assistimos emocionados à primeira brasileira - uma
enfermeira de São Paulo – ser vacinada contra a covid-19!
Glorifiquei a Jesus
pela sabedoria e conhecimento dos médicos, e pela ciência! Depois de mais de 10
meses, a chama da esperança está vívida em nossos corações!
Que Deus nos abençoe,
e que essa pandemia chegue ao fim! Que possamos nos reencontrar sem medo e sem
reservas... Que voltem os abraços, os beijos, e as demonstrações de afeto...
Que a vacina chegue
para todos!! 🙏❤
“A luz do fim do túnel demorou, mas acendeu. Não é um passe livre que tudo terminou, mas um sopro de esperança para mantermos a luta!” @Lifeondrawn
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