O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Cozinha e afeto...💕


- Vovó! Porque você só faz bolo chique??  Foi essa, a pergunta que a minha netinha me fez, quando inventei de fazer “biquinhos” de chantilly, em cima dos pedaços de bolo de maçã, que eu iria servir pra eles, no café da tarde!

Expliquei-lhe que meus bolos não são chiques: apenas gosto de torná-los bonitos, para eles (todos aqui de casa)!

Hoje me deu vontade de escrever sobre “Cozinha e afeto”. Ou “Comida afetiva”.

Minha irmã Ricardina, me sugeriu o tema, há algum tempo atrás.  Sempre digo, que ela é minha “revisora” – na maioria das vezes, envio meus textos para ela ler e dar sua opinião! Ou, até para encontrar algum erro, que me passou desapercebido. É minha conselheira também: muitas vezes me alerta, quando falo demais... E, além de tudo isso, também me dá sugestões de temas!

E ao pensar em “Cozinha e afeto”, penso que o tema tem muito à ver comigo! Gosto muito de cozinhar e fazer doces, para aqueles que eu amo! Me sinto realizada, ao fazer pães, bolos ou doces, para a minha família: meu filho, minha filha, meu marido, meu netos... E amo compartilhar minhas receitas!

Lembro-me também, da minha outra irmã, a Lur: que sempre gostou de cozinhar, e faz receitas deliciosas!  Quando vamos comer em sua casa, sempre sai um banquete: com suas tortas, carnes dos mais variados tipos, risotos... É sempre aquela fartura!

Cozinha com Afeto ou Comida Afetiva desperta em todos nós, quase que invariavelmente, a sensação de afeto genuíno e amor.

E também, os gatilhos de memória ou sensações, que ficaram esquecidas em nosso passado, e que muitas vezes, nos remetem à nossa infância!

Eu por exemplo, tenho muitos desses “gatilhos”! 

Se eu puxar pela memória, lembro-me nitidamente dos bolinhos de arroz que a minha mãe fazia, quando eu era criança! Eram deliciosos, cheios de orégano, cheiro-verde e queijo; como só ela sabia fazer!

Lembro-me também, das broinhas de fubá que ela fazia, e moldava na xícara, chacoalhando-as!  Das fatias douradas (um doce feito com pão amanhecido), do mingau de maisena ou farinha de milho. Da pizza borrachudinha, feita na forma Fulgor. Da "roupa velha" - que na verdade, era uma gororoba feita com sobras de arroz e feijão, linguiça e farinha de milho - e ficava um delícia! Tinham os ovos quentes, comidos na casca - que hoje, eu não tenho mais coragem de comer... 

Outro dia aqui em casa, lembramos da sopinha de café com leite - e hoje, até meu filho e meu marido, comem no café da manhã!

Lembro-me da estufa do fogão, da casa da minha Vó Elisa: eu chegava, e ia direto ver na estufa, se tinham sobrado sardinhas fritas, do almoço... Eu amava!

Lembro-me dos doces de laranja em calda, que a minha avó Adelaide fazia... Dos quitutes deliciosos, que ela e a Tia Aparecida, faziam...

Lembro-me também, dos aniversários da minha amiga Sofia: e das esfihinhas, do cuscuz e o pudim creminho, que a D. Cidinha fazia...

Todas essas memórias, e muitas outras mais - de comidas simples, sem sofisticação -  remetem-me à minha infância, trazendo uma sensação gostosa: de conforto e aconchego!

E quando eu cozinho, ou faço meus bolos “chiques”, como disse minha netinha - eu não estou colocando apenas ingredientes palpáveis, como a farinha, o açúcar e o leite condensado: coloco também, todo o meu carinho e amor. 

Talvez, eu faça isso, meio que inconscientemente, para que, ao comerem, ou lembrarem dos meus quitutes - lembrem-se também, automaticamente, do amor que sinto por eles...💕 

Como disse, Mia Couto: “[...] Cozinhar não é serviço. Cozinhar é um modo de amar os outros ...”.  

Link do blog de receitas: https://byadelisa.blogspot.com/

9 comentários:

  1. Adelisa♥️Que texto lindo❣️Amei❣️❣️❣️A memória afetiva ♥️que a comida traz é fascinante♥️O am♥️r e o capricho ♥️ na cozinha é tudo❣️❣️❣️ Parabéns����

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  2. Nossa Dê. Que lindo!!! Parece que a gente voltou no tempo. Bjos.

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  3. Que bacana! Lindo tema!
    É fato que a cozinha traz consigo memórias, e que memórias lindas! Adoro!��

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  4. Lindo texto.tb me fez lembrar os carinhos culinários de minha mãezinha.. ..

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  5. Sofia H. C. Fracalossi7 de outubro de 2020 às 09:47

    Não gosto muito de cozinhar, mas com o texto pude refletir que deixarei na memória de quem gosto, sabores do meu têmpero...minha filha que está longe, sempre me fala, que sdds do teu arroz, meu filho que está sempre em casa diz: mãe, vc quem fez...está delicioso...então me sinto feliz...qdo partir(espero daqui a anos), deixarei uma memória afetiva...amo teus textos pq me faz meditar e agradecer a Deus, detalhes da vida!!!

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  6. Tive a mesma sensação ao ler seu texto ����

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  7. É isso mesmo a comida quando feita com amor tem esse poder ou melhor dizendo produz milagres como da confraternização, da reconciliação,da amizade, do carinho,do afeto. Trás a memória momentos inesquecíveis, que ficam guardados lá no fundo da nossa alma. Lindo texto, parabéns amor 😘

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  8. Sem duvida , cozinhar é um ato de amor. Cozinhar com amor é amar duas vezes.

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  9. Viajei ao passado rsr. Lembrei das rosquinhas de pinga e chá de chocolate que minha vizinha fazia. Obrigada amiga! Beijos

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