O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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sexta-feira, 31 de julho de 2020

E de repente... lá se foram dez anos! ❤

No início desse mês, de repente me dei conta, que já faz dez anos que escrevo em meu blog! Parei para pensar sobre o assunto, e eu mesma me espantei: é muito tempo!!
Como a maioria das pessoas que acompanham a minha escrita, sabe - comecei à escrever após viver uma tragédia em família: minha amada sobrinha Júlia, ficou doente e faleceu em maio de 2010 aos sete anos de idade; após lutar durante cinco meses, contra um tumor cerebral. 
Nessa época, a impressão que eu tinha, era a de que estávamos vivendo um pesadelo, e que à qualquer momento iríamos acordar, e tudo voltaria ao normal...
No entanto, ainda que na época, talvez não tenhamos conseguido entender os desígnios de Deus – tivemos que aceitar a Sua vontade, e a Juju partiu...
Partiu, deixando saudades e uma tristeza enorme em todos nós! Ainda assim -  foi Deus quem nos consolou e fortaleceu, à partir de então.
Logo depois, comecei à sentir a necessidade de falar sobre essa experiência trágica e tão marcante, que vivemos! A tristeza e as saudades transbordavam em meu coração, e a escrita foi um meio de eu extravasar meus sentimentos... Porém, eu não entendia nada de Blogues. Minha filha mais velha, foi quem criou a página para mim, um mês depois que ela partiu. Com o tempo, aprendi a usar o programa, e fui aprimorando a minha página.
No início, comecei à escrever despretensiosamente, em memória de minha sobrinha. Só mesmo, para pôr para fora, a dor que me corroía por dentro! E também, para refletir sobre o que aprendemos com tudo aquilo que vivemos, ao presenciarmos tanto sofrimento...
Por esse motivo, nomeei meu blog como “O que realmente importa...”. Foi uma constatação que fiz na época.
Minha vida e meus valores foram ressignificados, através da doença e morte da Juju! Sua existência foi breve. Mas aquela linda menina loirinha, carinhosa e delicada – deixou-me tantas lições...
Ela partiu. No entanto, o Amor que nos unia, jamais deixará de existir! Tem um lugar todo especial, em meu coração! 
E de lá para cá -  quase que involuntariamente – comecei à escrever, e não consegui mais parar!
Nestes dez anos de escrita, ouvi muitas vezes:
“– Você se expõe muito!”,
“–Não deveria falar tão abertamente dos seus sentimentos...”,
“– Cuidado! Têm pessoas maldosas na internet!”,
“– ...talvez você devesse parar de escrever...”.
Meus familiares, algumas vezes, ficaram temorosos:  pois até um perseguidor anônimo - que lia tudo que eu escrevia, e fazia comentários maldosos - eu consegui! De início, eu respondia. Argumentava seus questionamentos maldosos. Na verdade, ele era um de meus leitores mais assíduos. Certa vez, teve a capacidade de comentar quatro textos meus, consecutivamente.
Com o tempo deixei de responder... Em minha opinião, alguém que não tinha a hombridade de se identificar ao expor suas ideias, não merecia resposta. Me perseguiu por anos, até que desistiu... Graças a Deus! 
De vez em quando, esporadicamente, aparece algum “raivoso”...
Quem escreve, tem que estar preparado para lidar com todo tipo de crítica. Graças a Deus, a grande maioria das críticas são positivas!  E consigo passar mensagens de superação, fé e ânimo -  para os meus leitores.
No que se refere ao estilo - a meu ver -, sou um tanto limitada, se comparada a outros escritores: só consigo escrever sobre o que vivencio. Não escrevo contos, romances ou poemas. Não tenho criatividade para criar histórias fictícias. Todas as minhas histórias, são verídicas. Sou cronista!
Apesar de gostar de ler e escrever desde a minha adolescência, eu não tinha a escrita como um hábito. E jamais imaginei, que um dia me tornaria escritora.
Comecei tarde – somente aos quarenta e cinco anos. Todo o processo foi desencadeado pela dor. E a escrita foi se tornando um hábito, uma necessidade!
Uma espécie de “verborragia”! Em alguns dias, a vontade de escrever surge tão premente, que a impressão que tenho -  é de que se não escrever, vou me “afogar”, pelas palavras não ditas!
No ano seguinte à criação do meu blog, meu filho mais novo chegou - ele é meu filho do coração... Então, comecei à escrever sobre maternidade e adoção, também.
Escrevo quando estou triste, quando estou indignada. Escrevo quando estou alegre!  Escrevendo - a minha vida surge em flashes em minha mente! E tudo vai passando como um filme:  tudo o que foi vivido, até então!  Coisas boas e ruins. Muitos erros... Mas muitos acertos, também!
Através de tudo isso, Deus vai me lapidando. Vai aparando minhas “arestas”. Mostrando-me, que mesmo em meio às lutas, as provações e aos “vales”, Ele sempre esteve comigo, sempre me sustentou e sempre me levantou!
Escrevo também, sobre o Amor que sinto pela minha família!  Nesses dez anos - além de um filho - ganhei também dois netinhos! E a alegria genuína, as peraltices e as tiradas engraçadas, que só as crianças têm - alegram a minha vida! E o amor é tão grande - que transborda, extravasa... E às vezes tenho que eternizá-lo, através das palavras! 
Escrevo também, sobre minhas trapalhadas e minhas distrações. Sim, porque sou muito distraída! 
Escrevo sobre as histórias que observo, ao longo da minha “caminhada”.
Histórias interessantes, de pessoas interessantes! Algumas cômicas, outras nem tanto. Mas todas - histórias de vida!
História de gente comum, assim como eu. Que tem falhas e limitações. Porém, que se levanta todo dia, e tenta de novo! Que luta diariamente: às vezes vencendo, às vezes perdendo... Mas sem desistir - sempre lutando!
E então, o saldo - destes dez anos de escrita - foi:  dois livros de crônicas (coletâneas), um livro infantil sobre adoção; e textos, para mais uns dois livros...
Assim vou seguindo, sempre escrevendo... Contando as minhas histórias e as minhas impressões sobre a vida!
Alguns me perguntam: “– Por que você escreve?”
Escrevo, porque escrever já é parte de mim! É por isso que escrevo!
E sem querer ser pretensiosa - sinto que muitas vezes, consigo tocar os corações das pessoas, com as minhas palavras... 
E como me alegro, quando tomo conhecimento, de que com meus textos e minhas vivências - pude, de certa maneira, ajudar alguém à seguir em frente, à superar, e se superar! Essa é minha maior recompensa!!
Obrigada a todos os meus leitores! São vocês - que dão sentido à minha escrita!
Hoje, louvo e glorifico a Deus, por ter me dado forças para seguir em frente! Para, jamais desistir!
Obrigada, Jesus, por uma década - de escrita e inspiração!


3 comentários:

  1. Zezé Tesbita - Via Facebook2 de agosto de 2020 às 12:51

    Uma história triste e ao mesmo tempo um exemplo de vida que nos ensina que todos somos capazes de desenvolver coisas tão maravilhosas das quais não somos capazes de nos imaginar quão talentosas podemos ser...
    Parabéns!!
    Há coisas que não entendemos até acontecer... e nos despertar...��

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  2. Marilene Mattos - via Facebook2 de agosto de 2020 às 16:22

    Me lembro qdo vc chegava no serviço ( lá no rural), sempre tinha uma estória p contar, parecia uma necessidade q vc tinha��, talvez seja isso, o seu sucesso na arte de escrever. Sucesso amiga.
    ����

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  3. Parabéns minha nobre amiga Adelisa! Ler as suas crônicas é fazer uma viagem dentro da alma, pois tudo o que escreve, vem do coração, da sinceridade, da verdade! Tive o privilégio de acompanhar
    o início da sua trajetória, e posso afirmar com certeza o quanto você e guerreira!
    Que nosso amado Deus sempre te abençoe, te ilumine, de sempre inspirações para escrever estes textos tão maravilhosos, pois é impossível ler e não sentir um toque na alma! Parabéns!

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