O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Crônicas da quarentena...IV

Imagem extraída do Google 
             Ontem, me lembrei de um texto que escrevi há quase oito atrás...
Me lembrei desse texto, porque a reflexão que fiz naquela época, tem tudo à ver com o momento atual.
Na época, um acontecimento inesperado me fez olhar com outros olhos, para um colchão velho que eu tinha...
Ele era velho, tinha quase dez anos, e eu não dava muito valor a ele.
Então, de repente, me vi sem ele! Privada do conforto, que eu nem me dava conta, que tinha...
"Viajei" e fiz uma analogia com o modo como todos nós estamos vivendo hoje - privados de uma liberdade,  que nem sabíamos que tínhamos, e há mais de três meses!
Não valorizávamos essa liberdade. Assim, como muitas vezes, não valorizávamos, pequeninos prazeres do nosso cotidiano.
Pequenos tesouros que estavam ali, ao nosso alcance. Porém, imperceptíveis ao nosso olhar -  porque com a correria desenfreada em que todos nós vivíamos -,  desaprendemos à enxergar o essencial!
A certeza que eu tenho hoje - é que enxergaremos a vida com outros olhos, quando tudo isso passar! E tenho fé em Deus, que vai passar!
Que  aprendamos à enxergar - o que realmente tem valor nessa vida! 

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Um colchão velho... 

As minhas reflexões surgem na maioria das vezes de maneira inusitada!
Na semana passada, eu estava deitada em minha cama, em meu colchão velho (ele já tem quase nove anos...). E me senti tão feliz! Então agradeci a Deus, por estar ali deitada naquele colchão...  Na semana anterior, eu havia passado o maior apuro!
Eu e meu marido resolvemos trocar o telhado aqui de casa. Justamente quando o pedreiro descobriu uma parte do telhado, formou-se o maior temporal. Ele então cobriu tudo com plástico e foi embora, pois não seria mais possível trabalhar naquele dia.
Como a chuva começou torrencial, fui verificar se havia alguma goteira, mas estava tudo normal. Continuei com meus afazeres de casa, antes de sair para trabalhar. Escutei o barulho da chuva forte, mas, para mim era apenas o barulho da chuva lá de fora.
Então, resolvi ir ao meu quarto (nem sei por quê...). E me deparei com uma cena assustadora: havia literalmente uma cascata sobre a minha cama!
A chuva forte estava descendo através do buraco do lustre! Corri, peguei um balde e uma bacia. No entanto, nem os dois foram capazes de deter aquela aguaceira toda! Era preciso tirar o colchão do lugar.
Só que o meu é daqueles colchões tipo box, bem pesado! Sozinha, não conseguiria movê-lo.  Liguei para o meu marido e fui correndo buscá-lo no serviço.
Então, tiramos o colchão do lugar. Enxugamos aquela aguaceira toda, que já estava chegando ao quarto do nosso filho e indo pra sala.
Chamei o Sr. Antônio, o pedreiro, de volta pra cobrir novamente o telhado, com o plástico que a tempestade de vento havia tirado. Só depois, pude ir trabalhar, agradecendo a Deus por ainda estar em casa quando tudo aconteceu, pois, caso contrário, não seria só o colchão que estaria molhado, mas a casa toda!
Resumindo: o meu velho colchão ficou em pé secando por dois dias. No primeiro, formou-se uma poça d’água quando ele foi colocado em pé. Achei que era um caso perdido...
Por “dois dias”, minhas noites foram “um calvário”! Na primeira, resolvemos dormir num colchão inflável que temos. Nossa! Que coisa horrível! O colchão mexia cada vez que eu respirava. E quando a gente se mexia? Era o maior barulhão!
Passamos uma noite de cão! Se bem, que a nossa cachorra Serena parece ter noites bem melhores do que aquela...
No outro dia, resolvi dormir no box do meu colchão. Foi outra noite daquelas...
E pra ajudar, eu escutava o barulhão que o meu marido fazia, a cada vez que ele se virava, no “bendito” colchão inflável!
Após dois dias, resolvemos colocar nosso “velho” colchão no lugar. Parecia haver secado completamente, talvez por esse tipo de colchão ser oco por dentro. Não sei se as molas enferrujaram... Qualquer dia desses a gente descobre...
Então coloquei um lençol limpo, fronhas limpinhas e fomos dormir.
Nossa! Que alegria eu senti! Naquele dia, agradeci a Deus por aquele colchão, que apesar de velho, estava me dando tanta alegria!
A vida da gente é assim: às vezes temos tantas coisas que nos fazem felizes, e que estão sempre com a gente!
Só diante da possibilidade da perda, porém, é que passamos novamente a enxergar e a dar o devido valor à elas...
                                                          Texto escrito em 05 de novembro de 2012.  

4 comentários:

  1. Adelisa, minha querida amiga, Deus te abençoe e te inspire cada dia mais a escrever suas lindas crônicas. Tenho certeza que têm ajudado muita gente com suas palavras.

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  2. Sempre damos valor por algo que, primeiro perdemos, depois valorizamos o que realmente importava naquele momentos sem nunca dar nos conta do que realmente era importante só pelo fato de possuirmos tudo que é essencial para o nosso viver. Em Mateus cap. 6 vers. 25-34: "Por isso vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento,e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as vestes?..." E assim a vida nos ensina e dá uma noa oportunidade para refletirmos e repensarmos o que realmente importa.

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  3. Muito legal o texto, e mostra que só damos valor por algo, quando a perdemos.

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