O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Por que você escreve??


"Por que você escreve?"
Essa pergunta me foi feita várias vezes nos últimos dias...
Escrevo, porque escrever já é parte de mim!!
É uma necessidade! 
Comecei há aproximadamente cinco anos e não consegui mais parar!
Só não escrevo mais por falta de tempo...
No sábado, dia 04/07,  lancei meu segundo livro. 
Sem querer comparar na proporção de importância, mas na similaridade de sentimentos: a emoção é de que um "filho" está nascendo...É uma espécie de “parto”!
No dia seguinte, meus ombros estavam mais leves, eu estava me sentindo serena. Não por ser um peso ou um fardo que eu tivesse tirado de meus ombros, mas pela sensação de missão cumprida. Enfim, de algo que sonhei e que com a graça de Deus, consegui realizar!
Ao acordar me deparei com dois recadinhos de amigas minhas, que já haviam começado a ler meu livro. Eu peço suas licenças para transcrevê-los: 

"Oi, espero que tudo tenha dado certo. Cheguei e pra descansar pus os pés pra cima e fui ler seu livro. Abri aleatoriamente e li alguns textos. Está uma delícia de ler, os textos estão espirituosos, mais maduros, o que é  propriedade de quem vive, e não apenas passa pela vida. Já vi que vou gostar de todos. Parabéns, você merece mais esta vitória. Beijos."

“Dê, boa noite! Espero que a tua tarde tenha sido agradabilíssima!!! 
Amei o lançamento do segundo livro. Estava tudo muito lindo, o teu sorriso é sempre encantador, como diz a Camila. 
Quero lhe parabenizar e te contar que já fiz leitura até a metade do livro, você consegue que eu deslize pelos textos e por isto já postei uma nota em teu facebook. 
Amei também o texto da Natália, beijos mil, fiquem na companhia de Deus... amo todos vocês!!!
...
Incrível leitura! Novamente, neste volume dois, me vejo presa nos textos, obtendo conselhos com mensagem de amor! Seguir em frente, superar dificuldades e enxergar que vale a pena VIVER é a informação transmitida em todo o livro "O que realmente importa..." Apreciar a escrita deste livro fortalece a nossa existência!!!
...
Acabei de ler o livro. Como já disse, é uma leitura em que o leitor sente-se preso à ele. 
Fiquei feliz pelas citações das festas em minha casa e lembranças de minha mãe. Amei também lembrar do senhor Otávio (padeiro), do bolacheiro, bucheiro...voltei às imagens da nossa infância!!!”

Essas mensagens, aqueceram meu coração! 
É por isso que escrevo! Sem querer ser pretensiosa, vejo que consigo tocar um pouco os corações das pessoas com minhas palavras...
Isso, faz todo o sentido para quem escreve. Faz tudo valer a pena!
Obrigada a todos!!
Aos que compareceram para me dar um abraço e seu carinho!
Aos que me ajudaram no dia, com tantos detalhes!
E também para os que não puderam ir, mas estiveram comigo em pensamento, oração e torcendo por mim!
Aos que leem meu blog, meus livros! 
Aos que são parte da minha vida e da minha história! E que me ensinam dia a após dia, o que é realmente importante nesta vida!
Eis aí, meu segundo livro: “O que realmente importa...” – Vol.2
E podem ter certeza: foi escrito com o meu .
Adelisa.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Simplicidade...Preciosidade! ♥

Domingo eu estava na igreja com minha família, quando meu filhinho olhou pra mim e me disse: - Mamãe! Quando “chega” em casa, vou “almoça”, “come” um docinho, “faze” cocô J, e depois “deita” e “tirá” um cochilo! Né, mamãe?
E domingo, invariavelmente é assim! Chegamos, almoçamos, e depois deitamos todos juntos pra tirar um cochilo. Às vezes ele deita com a gente em nossa cama.
É engraçado, mas esses momentos são preciosos pra ele, e pra nós também!
Como é gostoso deitar no domingo, sem nenhum compromisso e dormir fazendo cafuné no meu filho! Ele é tão pequeno ainda, mas tão carinhoso!
E nos finais de semana, geralmente ele madruga. Acorda mais cedo do que durante a semana. Algumas vezes, ele acorda e vai quietinho pra sala brincar. Noutras, vai nos chamar pra levar e tomar café. Eu percebo que ele acorda cedo, porque fica ansioso pra aproveitar o dia com a gente.
Como ele valoriza os finais de semana! Os momentos em que ele tem a gente só pra ele. Em que não temos que deixá-lo na escola, pra irmos trabalhar...
Muitas vezes durante a semana, ele pede pra ficar comigo, para não ir à escola. Aí eu explico que tenho que trabalhar, e que quando ele crescer também vai ter que trabalhar.
Então, ele vai conversando comigo, perguntando coisas, e acaba indo feliz pra escola!  A semana passa voando como sempre, e um novo fim de semana começa...
E eu percebo - a cada fim de semana - que pra ele, um passeio ao zoológico, ir à uma festa,  ou simplesmente ficar em casa conosco, tem o mesmo valor!
 Ou, melhor, sinto que ele ama ficar em casa conosco!
Ele valoriza simplesmente a nossa companhia, a nossa atenção, o nosso carinho, independente de onde quer que estejamos com ele!
Tão pequenininho... E já sabe enxergar e valorizar o que é essencial!
O que realmente importa, e o que realmente tem valor nessa vida!

"E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."   
                                                                                         Willian Shakespeare 

domingo, 24 de maio de 2015

Adotar é... mudar destinos... ♥

Imagem extraída do Google
Nessa semana encontrei por acaso no ônibus, uma prima que já há algum tempo não via.
            A última vez que nos vimos, foi no aniversário do seu filhinho mais novo. Como eu,  ela também é mãe do coração. Só que de duas crianças: uma menina e um menino.
            E aí me lembrei da nossa última conversa, que foi justamente no dia do aniversário dele. Durante a festa, ela anunciou com alegria para todos, que a guarda definitiva já tinha saído. 
        Esse é um momento de extrema alegria para quem tem um filho do coração!
            E aí, naquele dia,  ao conversarmos, eu comentei com ela sobre como ele ficou feliz na hora do parabéns! Ela então me contou, que tinha visto a foto do seu aniversário anterior, que tinha sido no abrigo, e que a expressão dele era outra... que dava pra sentir a tristeza dele no olhar. Mas que naquele dia em que estávamos reunidos, ele estava sim, muito feliz! Era outra criança... Dava pra sentir!
Ela é casada com um primo do meu marido. E eles, assim como nós, não conseguiram gerar filhos biológicos; então partiram para a adoção.         
Sempre os admirei! Seus dois filhos chegaram com mais de um ano de idade. Mas foram recebidos com um Amor e um cuidado enormes! Por eles,  e por toda a família! A transformação das crianças foi algo bonito de se ver! Depois de um tempo, estavam com outra aparência: saudáveis, bem tratadas e com um brilho no olhar: de felicidade! Admiro muito a capacidade de amor e entrega que eles têm!
No meu caso, o meu filhinho veio direto do abrigo. Não pude testemunhar uma mudança visível com relação ao seu estado, pois ele foi muito bem tratado  lá.
Mas, sobre ambos os casos, o que posso dizer, é que a adoção foi uma benção e um privilégio para todos nós!
Quem adota com responsabilidade e amor, certamente muda a vida de uma  criança para melhor! Por outro lado, essas crianças,  mudam totalmente as nossas vidas também!
Somos “adotados”  quando olhamos para aqueles olhinhos pela primeira vez... Nesse dia, as dúvidas, transformam-se em certezas, e Deus testifica em nossos corações que ali, naquele momento, encontramo-nos diante de nosso filho!
E como já escrevi certa vez: somos "tomados" de um amor tão profundo... que chega de repente e toma conta da gente!
...
  ... um ser tão pequenino, tão indefeso e delicado; chega de repente, e preenche nossas vidas totalmente!
...
 Uma "pessoinha" tão pequenininha,  toma conta de todos: da casa, da família, dos amigos!
E parece que já é parte de tudo, desde sempre!
E faz você entender que a vida vale a pena!
E por trás de tudo isso: dos nossos caminhos entrelaçados, a plena existência da mão de Deus!
Assim, é pra mim, a emoção de adotar...

A maternidade nasce do Amor, independente de ter sido gerada no ventre ou no coração... Para adotar, é preciso em primeiro lugar, apenas estar disposto a Amar incondicionalmente!

"Adotar é acreditar que a história é mais forte que a hereditariedade, que o Amor é mais forte que o destino".

E nesse dia Nacional da Adoção, eu louvo e glorifico a Deus pela vida do meu filho Pedro Olavo, e pela benção e pelo privilégio de ser Mãe do Coração...

terça-feira, 5 de maio de 2015

Amigas... Sempre! ♥

Eu sempre acreditei que a felicidade, na verdade consiste, nos momentos felizes que temos o privilégio de vivenciar.
Na última sexta-feira vivi um momento de genuína felicidade: reencontrei uma amiga muito querida e suas filhas (e seus familiares) que há mais de vinte anos não via!
Minha amiga Quezia e sua filha Andresa encontraram-me no Facebook. Que alegria eu senti com esse reencontro!
Então, ela me convidou para o aniversário das suas netas, para nos vermos pessoalmente. Seria a oportunidade de ver todo mundo junto ao mesmo tempo!
Quando cheguei ao local da festa e vi a Juliana, sua filha mais nova  (que na minha memória ainda era uma menininha loira, com os cabelos encaracolados) já uma mulher - senti-me emocionada! Ao entrar no salão, vi o Silas, o seu marido. Já ia cumprimentá-lo quando avistei a Quezia de costas, na cozinha. Não resisti, e brinquei lhe dando um cutucão na cintura.
Abraçamo-nos emocionadas! Rimos abraçadas... Que emoção! Parece que o tempo havia voltado,  e que éramos as mesmas jovens amigas de vinte anos atrás! Quanta coisa pra contar! Quanta emoção!
Algum tempo depois, chegou a Andresa. Mais emoção!! Hoje ela é uma mulher, mas o seu jeito meigo de menina em nada mudou...
E o tempo realmente pareceu voltar atrás... Começamos a lembrar do passado e das nossas peripécias com as crianças.
Éramos muito amigas, da época em que morei em Itu. Ficamos amigas, através das nossas crianças: minha filha Natália e as suas filhas Andresa e Juliana estudavam juntas no pré-primário. Nossas meninas se tornaram amigas inseparáveis, e nós também!
Tínhamos vinte e poucos anos. Éramos jovens e meio alopradas! Na verdade, acho que somos até hoje! 
As duas, donas de casa. Nem eu e nem ela dirigíamos, mas me lembro de que andávamos com as crianças por toda a cidade! Pelos parquinhos, centro da cidade, posto de saúde, campings. Numa fazenda perto de nossas casas, onde buscávamos leite de vaca purinho, quase toda tarde.
As meninas brincavam juntas, ora em minha casa, ora na casa dela.
Enquanto as crianças iam pra escola, íamos juntas a um clube de mães. A maioria das alunas eram todas senhorinhas. As únicas jovens do grupo, éramos nós! 
Aprendemos crochê, pintura. Aprendemos a fazer umas florezinhas de crochê - e como lembramos juntas - as minhas saiam pequenininhas, e as dela bem grandes. O engraçado é que fazíamos com  mesmo número de pontos. Mas a D. Cordélia dava umas broncas, pelo tamanho que saiam as suas flores...   Fiz tantas toalhinhas e panos de prato!  Sinto não ter guardado nenhum de lembrança...
Vivenciamos tantos momentos engraçados, juntas!
Certa vez fomos ao centro da cidade com as meninas, e a Natália minha filha, que era distraída e meio desastrada esbarrou numa banca de roupas em promoção. Caiu tudo na calçada! Eu passei a maior vergonha, e a Quezia caiu na gargalhada, enquanto a dona da loja nos xingava!
Numa outra vez, inventamos de levar as meninas na Cidade das Crianças (que é um parque temático). Estávamos no ponto, esperando o ônibus.  Quando o mesmo parou, subi na escada  para pedir uma informação.  O motorista deu partida, e lá fui eu, dentro do ônibus.  Desci no próximo ponto e voltei esbaforida pra reencontrá-las! A Natália, coitadinha, estava lá no ponto chorando apavorada, pensando que eu tinha ido embora, e a Quezia como sempre, só na gargalhada! 
Numa outra vez, inventamos de levar as crianças num camping. Lá fomos nós com as meninas, e o seu sobrinho Rafael. Fomos de circular, descemos em uma estrada de terra, e andamos uns dois quilômetros para chegar ao local. Não era propriamente um “camping”...
Lembro-me que o único atrativo do lugar, era a piscina. Tinha até algumas galinhas soltas no local.  E não é, que lá estávamos nós, “belas e formosas” na piscina, quando vejo uma galinha com uma sacolinha no bico passar correndo por mim?  Tive que correr atrás da "bendita", pois naquela sacolinha estavam as bolachas que eu tinha levado para as crianças comerem... 
Pra encerrar o nosso legítimo programa de índio, na volta, tive que carregar a Natália no colo dormindo por aqueles dois quilômetros de terra... 
...
E assim o tempo foi passando, em meio a todas as nossas peripécias!
Mudei de cidade. Nos visitamos algumas vezes. Inclusive, na última vez em que estive na sua casa, a Natália conseguiu cair em todos os tapetes de crochê que a ela tinha em casa... E dessa vez... Mais gargalhadas!
Em algum momento de nossas vidas, nos perdemos...  Perdemos o contato. Nem sei bem como, e nem o porquê!
Passamos aproximadamente, vinte anos sem nos vermos! Infelizmente, a vida, a correria em que vivemos, faz isso com a gente...
Mas felizmente, no mês passado, a minha querida amiga resolveu nos procurar!
Com o nosso reencontro, vieram também as lembranças. E o engraçado, é que o tempo realmente pareceu não ter passado...
O sentimento de amizade, de afinidade, de cumplicidade, continuou o mesmo, apesar de todos os anos que se foram...
Como disse a Andresa, mais ou menos assim: "Quando a amizade é verdadeira, não importa distância ou o tempo. Quando há o reencontro, a cumplicidade, o carinho são os mesmos. O sorriso é farto...somente amor.". 
      Foi exatamente assim que nos sentimos...
     As meninas cresceram, tornaram-se mães... E nós duas: cinquentonas e vovós!  
No entanto, naquela festa de aniversário -  éramos nós e as nossas meninas - com nossos vinte e poucos anos... Rindo feito bobas, mas agora, com as lembranças do passado!
Quando a amizade é verdadeira, não existe ponto final... Apenas reticências!
E segundo as suas palavras: agora que nos achamos, não vamos nos perder mais!
Que Deus abençoe sempre a nossa amizade, minha querida amiga! 

        "A amizade verdadeira não é ser inseparável. É estar separado, e nada mudar."  ♥

domingo, 12 de abril de 2015

Um pedacinho do paraíso...♥

             

Boqueirão Sul - Ilha Comprida/SP

             Existe um lugar, que quando chego , sinto uma paz enorme, meu coração se alegra e tudo parece melhorar!  É exatamente assim que me sinto quando vou pra Ilha Comprida/Cananéia...
           Ficamos sempre na última praia da ilha, já na divisa com Cananéia. Lá é um lugar simples,  sem grandes confortos e comodidades. Mas sinto um bem enorme quando vou pra lá...
           Minha filha acha um horror - diz que eu e meu marido somos meio doidos, por ficarmos num lugar que não tem farmácia, não tem médico. Onde o celular não pega direito.  E ainda por cima, o lugar geralmente está cheio de mutucas! Minha irmã dá risada quando digo que vamos  pra lá, e sempre me diz: - gosto não se discute! J
Em viagens para outros lugares, já tivemos o privilégio de nos hospedarmos em hotel cinco estrelas, com cama king size, e com direito a muitas mordomias. Mas o engraçado - e que até comentei com meu marido – é que nada se compara com a paz que sentimos quando estamos lá!
          Ficamos em um hotel simplesinho, sem luxo. Com café da manhã simples. Quarto idem, com  móveis antigos, cama de casal pequena, e sem TV.
Por lá, tudo é assim!
Na verdade, lá a natureza ainda é quase intocada. É praticamente uma reserva ambiental. As ruas são de terra ou areia, com mato rasteiro. A praia é comprida... e nos convida sempre a uma caminhada!
Tem riacho de mangue que deságua no mar.
Têm gaivotas - e quando se tem sorte - dá até pra avistar uns golfinhos.
Têm também as mutucas, que são uns mosquitos que picam doído!  Mas nem as “benditas” mutucas  tiram o meu ânimo de ir pra lá! J Engraçado: dessa vez não tinha mutuca! Acho que é a primeira vez que não as encontro,  desde que descobrimos esse lugar!
Não tem farmácia, nem médico, nem mercado. Quando vamos pra lá, já vou prevenida: levo um pouco de tudo, para o caso de uma emergência. Caso precisemos de alguma coisa, temos que ir ao continente, em Cananéia, fazendo a travessia de balsa. 
Cananéia é uma cidadezinha histórica, toda charmosinha!  Tem seus casarios antigos, coloridos. O município está reivindicando o posto de “primeiro povoado do Brasil”, após muitos anos de pesquisa. É tão gostoso passear por lá... J
E, domingo passado, ao retornar de viagem, parei pra pensar sobre como eu Amo esses dois lugares! Como me fazem bem!
Naquele  hotelzinho simples em que nos hospedei, eu sempre  tenho uma noite tranquila. Com o barulho das ondas embalando meu sono...
Naquelas ruas de terra e mato, eu ando descalça, sem nenhuma preocupação sobre o que tenho que calçar ou vestir.
            Quando estamos lá, não sinto falta de TV, nem de internet, ou qualquer outra tecnologia. Basta-me poder deitar ao sol,  em suas praias tranquilas. Ou brincar em suas águas límpidas e cheias de vida!
No caso de uma emergência -  temos  a balsa. E temos também alguns amigos que fizemos ao longo dos anos, e  que têm barcos  pra nos dar uma carona!
Dessa vez, ficamos apenas três dias. Mas  a impressão que tive ao voltar, foi a de ter ficado muito mais, tal o bem estar que senti: quando estava lá, e ao voltar de lá!
Para alguns pode parecer  ideia de “girico” ir pra um lugar assim. Ou, um típico “programa de índio”.  Pra mim ao contrário: lá o “menos”, é mais! É mais... paz, satisfação, tranquilidade... Muito menos estresse, muito menos ansiedade!
E voltar renovada, desestressada  e com a alma leve, é o maior “luxo” que eu poderia querer!
Isso, não tem dinheiro no mundo que pague! Não tem preço! 

Link relacionado: http://adelisa-oquerealmenteimporta.blogspot.com.br/2013/04/uma-pausa.html

sexta-feira, 27 de março de 2015

Uma agência, um aeroporto... Muitos apelidos e muitas histórias!

Imagem extraída do Google
Muita coisa aconteceu desde que escrevi aquela primeira crônica sobre o aeroporto...
Alguns clientes partiram... Dentre eles a  D. Sueli e o Pica-Pau. E partiram muito de repente! Deixando saudades em todos nós. Por um bom tempo, vai ficar aquele vazio quando vier à lembrança o jeito alegre da D. Sueli. Ou, do Pica-pau dizendo que iria virar Batman no fim de semana (ele dizia isso, porque iria sair com sua moto pelas estradas, depois de tomar umas e outras...). Enfim, é a vida!
Hoje o Sr. Rosa esteve aqui na agência.  Como sempre, sem pressa, na maior calma e sem estresse! Admiro o jeito dele! Sempre brincamos,  que pra morrer de repente, ele vai levar pelo menos um mês! J
Novas histórias, novos personagens e novos apelidos surgiram. Tem o “Zóiudo”, que vem sempre à agência pagar as armazenagens e é meio metido a Dom Juan... De tanto que ele cantou a vigilante que trabalhou com a gente, quase apanhou certa vez...
Alguns apelidos, eu esqueci de citar na primeira vez que escrevi. Tem o Pit Bull, o Aranha, Gargamel, Magrão, Martinha, Tetê, Tetezona, Pérola Negra, Cabeludo, Lú Patinadora,  Namoradeira,  Biro-Biro, Smith, Pescoço e toda aquela variedade que citei anteriormente! Apelidos para todos os gostos!
Tem o "Chiquinho do queijo", que atualmente está ganhando mais dinheiro vendendo queijo, do que trabalhando no aeroporto. Seus queijos são uma delícia, e ele vende mais de 200 kg de queijo, em cada pedido!
Tem o Rubão, o “faxineiro feliz”: que anda sempre sorridente pelos corredores e de vez em quando quase atropela os transeuntes! Ele entra no banheiro, dá uns gritos de alegria, e depois sai dando "cavalo de pau" com o carrinho de produtos de limpeza.  Deve ter alguma coisa nos banheiros do prédio, pois o antigo faxineiro agia de maneira similar - do mesmo modo engraçado e aloprado! J
De vez em quando presenciamos uns "barracos" homéricos! J
Certa vez, um senhor chegou e pegou a senha para atendimento prioritário. Os clientes que estavam na fila reclamaram, porque ele não era idoso. Então, ele disse que era deficiente, pois tinha uma perna mecânica.  
- E não é que um dos despachantes quis que ele mostrasse a perna para provar o que estava dizendo? O homem se ofendeu, e com razão! Aí foi aquele bafafá! E o mesmo dizia que o despachante não era médico pra ele ter que mostrar a perna!! Esse foi um episódio tragicômico e nos lembramos dele por um bom tempo!
Noutra vez, um senhor queria entrar na agência e a porta giratória começou a travar. O vigilante pediu que ele deixasse os objetos de metal na caixinha. Ele foi ficando bravo, porque a porta acusava vários metais! Começou a xingar. Ameaçou até tirar a roupa! Deu um "piti"!! J  Por fim, tirou o cinto e entrou na agência. Começou a dizer impropérios para os vigilantes. Os ânimos se exaltaram! Ele fez ameaças, e por fim acabou indo embora. Passados alguns dias, o Sr. Antônio que é o vigilante da hora do almoço, nos disse que viu o sujeito no mercado municipal. E que quando ele o viu, ficou branco e virou "pó"! Acho que por medo, pois na agência ele havia feito várias ameaças e bancou o valente. Creio que foi tudo da boca pra fora, porque no final das contas, acabou fugindo assustado! J  
Têm clientes e  histórias pra todos os gostos!
Tem cliente que vem à agência apenas pra tomar um ar condicionado (fugindo do calor que está lá fora), ou só pra fazer hora... J  
Tem uma garota que vem pagar os ICMS de uma empresa, e sempre aproveita pra tirar um cochilo. Outro dia, ela até passou um esmalte nas unhas enquanto esperava... J
Tem outro cliente, que vem à agência, muitas vezes só pra conversar mesmo. Nem tem nada pra pagar. Algumas vezes desabafa sobre seus problemas pessoais com a gente. Noutras vezes, conta seus “causos”. Ele sempre tem muita história pra contar!
Tem uma cliente -  a Maria Nilza -  que é operadora de empilhadeira, e que vem agência sempre feliz! Quando perguntamos se está tudo bem, ela responde: - Se melhorar vira festa! Que modo gostoso de encarar a vida! J
Tem a D. Aurora, que é uma senhora de cabelos brancos, já com certa idade. Bem frágil, quando se olha num primeiro momento. Mas a mulher  é valente! É caminhoneira já há muitos anos! E só dirige caminhões grandes, tipo carreta. Já viajou o Brasil todo com seus caminhões! É uma pessoa admirável! Fico espantada com a sua coragem!
Ah! E tem o Noedir:  que é nosso vigilante já há muitos anos! Está sempre de bom humor e leva tudo na esportiva. Está sempre sorrindo! Não perde a calma por nada. É o vigilante “sorriso”! J
Bem, esses são alguns personagens que fazem parte do meu cotidiano. Se fosse citar todo mundo, ficaria um tempão aqui escrevendo!
É claro, que no meu dia a dia nem tudo são “flores”!  Meu trabalho é corrido e estressante às vezes!
No entanto, com tantas histórias, tantos personagens, e tantos apelidos -  eu, que sou observadora, me divirto! 
E citando mais uma vez aquele velho ditado: “a gente ganha pouco, mas se diverte!”. J
****Quem quiser conhecer a crônica anterior sobre o aeroporto, é só clicar na ferramente de busca, logo acima à esquerda da tela: Um aeroporto... e muitos apelidos!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Superlativos...

Imagem extraída do Google
Na semana passada minha filha compartilhou essa imagem no meu mural do Facebook, com a seguinte frase: "Adelisa Silva: lembrei de você . Achei tão meiga a mensagem!  E fiquei feliz que ela tenha se lembrado de mim... Essa imagem, realmente, expressa muito bem como sou!
Às vezes, sou feito um "furacão" mesmo! Falo demais, sou agitada. Sempre fui ansiosa, sempre senti demais...
Na classificação das personalidades, o meu lado "sanguíneo" é bem exacerbado! 
Desde menina, já era muito inquieta. O Tio Viriato (já falecido), que era meu tio-avô, me chamava de "formiguinha", pois estava sempre agitada e correndo. Eu tenho uma vaga lembrança, de que quando o sorveteiro  passava, ele corria léguas atrás do mesmo, só pra me agradar! Eu não podia escutar aquele apito, que ficava “doidinha”! 
Durante muito tempo fui taxada de hiperativa: na escola, no trabalho. Sempre tive que lutar com a minha ansiedade, com a minha impaciência. E ainda luto!
O "falar demais" sempre foi uma espécie de "problema". Na escola, era uma boa aluna, mas fui muitas vezes repreendida, pois não conseguia ficar de boca fechada! Isso foi do pré-primário até a faculdade! 
Com o passar dos anos, fui desacelerando um pouco, pois a própria idade vai nos impondo limites. Contudo, o meu dia a dia continua sendo uma correria constante, e vivo numa luta feroz contra o tempo!
Por natureza, minha alma é agitada! Eu tenho sempre que pedir a Deus para me dar serenidade. Para me abençoar com o dom da temperança, da longanimidade...
E ao mesmo tempo, eu agradeço também. Porque em meio a toda essa agitação, eu não perdi a capacidade de parar e enxergar o que é belo, o que me inspira. O que faz minha alma "sorrir" - ainda que muitas vezes, a minha vontade naquele determinado momento, seria de chorar...
Também tenho dentro de mim, uma qualidade que a minha mãe pediu a Deus (através de um acróstico), quando eu nasci: um certo altruísmo.
Gosto de ajudar, quando precisam de mim. Ajudar as pessoas é algo que aquece a minha alma. Que me faz um bem enorme!  
Muito mais do que o bem, que porventura, eu possa ter feito à outra pessoa!
Todos esses sentimentos: tão fortes, tão superlativos e tão conflitantes, fazem de mim quem sou!
E hoje, a minha oração ao Senhor é:
- Que eu nunca perca a capacidade de me encantar e de me emocionar, com o que é belo, com o que é simples e verdadeiro!
- Que eu não perca a  "humanidade",  diante das intempéries da vida.
- Que o meu coração não endureça; e que eu  tenha sempre a capacidade de sentir... Amor, compaixão, solidariedade, alegria e contentamento!
- Que eu saiba discernir - independente de toda a agitação que me cerca – o que é essencial... O que realmente importa nesta vida!!

domingo, 8 de março de 2015

O que é ser mulher??!!

                  Hoje faço uma repostagem de um texto que escrevi  em março de 2013, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
De lá pra cá, minha rotina não mudou muito...
Ou melhor! Acabei arranjando mais algumas coisas pra fazer! 
Segue aqui a minha homenagem à todas nós, mulheres!!
 

"08 de Março - Dia Internacional da Mulher.
Vi essa imagem no facebook e não pude deixar de me identificar...
Ela expressa muito bem o que realmente é ser mulher!
Hoje acordei um pouco mais cedo, pois o Pedrinho chorou por volta das 5h00 da manhã (está meio resfriado). Então perdi o sono e não dormi mais.
Às 6:30, a Nat (minha filha mais velha, já casada), me ligou dizendo que estava passando mal, com virose, e que precisava ir ao pronto-socorro (o meu genro havia viajado a  trabalho, e ela estava sozinha).
Então corri, tomei um banho, me aprontei, aprontei o Pedrinho - é dia da consulta dele ao pediatra.
Passei na casa da Nat para pegá-la, deixei-a no pronto-socorro. 
Fui para a clinica levar o Pedrinho à consulta. Saí, passei na farmácia pra comprar um remédio que o médico receitou. Fui direto pra escolinha dele. Nesse ínterim, minha filha ligou, pois já havia saído da consulta. 
Deixei o Pedrinho na escola, peguei a Natália (que estava mesmo com uma virose). Deixei-a em sua casa, e voltei pra minha casa.
Dei uma zapeada no meu facebook e e-mail. Comecei a escrever este blog (que pretendo terminar à noitinha). Me arrumei pra ir trabalhar. Isso tudo, até às  10h:30 da manhã...
E é mais ou menos assim, todos os dias...
Geralmente, eu incluo durante a semana, duas aulas de pilates na parte da manhã, e meia aula de hidroginástica - duas vezes por semana (meia, porque é no único tempo que me sobra antes de ir trabalhar...). 
E faço isso, na maioria das vezes, não por vontade própria, mas com convicção e certa disciplina, pois depois dos 40 e já na menopausa, a gente tem que se cuidar pra não travar...
Às vezes, lavo e  estendo  as  roupas. Passo algumas à ferro. Faço a papinha do Pedrinho.
E à noite quando chego, certas vezes faço o jantar também. 
O meu marido me ajuda, com a comida e alguns outros afazeres. Mas sem usar de falsa modéstia: infelizmente os homens não têm a capacidade que nós mulheres temos, de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Então, de certa maneira ele me ajuda, mas a divisão das tarefas nunca é  igualitária...
Bem,  voltando ao cronograma:  lá vou eu pra mais um dia de trabalho (profissional...).
...
Aqui estou eu novamente, depois de mais um dia de trabalho. Hoje cheguei com meia hora de atraso, pois o ônibus atrasou.
Estou "só o pó da rabiola", com dizem por aí... 
E que ironia: no dia internacional da mulher!
Comentando com minha amiga Sandra ao telefone, sobre toda a correria e os percalços por que passei, ela apenas me respondeu: mas que dia internacional da mulher? O dia da mulher é todos os dias! E hoje, você realmente viveu um dia de mulher...
...
E sabe que ela tem razão!
Ser mulher é se virar em duas, em três... 
É ter jornada dupla, tripla...Todos os dias!
É ser esposa, mãe, amiga.  Às vezes,  profissional atuante no mercado, estudante.
E depois de  tudo isso, ainda se espera que estejamos sempre em forma, lindas e perfumadas...
Nós somos o "sexo frágil que não foge a luta", como diz aquela música!
Então, parabéns pra  todas nós!  No dia da mulher (que foi ontem, mas só consegui terminar meu texto  hoje, depois de uma noite mal dormida...), e em todos os dias! 
Creio que nós merecemos!!
E que Deus nos abençoe, nos capacite e nos fortaleça, sempre!"