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Aquela música cujo refrão diz assim: "Pare o mundo que eu quero descer!" não me sai da cabeça!
Aquela música cujo refrão diz assim: "Pare o mundo que eu quero descer!" não me sai da cabeça!
Como sempre tenho me sentido refém do tempo!
O tempo - ou melhor - a falta dele, é algo que me assombra, que
me aflige. E que ainda não consegui administrar muito bem.
Ontem passei o maior "carão" com uma amiga, colega de
trabalho.
Ela saiu em licença maternidade, um pouco antes da data prevista
para a o parto.
E eu, com a correria de sempre, e por ter não ter estado muito
bem (tive uma crise de labirintite no mês passado), me confundi com a data.
Achei que a neném fosse nascer no final desse mês.
Aí, ontem, eu perguntei (na maior inocência) para outro
colega meu - será que a neném já havia nascido. Ele riu de mim, e me disse
que dali a pouco ela já iria completar 18 anos, e eu nem estava sabendo...☺
E ele e os outros colegas (todos homens), ficaram sabendo
e nem se deram ao trabalho de me avisar (homem não liga pra essas coisas...).
Já fazia mais de um mês que a bebê havia nascido!
Já fazia mais de um mês que a bebê havia nascido!
Eu e essa minha colega mantemos contato pelo Facebook, mas eu não tinha visto nenhuma
atualização.
E nesse tempo todo, ela deve ter estranhado: por eu não ter
enviado felicitações, comentado sobre a neném, que é linda!
Então, o jeito foi explicar a situação e me desculpar... Que
"carão" eu passei!
E com essa minha correria, o que eu mais passo é vergonha, por
conta de situações desse tipo.
Há alguns meses atrás, parei para conversar com uma vizinha minha.
Eu sempre passava e a cumprimentava, mas nunca dava pra conversar.
Aí, conversa vai, conversa vem, e ela de repente me perguntou se
eu estava sabendo sobre do marido dela.
Como há alguns meses ele havia estado doente e depois melhorou, eu
pensei que ela estivesse falando a esse respeito. E eu disse que sim.
Qual não foi minha surpresa, quando ela me disse que ele havia
falecido há quatro meses!
Mas como? Pra mim, eu o tinha visto naqueles dias...
É... mas na verdade, já tinha se passado mais de quatro meses, e eu nem havia percebido...
Foi uma situação bem constrangedora! Está certo, que o meu
vizinho do lado estava viajando (ele sempre nos põe a par do que está
acontecendo na vizinhança).
Mas fiquei bem chateada com a situação e pedi mil desculpas: por
não ter lhe dado os pêsames, ou não ter lhe levado uma palavra de conforto.
Nessas horas, em situações como essas que acabei de relatar, é
que eu me lembro do refrão daquela música!
Tem hora que essa correria desenfreada, esse vai e vem
interminável, cansam!
Aí, dá vontade de largar tudo, pegar a família e ir morar no
meio do mato - numa casinha no campo, ou numa praia deserta...
Em algum lugar onde a vida passe mais devagar.
Onde os dias possam ser mais bem aproveitados...
Onde os dias possam ser mais bem aproveitados...
Onde as pessoas ainda tenham tempo pra jogar conversa fora.
Pra tomar um chá ou um café juntas, e colocar em dia as novidades...
Pra tomar um chá ou um café juntas, e colocar em dia as novidades...
Um lugar onde se tenha tempo pra chorar com quem está sofrendo.
Pra celebrar com quem se alegra!!
Um lugar onde tenhamos tempo. Só tempo, e nada mais!
"Ensina-nos Senhor a contar os nossos dias de tal maneira,
que alcancemos corações sábios". Sl. 90-12