Imagem extraída do Google
Na semana passada, eu tive a
oportunidade de conversar pessoalmente, com uma moradora de rua.
No momento, ela está em situação de acolhimento, e em fase de recuperação; pois também é dependente química.
Conheci também, outras na mesma
situação. E até uma refugiada de outro país!
Diante dessa realidade, senti como se
meus problemas e minhas preocupações fossem ínfimos!
E me questionei: por que mesmo que eu
reclamo da vida??
A maioria dessas pessoas, acaba por
se tornar invisíveis...
Muitas vezes andamos nas ruas – e na
correria –, passamos por elas, mas nem as notamos!
Noutras vezes, chamam-nos a atenção:
pedindo uma ajuda.
Então, paramos por alguns momentos,
olhamos em nossas bolsas, e tiramos uns trocados para ajudá-las.
E seguimos nossas vidas, sem nem ao
menos nos lembrarmos, que nos detivemos ali, por alguns segundos!
Em alguns finais de semana, nos
programas dominicais - assistimos à histórias de vida como essas.
Sentimos pena, nos solidarizamos.
Mas no dia seguinte, seguimos nossas
vidas... E nos esquecemos...
Só que essas pessoas, continuam
vivendo suas mazelas, enquanto nos encontramos ,no conforto do nossos lares!
[...]
Quando conversei com ela, pude
conhecer um pouco de sua história.
Da sua infância sofrida. Da solidão
que sentia, desde de pequenina.
Da dor, de ”perder” vários filhos
durante a caminhada. O uso de drogas tirou-lhe toda a dignidade!
Ainda assim, ela se encontra ali: na
esperança do recomeço!
Na fé em Deus, de que o dia seguinte,
será melhor!
De que lá na frente, ela sairá limpa,
e recuperará a sua dignidade!
A esperança de reencontrar a mãe,
alguns dos filhos...
De se casar com o companheiro, que
também está lutando contra o vício!
De ir à igreja louvar a Deus!
Coisas que pra nós, são simples, e
que fazem parte de nosso cotidiano! Mas que para ela, seriam grandes
conquistas!
[...]
Fiquei impressionada com sua
inteligência!
Ela quis me conhecer, porque escrevo.
E queria que eu a “ensinasse” a escrever também! Que lhe desse algumas dicas,
de como começar!
E fiquei realmente surpresa, com sua
articulação e desenvoltura, com as palavras!
Um dia - ela me disse -,
já foi muito boa em português!
Ela quer escrever, e contar a sua
história.
Contar os seus tropeços, os seus
erros; e principalmente, os livramentos que Deus lhe deu!
E ela é capaz de enxergar - mesmo que
em meio à uma vida de erros, de vícios, de luta, de perdas, de fugas, de
indignidades -, uma “luzinha” lá no fim do túnel...
Porque naquele coração endurecido
pelo sofrimento, mora também a esperança: de que dias melhores virão!
E de que existe um Deus lá no céu,
que se importa com ela, e com os seus!
[...]
E eu oro e peço a Jesus
- que lhe restaure a dignidade, perdida há tanto tempo!
Que ela consiga se libertar desse
vício maldito, que roubou-lhe tantas coisas!
Que tenha a oportunidade de
recomeçar!
De contar a sua história, e de ainda
resgatar muitas vidas, através dela!
Sim, porque o principal ela está
buscando: que é se reconciliar com Deus, com Jesus!
Porque um dia, lá seu passado, ela
teve a “sementinha” da Palavra plantada em seu coração... E hoje, ela se agarra
à ela!
E é essa “sementinha” que vai crescer
e frutificar novamente, com a graça de Deus!
Porque Jesus é “especialista” em
recomeços.
Em vidas novas: remidas e lavadas,
por seu sangue!
E é por isso, que eu
creio: que nunca... nunca é tarde, pra recomeçar!
“Porque há esperança para a árvore
que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.
Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó,
Ao cheiro das águas brotará, e dará
ramos como uma planta nova”.
Jó
14: 7-9
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