Imagem extraída do Google
“De fato, a piedade com contentamento é
grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos
levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso
satisfeitos.
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos”.
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos”.
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Timóteo 6:6-10
No domingo retrasado, essa foi a
Palavra de Deus, no culto que assisti.
E na semana passada, vi uma
postagem de uma amiga falando sobre desapego, sobre viver com simplicidade. E
também, ao assistir um vídeo na internet (do Papaipop) sobre o valor das coisas
- lembrei-me da Palavra daquele domingo.
Então comecei a refletir sobre as
mudanças que fiz em minha vida nos últimos meses.
Como já escrevi à respeito
anteriormente, foi uma mudança difícil, radical, e muito bem pensada! Refleti por mais de dois anos
sobre o que me incomodava. Sobre o que era de fato, o mais importante em minha
vida.
No final do ano passado estava
totalmente estressada devido às dores constantes na coluna, que eu sentia.
Essas dores roubavam-me a alegria e o ânimo.
Eu trabalhava no emprego que havia
sonhado para minha vida, há muitos anos atrás. Tinha uma série de benefícios, e
até há poucos anos, não admitiria abrir mão dele.
Só que o tempo passou. Meus
problemas de saúde se agravaram. Eu só sentia dores e mais dores. Tentava
reagir, mas acabava andando em círculos, e na verdade, do dinheiro que eu
ganhava, eu desfrutava muito pouco.
Porque esses problemas roubavam-me
muitas vezes, o prazer de fazer outras coisas, nas minhas horas de folga. Sem
contar a correria diária, o tempo escasso com meu filho mais novo – que tem
apenas sete anos, e precisa muito da minha presença!
Meu marido também estava esgotado,
pois sobrava muita coisa pra ele fazer.
Na situação em que me encontrava,
não conseguia fazer praticamente nada, além de trabalhar fora...
Tirei licença para cuidar da minha
saúde. Só que em vez de melhorar, fui piorando devido ao estresse das perícias
por que tive que passar. As dores físicas, foram se tornando dores emocionais.
Entrei numa espécie de
“turbilhão”, e achei que não fosse mais conseguir sair!
Até que depois de muito sofrimento
e reflexão. De muitas orações e conversas com o meu marido - decidi sair do
banco em que trabalhava.
Foi difícil tomar a decisão.
Muitos acharam que tomei a decisão no calor do momento, devido a tudo o que
estava passando.
- Como você vai deixar um emprego
concursado?
- Você está louca?
- E o que você vai fazer, quando
sair?
Foram essas as muitas perguntas
que tive que escutar!
Hoje, depois de seis meses, ainda
me perguntam vez ou outra, se não me arrependi. Se não sinto falta do meu
trabalho.
Até o momento, não senti falta
nenhuma! E não me arrependo da decisão que tomei.
Sinto falta apenas das pessoas,
com as quais eu convivi todos esses anos! Muitas tornaram-se amigas, que vou
levar para a vida inteira!
Não sinto falta do meu trabalho,
apesar de gostar do que fazia. Talvez porque os últimos anos foram realmente
sofridos pra mim!
E foi um longo caminho que tive
que percorrer, para enfim entender, que aquele tão sonhado emprego que eu
acreditara que seria pra vida toda, não era mais pra mim...
O “meu lugar” não era mais lá...
E então, tenho (re) aprendido que
posso viver com menos, e ainda assim ser feliz!
Priorizei a minha saúde e o tempo
com minha família, e deixei pra trás aquele “emprego dos sonhos".
Hoje, minhas prioridades são
outras: se não posso ir toda semana comer fora - como ia antigamente -, compro
um marmitex, pra ter uma folga na cozinha. E ainda assim, sou feliz! ☺
Penso duas vezes, antes de comprar
algo de que não preciso.
Antes, muitas vezes, comprava por
comprar, pelo impulso! Creio que para preencher uma espécie de vazio, porque
não estava feliz...
Hoje vivo com menos, mas com muito
mais qualidade de vida!
Agora, meu filho fica somente meio
período na escola, e tenho muito mais tempo para dar atenção a ele! Tenho
mais tempo para ficar com meu marido, minha filha, meus netos. Enfim, com toda
a minha família!
Cozinho minha própria comida, ao
invés de comprá-la pronta, por falta de tempo para cozinhar. Faço meus
temperos.
Preparo bolos e doces para aqueles
que eu amo. Verdadeiramente, cozinhar é um ato de amor!
Faço meus artesanatos, escrevo
meus textos, tudo sem pressa ou pressão.
Caminho pelas ruas, para
fortalecer minha coluna – sem aquela correria louca, de quem vive diariamente
numa espécie de maratona, sempre correndo. E sempre perdendo para o tempo - que
escoa feito areia, entre os dedos das mãos.
A sensação que tenho, ao sair de
casa e voltar sem pressa – é de liberdade. De alma leve, de quem não carrega
mais um fardo pesado nas costas!
Demorei para começar a desfrutar
dessa sensação de liberdade.
No início, não conseguia nem
dormir direito! Deitava, fechava os olhos, e os pensamentos não paravam. A
cabeça parecia um redemoinho de pensamentos desconexos.
Na verdade, não pensava em nenhum
problema específico. A minha mente estava simplesmente acelerada, agitada.
Hoje, já consigo acalmar um pouco
mais “meu passo”. Tento fazer as coisas com calma, sem estresse.
Eu sei que tomar a decisão que
tomei, é difícil, e talvez inviável, para muitas pessoas.
Ou, para outras pessoas, o lado
profissional seja muito importante. E a pessoa não queira abrir mão do que já
conquistou.
Cada pessoa tem a sua prioridade,
e devemos respeitar a escolha do outro!
Porém, o que está ao alcance de
todos é poder escolher como direcionar o seu tempo livre. Para que se tenha
mais qualidade de vida, e tempo com aqueles que ama. Não se tornando assim,
escravo do que é “material”.
Muitas vezes compensa “perder” um
pouco do que é material, para se ganhar o essencial!
E quanto à pergunta sobre o que
vou fazer no futuro: ainda não sei. No momento não estou fazendo “nada”,
apenas cuidando da minha saúde e da minha família.
O meu futuro pertence a Deus, e
por enquanto, sigo eu: (re) aprendendo dia após dia, o valor do que
realmente importa pra mim...❤
"Você não é o dinheiro que tem, você
não é o seu diploma, o seu currículo, nem o carro da sua garagem. Você é o
sorriso que entrega, a mão que estende, o abraço que dá. Você é o amor que
espalha."
A. D.
Maravilhoso texto Adelisa! Como é gratificante o ser humano tomar essa consciência de que podemos ter uma melhor qualidade de vida, que podemos estar mais próximos daqueles que amamos...que podemos também ser felizes, mesmo abrindo mão de muitas coisas materiais e que em determinados momentos da vida nos eram essenciais. Na correria da vida, nos acostumamos a ter e esquecemos de ser, mas a vida e sábia e em determinado momentos ela nos mostra que podemos sim sermos felizes com o pouco, com o simples e com o belo, sem perdermos a nossa essência. Bjs!!!
ResponderExcluirObrigada, Vani! Pelas lindas palavras e por ter compreendido o que eu realmente quis passar, através da minha escolha.
ExcluirÀs vezes é preciso re-significar a vida!
Um grande beijo, com carinho!
Ah! Esqueci de adicionar a minha identificação, rsrsrs
ResponderExcluirMe identifico com sua história, passei por isso. Sei bem o que é, não ter tempo para o filho. Eu chorava quando chegava em casa, doida pra abraçá - lo, beijá -lo, e ele já estava dormindo. Levei essa vida, até ele ter 6 anos. Engravidei de novo e priorizei ficar com eles. Hoje a Luana está com 17 anos e eu jamais me arrependi. Como foi bom estar com eles em todas as fases. Faria tudo de novo. Que você e sua família sejam muito felizes!!!
ResponderExcluirÉ muito bom saber que não estou sozinha em minha escolha!
ExcluirQue bom que você fez a escolha certa! E que foi feliz com ela...
Amém! Igualmente para você!
À propósito: quem é você? :-)
Beijos, com carinho!
Como é bom ler seus textos e ver a mão do Senhor na sua vida, me indentifiquei com sua história e hoje vivo muito mais feliz. deixar de lado as coisas materiais,e esperando a vontade do Senhor. Hoje cuidado mais de mim, da minha família, vendo que tudo aqui vai ficar.Viver livre. ama fazer as coisas no seu tempo e agradecendo a Deus que eles nos sustenta ����
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