O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Quem é o(a) cronista?

Imagem extraída do Google
No dia do lançamento de meu livro, um dos meus irmãos citou Graciliano Ramos ao definir minha escrita: 

“Quem escreve deve ter todo o cuidado para a coisa não sair molhada.  
Quero dizer que da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal. Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. 
Sabe como elas fazem? Elas começam com uma primeira lavada. Molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer.
Depois colocam o anil, ensaboam, e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão.
Depois batem o pano na laje ou na pedra limpa e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.
A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer."

Até então, eu não tinha me dado conta que sou uma cronista! J Na verdade, quando me denominam “escritora”, ainda soa estranho pra mim!
Às vezes, sinto-me um tanto limitada, pois sei apenas escrever crônicas, e ocasionalmente, algumas reflexões...
Não tenho o dom como alguns escritores mais ecléticos, de escrever outros gêneros literários: como poemas, contos e romances. 
Sou apenas cronista! É isso que sou em minha essência! Sei escrever sobre aquilo que vivencio, sinto ou observo.
Quando começo - escrevo, leio, releio, mudo uma palavra aqui, outra ali, e assim vou amarrando as minhas ideias, até que chega o momento em que olho para o que escrevi, e ali está o que quero dizer!
Não sei falar muito bem do que os outros sentem - um dia, um tio me sugeriu escrever sobre os sentimentos do meu marido em relação ao nosso filho. Consegui escrever assim poucas vezes... É difícil pra mim, externar em palavras o que as outras pessoas sentem.
Talvez seja uma espécie de egocentrismo: pois só consigo passar para o papel com propriedade, aquilo que verdadeiramente sinto, percebo e experimento!
Quando estou inspirada, sento ao computador e as palavras vão fluindo de uma só vez! É um processo natural: não preciso pensar muito, elas fluem livremente!
E aí, como as lavadeiras, eu "começo uma primeira lavada, torço e retorço", até que no final, as palavras exprimam exatamente o que estou sentindo, aquilo que quero passar para as pessoas! 
Minhas crônicas são escritas com os mais variados sentimentos: de alegria, de tristeza... Em sua essência, vem diretamente do meu coração!
E também, muitos fatos que outrora me trouxeram problemas, deixaram-me nervosa ou ansiosa, depois de um tempo transformam-se em histórias cômicas -  em que ao lembrar, dou boas risadas! 
Ou, então me levam a reflexões.
Escrever é uma espécie de terapia... Comecei há quatro anos, e de lá pra cá, não consegui mais parar!
Viver, sentir, sorrir, chorar, observar, experimentar...   Tudo isso é motivo de inspiração pra mim!
É um aprendizado, são momentos reflexivos, que eu eternizo com minhas palavras...

"O cronista é um homem comum, que tem o dom de ver o cotidiano com os olhos da emoção."

4 comentários:

  1. Muito bom minha amiga cronista!
    Também sinto o mesmo!

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  2. O escritor em geral tem seus sentimentos mais fortes, ou pelo menos extravasados..
    Amo suas cronicas....
    Não se sinta sem graça de colocar no papel palavras do coração.

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  3. Adelisa, uma frase de Leon Tolstoi: "Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia", correlacionada a "Canta a tua aldeia e cantarás o mundo".
    Quando afirmas "só consigo passar para o papel com propriedade, aquilo que verdadeiramente sinto, percebo e experimento!", estás sendo universal. Expressas a vivência de um ser humano, e, "uma gota no oceano é todo o oceano em sua imensidade".

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  4. Leoncio de Oliveira Carvalho23 de julho de 2014 às 06:25

    Cara colega Adelisa, no filme "O Sorriso de Mona Lisa" a Julia Roberts em certo momento tece o comentário que: "... arte é tudo aquilo que seu autor o declara ser!". Isso, alem de ser lindo, é de uma profundidade incrível. Voce, assim como tantos humanos, que descreve suas visões do mundo, reais ou não, cria arte. Não basta escrever pois uma cópia não é arte (ainda que assim o pareça). As descrições pessoais que são colocadas para dar, ou retirar cores, de uma cena, essas sim transformam a escrita em arte. O "timing" dando cadência, o sentimento dando emoções, a experiencia dando profundidade, e outras características mais é que fazem de um escritor um artista.
    É esse dom que promove os encontros que são tão divinos.
    É essa coisa que Vinicius fala: "Viver é arte do encontro em um mundo de tantos desencontros!"
    Bom ter encontrado voce. Bom voce nos encontrar. Parabens, artista!

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