Imagem extraída do Google
Eu sempre
digo que a gente se acostuma com tudo nessa vida!
Com
as coisas boas (é claro), e até com as ruins também...
Estou dizendo isso porque
há algum tempo atrás, em conversa com um colega de trabalho, comecei a me
lembrar de uns momentos difíceis que passei quando comecei a trabalhar.
Quando me separei, eu sai prestando tudo quanto é
concurso, pois já estava para completar 35 anos e praticamente nunca havia
trabalhado.
Na minha cabeça, o mercado
não iria me querer!
Então, prestei os mais
variados concursos: prefeitura (áreas da saúde e educação), bancos, SAAE.
Atirei pra todo lado! ☺
O primeiro que me chamou
foi justamente o da Prefeitura, para o cargo de Auxiliar de Consultório
Dentário.
Quando prestei o referido
concurso, na minha cabeça, uma auxiliar seria um tipo de secretária, que atende os telefones,
marca as consultas, e só. Mas na prática, foi bem diferente...
Quando comecei, fui
trabalhar num posto de saúde que atendia crianças. E meu trabalho era o de
auxiliar os dentistas na prática: ficar ao lado, preparando o os materiais que seriam usados nas
obturações, esterilizar tudo a cada consulta, e no final do
dia, lavar o material contaminado.
No primeiro dia eu
quis fugir de lá: meu estômago
revirava quando pensava no sangue...
Esse é um trabalho digno,
como outro qualquer, mas eu creio que pessoa tem que gostar, tem que ter
vocação, para não passar apertado como eu passei!
Depois do meu primeiro dia,
eu saí disposta a prestar qualquer outro concurso pra sair de lá...
E foi também aí que tive
minha primeira crise de labirintite. Ia trabalhar zonza, zonza. Não podia olhar
pra baixo que virava tudo. Só pela misericórdia! Eu acho que foi o nervoso... ☺
Pra ajudar, como diz a lei
de Murphy: nada é tão ruim que não possa piorar... Depois de algum tempo, fui transferida
para o Centro de Especialidades Odontológicas.
Era mais perto de minha
casa, só que para alguém que tem "medo" de sangue, era o "inferno"!
Lá eram feitos todos os
procedimentos odontológicos mais
complexos: tratamentos periodontais, de canal, cirurgias de dente do
siso.
Toda sexta-feira, tinha o
tratamento de pacientes especiais: HIV positivos, com tuberculose, entre outros.
Eu morria de medo! Nessa fase, "apanhei" bastante, mais do que cachorro na horta! ☺
Para
completar esse quadro nada animador, na época existia um sugador da cadeira de
cirurgia, denominado "Nevoni", e junto dele existia um
"bendito" de um vidro...
Para os que têm estômago
fraco, eu já vou avisando que o relato que segue é bem nojento!
Era um vidro enorme que
ficava acoplado ao sugador, e o mesmo servia para acondicionar a saliva e o
sangue que eram sugados durante as cirurgias.
Quando me deparei com
aquilo, quase nem pude acreditar... Era
uma das coisas mais nojentas que tive o desprazer de conhecer!
No final do dia, ele ficava cheiinho... E tínhamos que esvaziá-lo e lavá-lo.
Para amenizar um pouco a
situação, eu tive a ideia de
revezar com a outra auxiliar que também trabalhava lá, para lavar o
"bendito". Mas como era
nojento!
Por ironia do destino,
quando saí desse meu emprego para ir trabalhar no banco (havia prestado outro
concurso público), fiquei sabendo que ele havia sido substituído por um aparelho de bomba a vácuo. Mas enquanto trabalhei lá, tive que me
acostumar como “nojento”☺.
Pois bem, trabalhei dois anos na
Prefeitura, como auxiliar de
consultório. Nesse ínterim, uma
escola também me chamou para trabalhar (de outro concurso que havia
prestado).
Mas já estava tão acostumada e conformada com
o serviço, que acabei ficando por
lá. Principalmente porque o salário era quase o mesmo e devido à proximidade de minha casa.
Quando estava totalmente adaptada ao serviço ( e já tinha "penado" bastante ☺), o banco me chamou. Estou lá desde então...
E ontem, no trabalho, vivi uma situação enquanto
estava atendendo um cliente, que me fez lembrar de tudo novamente!
Um rapaz passou no meu caixa com uma boa quantia de dinheiro.
Eu, como de costume,
arrumei todas as notas (todas viradas para a mesma direção), para começar a
contá-las. Estava uma bagunça!
Ele então achou engraçado,
e me disse que cada um nasce pra fazer um
tipo de coisa. Que cada um tem a
sua vocação.
Que ele não teria paciência
para esse tipo de serviço: tão
meticuloso!
Então eu sorri, e disse a
ele que antes de ser caixa, eu
havia trabalhado em um serviço totalmente diferente (fazia análise de crédito rural - anteriormente,
logo que entrei no banco).
E que antes disso, eu já havia feito cada tipo de serviço, que ele nem iria imaginar! E então, contei uma pequena parte da minha história pra ele.
Por isso, eu digo sempre, que a gente se acostuma com tudo nessa vida!!
Basta a necessidade bater à nossa
porta, que arranjamos forças sem saber de onde!
Ou melhor, eu sei
sim: Deus nos capacita! A
nossa força vem do Alto!!
Quando estamos fracos, Ele
vem e nos faz fortes. E nos capacita a seguir em frente e recomeçar!
Foi assim comigo, e creio
que é assim com muita gente por aí...
Então, como disse aquele colega
meu, a meu respeito: eu fui e sou polivalente, ou melhor: valente!
Mas tudo, pela graça do
Senhor!
"As misericórdias do
Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não
têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a Tua fidelidade!". Lamentações
3:22-23
Olá! Crescemos e possuímos a nossa capacidade de expandir! Parabéns Srta, um abraço
ResponderExcluirVocê é um exemplo de superação! Um abraço Danilo
ResponderExcluirExemplo de superação só porque viu um sanguinho e uma salivinha? Então, tá. KKK
ResponderExcluirDeixando um grande abraço e desejando uma Feliz Páscoa!!
ResponderExcluirOlá Adelisa
ResponderExcluirGostei muito do seu blog. Deus sempre nos capacita, Ele tem cuidado de nós. Um forte abraço.
Parabéns
ResponderExcluir! Com forc3,fé e foco chega.os lá... Bom domingo!
Com certeza Deus nos capacita! E você será muito feliz em seu trabalho! Foi um prazer te conhecer e se precisar de algo me chame!
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