Imagem extraída do Google
Sou
mãe do coração!
Tenho
um filho abençoado que Deus colocou em nossas vidas, há sete anos.
O
meu Amor por ele é imensurável e incondicional!
Tenho
uma filha biológica também, e Amo-a com a mesma intensidade! Não há nenhuma
diferença no Amor que sinto por ambos!
Ao
longo desses anos, tenho ouvido muita coisa sobre o ato de adotar.
Algumas
positivas, e outras nem tanto...
E
nesses comentários desagradáveis, podemos sentir o preconceito das pessoas
sobre o assunto!
Já
ouvi frases tais como:
“Nossa!
Você tem muita coragem! Eu nunca teria coragem de adotar! Porque tem a
genética, e você não poderá saber que tipo de “pais” ele tinha!”.
Ouvi
isso de um cliente no banco, logo que voltei de minha licença maternidade.
Porém, a resposta veio com mesma velocidade com que foi feito o comentário
maldoso:
-
Que herança genética? Por acaso a tal Suzane, que participou do assassinato dos pais era filha
adotiva? - Não!
E
ainda assim ela teve coragem de participar daquele crime horrendo!
- Por acaso a biologia dita o caráter de uma pessoa?
O cliente me olhou sem graça, e nem retrucou...
O cliente me olhou sem graça, e nem retrucou...
...
Ouço
direto: “Ainda bem que ele veio bebezinho! Porque uma criança maior daria mais
trabalho para se adaptar. E não seria a mesma coisa...”.
Esse
tipo de comentário me causa desconforto!
Meu
filho, quando chegou, era sim um bebezinho! Na verdade, eu esperava uma criança
maior, entre um e cinco anos. Mas Deus quis escrever a nossa história, de uma
maneira diferente do que havíamos planejado: e meu filho chegou com apenas dois
meses!
No
entanto, esse tipo de comentário me irrita, porque ao fazê-lo - a pessoa não
percebe, mas expressa com ele, todo o seu preconceito e a sua incapacidade de
amar uma criança maior!
Quando esperava meu filho, eu estava pronta pra Amar, quer ele viesse com um,
quatro ou cinco anos! Ainda que estivesse maltratado, e nem bonito fosse! Na
verdade eu esperava uma criança assim: tanto que preveni o meu marido de que
isso poderia acontecer!
E
então nosso filho chegou: um bebê gorduchinho, lindo e sorridente! Mas eu não o
amei mais por isso!
Amei-o
desde o primeiro momento - simplesmente porque ele, a partir de então, era o
meu filho!
...
Outros
talvez me condenem por eu falar tão abertamente sobre a nossa história. Alguns
dizem que não é bom ficar falando com meu filho sobre esse assunto!
Eu
penso, que devo sim falar desse assunto com ele!
Eu
e meu marido - desde que ele era pequeninho - líamos pra ele, um
livrinho sobre ser filho do coração, que ganhei da minha irmã.
Esse livrinho conta de forma simples e delicada, a história de um bebezinho, que nasceu na barriga de uma mulher que não podia criá-lo. E conta também, que “do outro lado da vida...” havia um casal - “o papai e a mamãe” que queriam muito um filhinho, mas que “...não nascia nenhum neném na barriga da mamãe...”.
Esse livrinho conta de forma simples e delicada, a história de um bebezinho, que nasceu na barriga de uma mulher que não podia criá-lo. E conta também, que “do outro lado da vida...” havia um casal - “o papai e a mamãe” que queriam muito um filhinho, mas que “...não nascia nenhum neném na barriga da mamãe...”.
E,
ele hoje, aos sete anos, encara o assunto de ter nascido em nosso coração com
naturalidade. Não sei se entende ainda o real significado de tudo!
O
que sei é que é feliz e desencanado com o assunto!
...
Infelizmente,
eu tive o desprazer de ouvir certa vez, uma frase mais o menos assim:
-
Coitada de “Fulana”! Porque o(a) filho(a) mais velho(a) não se casou, ela nunca
terá netos de verdade! O detalhe: é que a “Fulana” tem outro(a) filho(a), que lhe
deu netos do coração!
E
aí, eu pergunto:
-
Então esses netos, não são de verdade?? Não consigo entender esse tipo de
sentimento...
...
É
triste ouvir esse tipo de conversa, mas infelizmente, todas são situações
reais! E devem existir muitas outras, pelas quais ainda não passei.
É
triste saber que existem pessoas assim: tão pobres interiormente, que impõem
inúmeras condições - quando poderiam simplesmente... Amar!
É
só disso que um filho precisa!
E
isso é o que realmente importa!