Eu sempre
acreditei que a felicidade, na verdade consiste, nos momentos felizes que temos
o privilégio de vivenciar.
Na última
sexta-feira vivi um momento de genuína felicidade: reencontrei uma amiga muito
querida e suas filhas (e seus familiares) que há mais de vinte anos não via!
Minha amiga
Quezia e sua filha Andresa encontraram-me no Facebook. Que alegria eu senti com
esse reencontro!
Então, ela me
convidou para o aniversário das suas netas, para nos vermos pessoalmente. Seria
a oportunidade de ver todo mundo junto ao mesmo tempo!
Quando cheguei
ao local da festa e vi a Juliana, sua filha mais nova (que na minha
memória ainda era uma menininha loira, com os cabelos encaracolados) já uma
mulher - senti-me emocionada!
Ao entrar no salão, vi o Silas, o seu marido. Já ia
cumprimentá-lo quando avistei a Quezia de costas, na cozinha. Não resisti, e
brinquei lhe dando um cutucão na cintura.
Abraçamo-nos
emocionadas! Rimos abraçadas... Que emoção! Parece que o tempo havia
voltado, e que éramos as mesmas jovens amigas de vinte anos atrás! Quanta coisa
pra contar! Quanta emoção!
Algum tempo
depois, chegou a Andresa. Mais emoção!! Hoje ela é uma mulher, mas o seu jeito
meigo de menina em nada mudou...
E o tempo
realmente pareceu voltar atrás... Começamos a lembrar do passado e das nossas
peripécias com as crianças.
Éramos muito
amigas, da época em que morei em Itu. Ficamos amigas, através das nossas
crianças: minha filha Natália e as suas filhas Andresa e Juliana estudavam
juntas no pré-primário. Nossas meninas se tornaram amigas inseparáveis, e nós
também!
Tínhamos vinte
e poucos anos. Éramos jovens e meio alopradas! Na verdade, acho que somos até
hoje! ☺
As duas, donas
de casa. Nem eu e nem ela dirigíamos, mas me lembro de que andávamos com as
crianças por toda a cidade! Pelos parquinhos, centro da cidade, posto de saúde,
campings. Numa fazenda perto de nossas casas, onde buscávamos leite de vaca
purinho, quase toda tarde.
As meninas
brincavam juntas, ora em minha casa, ora na casa dela.
Enquanto as
crianças iam pra escola, íamos juntas a um clube de mães. A maioria das alunas
eram todas senhorinhas. As únicas jovens do grupo, éramos nós! ☺
Aprendemos
crochê, pintura. Aprendemos a fazer umas florezinhas de crochê - e como
lembramos juntas - as minhas saiam pequenininhas, e as dela bem grandes. O
engraçado é que fazíamos com mesmo número de pontos. Mas a D. Cordélia
dava umas broncas, pelo tamanho que saiam as suas flores... ☺ Fiz tantas toalhinhas e panos de prato! Sinto não ter guardado nenhum de lembrança...
Vivenciamos
tantos momentos engraçados, juntas!
Certa vez fomos
ao centro da cidade com as meninas, e a Natália minha filha, que era distraída
e meio desastrada esbarrou numa banca de roupas em promoção. Caiu tudo na
calçada! Eu passei a maior vergonha, e a Quezia caiu na gargalhada, enquanto a
dona da loja nos xingava!
Numa outra vez,
inventamos de levar as meninas na Cidade das Crianças (que é um parque
temático). Estávamos no ponto, esperando o ônibus. Quando o mesmo parou,
subi na escada para pedir uma informação. O motorista deu partida,
e lá fui eu, dentro do ônibus. Desci no próximo ponto e voltei esbaforida
pra reencontrá-las! A Natália, coitadinha, estava lá no ponto chorando
apavorada, pensando que eu tinha ido embora, e a Quezia como sempre, só na
gargalhada! ☺
Numa outra vez,
inventamos de levar as crianças num camping. Lá fomos nós com as meninas, e o
seu sobrinho Rafael. Fomos de circular, descemos em uma estrada de terra, e
andamos uns dois quilômetros para chegar ao local. Não era propriamente um
“camping”...
Lembro-me que o
único atrativo do lugar, era a piscina. Tinha até algumas galinhas soltas no
local. E não é, que lá estávamos nós, “belas e formosas” na piscina,
quando vejo uma galinha com uma sacolinha no bico passar correndo por mim? Tive que correr atrás da "bendita",
pois naquela sacolinha estavam as bolachas que eu tinha levado para as crianças
comerem... ☺
Pra encerrar o
nosso legítimo programa de índio, na volta, tive que carregar a Natália no colo
dormindo por aqueles dois quilômetros de terra... ☺
...
E assim o tempo
foi passando, em meio a todas as nossas peripécias!
Mudei de
cidade. Nos visitamos algumas vezes. Inclusive, na última vez em que estive na
sua casa, a Natália conseguiu cair em todos os tapetes de crochê que a ela
tinha em casa... E dessa vez... Mais gargalhadas!
Em algum
momento de nossas vidas, nos perdemos... Perdemos o contato. Nem sei bem
como, e nem o porquê!
Passamos
aproximadamente, vinte anos sem nos vermos! Infelizmente, a vida, a correria em
que vivemos, faz isso com a gente...
Mas felizmente,
no mês passado, a minha querida amiga resolveu nos procurar!
Com o nosso
reencontro, vieram também as lembranças. E o engraçado, é que o tempo realmente
pareceu não ter passado...
O sentimento de
amizade, de afinidade, de cumplicidade, continuou o mesmo, apesar de todos
os anos que se foram...
☺
Como disse a
Andresa, mais ou menos assim: "Quando a amizade é verdadeira, não importa distância ou o tempo. Quando há o reencontro, a cumplicidade, o carinho são os mesmos. O sorriso é farto...somente amor.".
Foi exatamente assim que nos sentimos...♥
As meninas cresceram, tornaram-se mães... E nós duas: cinquentonas e vovós! Foi exatamente assim que nos sentimos...♥
No entanto,
naquela festa de aniversário - éramos nós e as nossas meninas - com
nossos vinte e poucos anos... Rindo feito bobas, mas agora, com as lembranças
do passado!
Quando a
amizade é verdadeira, não existe ponto final... Apenas reticências!
E segundo as
suas palavras: agora que nos achamos, não vamos nos perder mais!
Que Deus
abençoe sempre a nossa amizade, minha querida amiga!
Tempos bons, que saudade!
ResponderExcluirAMIGA QUE EMOÇÃO.......TUDO ISSO..TE AMO HOJE E SEMPRE..MINHA AMIGA IRMÃ
ResponderExcluirOi, Adelisa.
ResponderExcluirJá dei uma espiadinha, e amei o que li..., vou voltar varias vezes.