O que realmente importa...

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São Paulo, Brazil
Cheguei ao final do ano de 2009 totalmente estressada e esgotada devido as preocupações do dia-a-dia, com trabalho, estudo, e etc. Na verdade, eu não tinha nenhum problema específico. Apenas, era pessoa ansiosa e preocupada demais com o dia de amanhã. Mas como está na palavra de Deus: "...basta a cada dia o seu mal". Eu precisei passar por um sofrimento muito grande, pra enxergar que na verdade, as minhas preocupações, as minhas ansiedades não mereciam as noites de sono mal dormidas, a depressão que estava querendo tomar conta de mim! Sem querer negligenciar todo resto, eu aprendi que nada nesta vida tem realmente importância, a não ser, a vida daqueles que amamos...estes sim, são o que realmente têm importância em nossa vida... Eu tenho uma filha e um marido maravilhosos, que eu Amo, e que são bençãos que Deus me deu! Eu tenho familiares maravilhosos que eu Amo muito... E tenho amigos maravilhosos que amo muito também...Enfim, tanto pra agradecer ao Senhor! Mas só depois que eu perdi a minha amada sobrinha Júlia, foi que tive a real dimensão da importância de todos eles em minha vida! Todos eles são o que realmente importa pra mim! Todo o restante é secundário...07/2010

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terça-feira, 22 de julho de 2014

Ser vovó...♥

Imagem extraída do Google
Perdoem-me os que me consideram piegas ou melosa, mas quando se trata de sentimentos, se trata da minha "cria", eu assumo: sou piegas e melosa, sim! J  
Hoje vou falar do amor que sinto pela minha netinha: Isabela, a nossa “Belinha”...
Dizem que ser avó é ser “mãe com açúcar”!
Sinto-me meio confusa às vezes, pois tenho um filho pequeno, o Pedro. E ao mesmo tempo sou avó da Belinha. Então, muitas vezes me sinto como “avó” do meu filho, e  em outras, como “mãe” da minha neta! J  
Tais sentimentos contraditórios devem-se ao fato de eu ter sido mãe novamente na maturidade. O Pedro chegou quando eu tinha quarenta e seis anos. Então, muitas vezes sou “mãe com açúcar” dele.  E tenho que me policiar pra não ser “mole” demais com ele! J  
Por outro lado, agora  sou vovó e amo minha netinha de “paixão”! Muitas vezes sinto como se o meu amor fosse "elevado ao quadrado"... J  
No dia em que ela nasceu - eu que já experimentei toda espécie de sentimentos – tive o privilégio de experimentar mais um... este amor grandioso, que é uma espécie de extensão do amor que sinto pela minha filha!
Conheço mulheres que têm certos complexos com a idade, e quando se tornam avós, muitas nem querem ser chamadas como tais! Comigo acontece o contrário. Tenho o maior orgulho de ser avó, de ser chamada de “vovó”!!
Quando olho pra minha netinha, crescendo tão linda, saudável e feliz, me sinto um pouco realizada como “mãe” também!
Acho que experimentar amor (das mais diversas maneiras), nunca é demais! O Amor engrandece, renova, restaura as nossas forças!
Muitos brincam que estou ficando velha... J  
Mas que benção e que privilégio: envelhecer e experimentar este novo amor, esta nova emoção... tão grandes, tão doces e tão sublimes!
Ser avó faz-me sentir ainda, cada dia mais viva e renovada!
Ser avó é a extensão da maternidade... É benção duplicada do Senhor!
Que Deus abençoe sempre a minha Netinha!! 
Amo você, Belinha! 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Palavras às vezes machucam...

Imagem extraída do Google
Hoje vou falar sobre "palavras que ferem". É  a segunda vez que escrevo sobre um tema  sugerido pela minha irmã.  Já faz algum tempo que ela me deu a sugestão, mas somente hoje consegui escrever.
Em Mateus 15:18, a Palavra de Deus nos diz: "O mal é o que sai da boca do homem." Este é um dos melhores exemplos do poder que tem uma simples palavra "mal"  dita ou mal interpretada!
Fala-se muito em violência, a física. Mas poucos falam da violência verbal!
O marido abusivo, que ofende a esposa dia após dia, ou vice e versa.
Aquele pai ou mãe, que muitas vezes “sabotam” o futuro dos filhos, com palavras que os desencorajam ou os deixam inseguros. Ou, que para mostrar sua autoridade, os diminuem...
Existem crianças com grande potencial, mas que são desencorajadas pelos pais ou professores. Estes, que sem medir suas palavras, os fazem acreditar que não são capazes; que não são merecedores de um futuro melhor.
Há também o “Bullying”, um termo muito usado hoje em dia para descrever o assédio feito pelo colega (da escola ou do trabalho).
Aquele colega: que na maioria das vezes é invejoso, e que para se sobressair, diminui o outro. Ou, o que fere com palavras que ofendem ou fazem o outro se sentir humilhado e envergonhado!
Há aqueles que fazem tudo isso   intencionalmente.  Outros, pela falta de noção ou entendimento, proferem palavras que tocam fundo na alma de quem as ouve. E que provocam tristeza, revolta ou angustia.
Eu mesma, quando estava sofrendo com a doença de minha sobrinha, ouvi inúmeras vezes, frases tais como: "você não pode sofrer assim!”, "você tem que se conformar", ou,  "ela tem que passar por isso e você têm que entender...".
Como doía quando eu as ouvia! Naquele momento, eu queria mais era viver a minha dor! Queria apenas ouvir palavras de conforto, e não de reprovação! O que eu queria era um ombro para chorar... Ou, simplesmente, alguém que entendesse o que eu estava sentindo!
Quando perdemos nossos entes queridos, às vezes ouvimos coisas absurdas! De pessoas que não tem a capacidade ou a sensibilidade de se colocar por um momento, no lugar do outro. Creio que somente quando nos colocamos no lugar de alguém, é que adquirimos a capacidade de conhecer  e entender uma “pequenina” parte do seu sofrimento!
Mas,  quando se trata de "palavras",  há também o outro lado: o das palavras não ditas, das omitidas, das "economizadas"!
Frases simples, mas que aquecem o coração, como  - "eu te amo", "como você é importante pra mim!", "como você é inteligente!", "você pode, você é capaz!", "Deus te abençoe!”, “que saudades de você!" - muitas vezes não são ditas...
E essas palavras não ditas (essas omissões, esses silêncios), ferem muito também! Muitas vezes "minam" as forças e a confiança de quem não as ouve!
Palavras têm poder: de abençoar ou amaldiçoar!
E cabe a nós pedir a Deus discernimento -  para usá-las (ou não) -  com sabedoria!
Para acolher, para confortar, para edificar!

"Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura." Provérbios 12:18

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Quem é o(a) cronista?

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No dia do lançamento de meu livro, um dos meus irmãos citou Graciliano Ramos ao definir minha escrita: 

“Quem escreve deve ter todo o cuidado para a coisa não sair molhada.  
Quero dizer que da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal. Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. 
Sabe como elas fazem? Elas começam com uma primeira lavada. Molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer.
Depois colocam o anil, ensaboam, e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão.
Depois batem o pano na laje ou na pedra limpa e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.
A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer."

Até então, eu não tinha me dado conta que sou uma cronista! J Na verdade, quando me denominam “escritora”, ainda soa estranho pra mim!
Às vezes, sinto-me um tanto limitada, pois sei apenas escrever crônicas, e ocasionalmente, algumas reflexões...
Não tenho o dom como alguns escritores mais ecléticos, de escrever outros gêneros literários: como poemas, contos e romances. 
Sou apenas cronista! É isso que sou em minha essência! Sei escrever sobre aquilo que vivencio, sinto ou observo.
Quando começo - escrevo, leio, releio, mudo uma palavra aqui, outra ali, e assim vou amarrando as minhas ideias, até que chega o momento em que olho para o que escrevi, e ali está o que quero dizer!
Não sei falar muito bem do que os outros sentem - um dia, um tio me sugeriu escrever sobre os sentimentos do meu marido em relação ao nosso filho. Consegui escrever assim poucas vezes... É difícil pra mim, externar em palavras o que as outras pessoas sentem.
Talvez seja uma espécie de egocentrismo: pois só consigo passar para o papel com propriedade, aquilo que verdadeiramente sinto, percebo e experimento!
Quando estou inspirada, sento ao computador e as palavras vão fluindo de uma só vez! É um processo natural: não preciso pensar muito, elas fluem livremente!
E aí, como as lavadeiras, eu "começo uma primeira lavada, torço e retorço", até que no final, as palavras exprimam exatamente o que estou sentindo, aquilo que quero passar para as pessoas! 
Minhas crônicas são escritas com os mais variados sentimentos: de alegria, de tristeza... Em sua essência, vem diretamente do meu coração!
E também, muitos fatos que outrora me trouxeram problemas, deixaram-me nervosa ou ansiosa, depois de um tempo transformam-se em histórias cômicas -  em que ao lembrar, dou boas risadas! 
Ou, então me levam a reflexões.
Escrever é uma espécie de terapia... Comecei há quatro anos, e de lá pra cá, não consegui mais parar!
Viver, sentir, sorrir, chorar, observar, experimentar...   Tudo isso é motivo de inspiração pra mim!
É um aprendizado, são momentos reflexivos, que eu eternizo com minhas palavras...

"O cronista é um homem comum, que tem o dom de ver o cotidiano com os olhos da emoção."